A pessoa tenta estacionar o carro na frente de um teatro de Porto Alegre em via pública. Desce do carro e é abordada pelo flanelinha:
- Bem cuidado aí, tia. Só deixa o pagamento antes, que quando tu sair eu não vou mais estar aqui.
A pessoa resolve não questionar o fato de que ele não tem direito de cobrar pagamento por coisa alguma nem a cara de pau de admitir que sequer vai esperar a hora da saída para "cuidar do carro" até então para não se incomodar. Estende uma nota de dois reais.
- Ah, não! Pode dar no mínimo cinco pilas. O melhor é dez.
!!!!!!!!!!
- Bá, amigo, não tenho mais nada, não.
- Então não vai deixar o carro aí, porque eu tô perdendo dinheiro.
A pessoa resolve não bater boca, mas, num misto de medo com a postura agressiva e indignação, dá meia volta e diz:
- Então deixa. Vou embora.
- Não. Agora deixa aí. Me dá esses dois pilas, então.
- Agora não.
- Vaca! Ordinária! Vagabunda!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A pessoa sai da frente do teatro com o carro e para num posto do outro lado da rua. Liga para o 190 e explica ao brigadiano a situação.
- Moço, não é uma emergência, mas tem um flanelinha extorquindo dinheiro das pessoas e sendo agressivo.
- A senhora ainda está no local?
- Não, moço, fiquei com medo e saí de lá. Mas seria bom a brigada fazer alguma coisa, pois ele está tomando conta da via pública como se dele fosse.
- Ah, mas a Brigada só poderia ir se a senhora ainda estivesse no local.
A pessoa pensa que morre e não vê tudo nessa vida.
Isso sim é uma vivência kafkiana...o absurdo real!
ResponderExcluirnem me fala. se tivessem me contado, eu acharia que não passava de ficção de má qualidade...
ResponderExcluir