O dia se espatifa: Leu até o final e gostou? Sugiro reler

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Leu até o final e gostou? Sugiro reler

Li o Cauda Longa, do Chris Anderson, em 2007, quando o meu querido amigo Sérgio Lüdtke era o mais entusiasmado defensor da ideia de que precisávamos entender o que o homem estava dizendo. E o livro foi fundamental para a minha compreensão desse universo maluco em que estou inserida desde 2000 pelo menos.



Agora, dando aula de Jornalismo Online na Unisinos e tendo feito dele a leitura obrigatória dos alunos, me senti na obrigação de reler. Foi uma experiência das mais interessantes. A passagem do tempo, as experiências do período e o novo olhar foram importantíssimos para que eu pudesse ter a percepção de duas coisas fundamentais (uma legal e outra deprê):





  1. A legal: a aposta na Cauda Longa é definitivamente um caminho sem volta. Aonde quer que se olhe.

  2. A deprê: na maioria das vezes em que alguém usa a Cauda Longa como argumento para algum projeto ou ideia, o uso é equivocado.


Reler, neste caso, foi melhor do que ler.

*



Post curtinho, praticamente um tweet, mas com bem mais do que 140 caracteres.

5 comentários:

  1. O problema, Cassiola, é que a gente tem esse péssimo costume de ler num mundo onde reina a orelhada. Gosto de citar o exemplo do Philip Meyer. Depois de ele lançar o "The Vanishing Newspaper", um belíssimo estudo sobre a correlação entre qualidade e saúde financeira dos jornais, ele ficou famoso como "o cara que previu a morte dos impressos para 2043". Quando ele começou a ganhar essa fama, fiquei intrigado - eu tinha lido o livro inteiro e não lembrava dessa previsão bombástica. Reli o livro. Era uma nota de rodapé da página 16. Desde então, a coisa só aumenta. Ou seja: o primeiro que citou leu o livro até a página 16. Os outros foram na orelhada.

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  2. Ai, pois é, Marcelo. É como manchete que a gente não encontra dentro do texto. Qual será o termo acadêmico para isso? Eu só conheço a expressão "falta de ética", mas alguém deve ter cunhado alguma coisa de mais impacto...

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  3. Cássia, grande post. Acho que cauda longa e web2.0 são daquelas expressões que não deveríamos dar crédito aos seus autores e sim a nós mesmos, já que damos a elas um sentido próprio. E temo que isso aconteça mais por desinformação do que por uma opinião ou uma elaboração própria. Por isso, ler e reler depois de algum tempo é uma receita quase infalível para respeitar os conceitos originais. Se eles derivarem para qualquer outra coisa depois será por evolução e não por leviandade.

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  4. É isso mesmo, Sérgio. O problema é citar o autor pra defender ideias próprias e distorcer tudo.

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  5. Anotada a dica! A aula de jornalismo on line deve ser uma delícia.
    Tenho um amigo que se formou em jornalismo na Unisinos e ainda perambula por lá. O nome dele é André Pares. Conheces?
    beijos!
    Melissa

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