Eu poderia botar a culpa no Twitter. Ou na falta de tempo. Ou na falta de coisas interessantes a dizer. Mas a verdade é que nenhum dos três motivos - ou quaisquer outros que eu possa inventar - bastam para explicar por que o número de posts neste humilde tenha caído vertiginosamente desde o surgimento da sua primeira versão, em dezembro de 2003.
A verdade é que meu superego anda mais saidinho do que de costume. E eu me pego pensando duas ou mais vezes antes de abrir a caixa de post. Antes não me incomodava tanto ocupar pixels e banda com minhas banalidades, mas, ultimamente, incomoda. Será o fato de eu já estar mais para os 40 do que para os 30?
Esta semana participei do Gauchão de Literatura, "apitando" uma disputa entre dois livros de contos de escritores gaúchos. Nos comentários, críticas ao tamanho (pequeno) e à profundidade (rasa) da minha análise. Cheguei a cogitar de me explicar, de argumentar que escrevi o que me foi pedido e que não me arvoro especialista em literatura, apesar de ser leitora compulsiva, mas desisti. Qual o sentido de tentar convencer alguém de algo que ele já decidiu que não quer ser convencido? Daí que resolvi tratar do assunto aqui, nos meus domínios, com a profundidade que me dá na telha (rasa).
"Se beber, não tuíte", diz o já popular ditado. E eu acrescento: "se estiver com sono, não poste". Mas, quer saber? Se eu não estivesse com sono e com vontade de abrir o coração neste instante em que digito, este pobre blog seguiria abandonado. Apelemos então a mais uma máxima, para que eu volte, enfim, a postar, independentemente do que os outros vão pensar: "se não gostou, não leia".
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