O dia se espatifa: Também quero falar do meu Inter

sábado, 4 de abril de 2009

Também quero falar do meu Inter

Quando tinha seis anos de idade, eu tinha algumas certezas. Tinha certeza, por exemplo, de que toda secretária se chamava Vera. A explicação: desde que eu me entendia por gente, meu pai tinha tido duas secretárias no trabalho, ambas Veras, e a minha tia Vera era secretária. Outra certeza era a de que o Inter, pelo qual meus pais torciam com orgulho, era um time que sempre ganhava. A explicação: era 1980. Eu também era colorada. Nunca me ocorreu que tivesse escolha, assim como não tinha escolha quanto a me chamar Cássia.

Na adolescência, em São Paulo, meu coloradismo me serviu para ser a diferente da turma. Eu achava bacana torcer para um time diferente do de todo mundo - além de nunca ter conseguido simpatizar muito com qualquer um dos paulistas. Era uma colorada de resultados, porém.

Na primeira vez em que saí com o Márcio, em 1995, não fazia ideia do peso que a resposta para a pergunta "Tu é gremista ou colorada?" teria na nossa vida futura. Porque hoje não o imagino casado com uma gremista, nem vice-versa. Não tenho vergonha de admitir: sou muito mais colorada hoje e nos últimos 13 anos do que nos 21 anteriores. E o fato de o humor da minha casa ter uma razoável influência do desempenho alvi-rubro em campo tem a ver com isso.

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Não ia escrever sobre o Inter. Mas o texto do Sérgio Lüdtke, que inspirou o Márcio Pinheiro a escrever o dele, me fez repensar a decisão. Posso não ser colorada doente, mas sou colorada, sim. Desde que me conheço por gente. Ou mesmo antes.

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Agora, se ainda deu, dá uma passada no site especial Inter Centenário, do clicEsportes. Tá lindo de viver.


Postado por Cássia Zanon

Um comentário:

  1. Te mandei a nossa foto!!! Linda a recordação da gente no centenário!! Beijos

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