Dez anos de terapia me deram um alarme interno que dispara toda vez que estou exagerando. Em qualquer coisa. Às vezes o alarme custa mais a disparar e, quando dispara, o estrago está grande demais, e o caminho de volta ao equilíbrio - ou o mais perto dele - é um pouco mais longo e mais trabalhoso.
Nos últimos dias, tenho sentido crescer a minha irritação profunda em relação a quem se leva a sério demais - a meu ver, um dos piores defeitos de qualquer ser humano. E o que mais me assusta neste caso é que essa minha irritação, de maneira contraditória, demonstra justamente que estou - justo eu - me levando mais a sério do que gostaria (ou deveria).
Por sorte - embora também acredite que nada é por acaso -, vi hoje uma entrevista que o Geneton Moraes Neto fez com o Ferreira Gullar para a Globonews. E ao relembrar o sufoco que passou no Chile durante o golpe contra Salvador Allende, o poeta e escritor - que considero uma das pessoas mais fascinantes e lúcidas do país hoje - relembrou uma frase dele que fez o alarme mencionado ali em cima disparar e interrompeu o processo de exagero antes de ele ganhar alguma força: "Eu não quero ter razão, quero ser feliz".
É isso. Obrigada, Gullar.
Também vi essa entrevista...que ficou com gosto de quero mais, quero muuuuuito mais.
ResponderExcluirÉ isso!!!!!!
ResponderExcluirObrigada, Cássia!!!! :-))))
O @mutantismos é aquele cara super gente boa que tinha um blog super legal, com template preto e que não existe mais? Poxa.
ResponderExcluirEu costumo salvar os tweets legais como "favoritos". Admiro sua paciência!
beijos, Cássia!
Exatamente este, Melissa. Sobre os favoritos... eu tb uso. È que se não fizer isso, acho que não posto mais por aqui ;-)
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