(Sei que andas por aí, oiço os teus passos em certas noites, quando me esqueço e fecho as portas começas a raspar devagarinho, às vezes rosnas, posso mesmo jurar que já te ouvi a uivar, cá em casa dizem que é o vento, eu sei que és tu, os cães também regressam, sei muito bem que andas por aí.)Este trecho lindo é o primeiro texto do livro Cão Como Nós, que o poeta e romancista português Manuel Alegre escreveu para lembrar seu cão Kurika e eu li na quinta-feira passada, com o Floc dormindo aos meus pés. Nesta madrugada, pouco depois da 1h, a duas semanas de completar 13 anos de idade, o Floquinho nos deixou.
Depois de quase 12 horas seguidas com uma respiração mais ofegante do que o normal, sofrendo a cada inspiração e expiração, ele descansou. Ficam conosco a saudade e a lembrança de tantas coisas que ele nos deu nos 11 anos e 1 mês que passou ao nosso lado, com direito a duas mudanças de cidade, quatro mudanças de casa, muitas idas à praia, passeios e ranzinzices.
Eu já tinha contado como ele entrou na minha vida, feito um mea culpa sobre ter esquecido do aniversário de 12 anos e relatado o começo da doença dele no Bicharada. No último dia 24 de setembro, ele se recuperou da última crise. Desta vez, infelizmente, não deu.
Reforço aqui o agradecimento ao comprometimento e à competência da nossa veterinária, Simone Wolffenbüttel, que nos ajudou a enfrentar os últimos momentos e a fazer com que as últimas semanas de vida dele fossem o mais tranqüilas e dignas possíveis, e à Gabi e à Rejane, da Cachorro no Mato, que tão bem cuidaram dele nos últimos anos e seguirão responsáveis pelo Bubi, que está visivelmente perdido, sem a principal referência dele dentro de casa. Obrigada também a todos os internautas que se envolveram na campanha "Força, Floquinho". Tenham a certeza de que toda energia boa que vocês mandaram para ele foi muito bem utilizada.
Estou triste, é claro, mas também estou muito feliz por ter tido esse bichinho na minha vida.
(Na foto acima, ele do jeito que mais gostava: na praia, fedendo a maresia e cheio de pega-pega.)
*
O Márcio também escreveu sobre ele aqui.
Fiquei muito triste com a notícia. Contar com um companheirão canino assim é uma alegria inexplicável. Só quem é cachorreiro de verdade sabe o quanto dói ficar longe. Fiquei sentida com tua perda. Mas, como foi dito, ficam as lembranças e as fotos, que ajudam a amenizar a saudade.
ResponderExcluirUm beijo da mãe do Cacau.
:'(
ResponderExcluirComo ja disse no blog do Marcio, agradeco a ele por ter me apresentado meu primeiro amor canino. Se hoje sou cachorreira, devo tudo ao Floc.
ResponderExcluirCom amor e saudades,
Carol
sei que há gente que acha exagero, mas vou deixar meus pêsames. porque a perder um bichinho é triste de uma maneira diferente, quebra o coração da gente - é uma perda com uma dimensão especial. que o tempo amenize a dor com a bondade das muitas lembranças que vocês devem ter.
ResponderExcluirum abraço,
Bá, Cássia...
ResponderExcluirBeijos.
Que bom que deu tempo de se acostumar com a idéia e deixar o bichinho ir naturalmente. Força pra vocês e pro Bubi.
ResponderExcluirTô aqui lendo, olhando pro Ulisses e pra Penélope e chorando... Sei da dor que está sentindo,mas só mesmo a própria lembrança deles pra nos confortar.
ResponderExcluirbeijo
Fiquei com um nó apertado na garganta. Muita tristeza. Minha solidariedade, Cássia!
ResponderExcluirJane (mãe da Camila e vó do Cacau)
:(
ResponderExcluirTriste...
ResponderExcluirBejitosss da Drica <* *>
Como disse uma grande amiga minha certa vez: "agora ele está no céu dos cachorrinhos!" :-)))))))
ResponderExcluirbeijos
Melissa
Não sei o que dizer. Exceto que estou aqui para dar meu apoio moral. Estes fofos são tudo para nós, e o Floquinho, com certeza, é um cachorro de sorte por ter sido tão bem cuidado e amado incondicionalmente.
ResponderExcluirum grande beijo
oi, cássia. falei com o marcito há pouco. soube que ele se foi no colo do dono... um falecimento querido e cheio de carinho.
ResponderExcluirte deixo um abração e a lembrança de que tudo é impermanente mesmo.
bjo.
raul.
Sinto muito. Mesmo. :(
ResponderExcluirSinto muito, Cássia; também perdi minha Laila (11 anos)em agosto, e sei como é difícil; estava acompanhando a história do Floc 'na moita', e torcendo pra tudo dar certo. Mas com certeza o que fica são as boas lembranças dos muitos anos que tivemos o privilégio de conviver com nossos 'filhos peludos'. A dor passa, e as lembranças ficam...
ResponderExcluirCafunés no Bubi, e um abraço!
Cristine Martin
Grande Floquinho, vou lembrar dele passeando pela Vila Madalena e esparramado na sacada do apê de SP. Também perdi meu amor canino há um tempinho e sei como dói. Beijos pra ti e pro Marcio.
ResponderExcluirIsso é que dá fcar us dias sem te visitar!
ResponderExcluirUm pena, mas disse antes que eles são assim mesmo.
Os cães já nascem sabendo amar, assim não precisam de muito tempo por aqui para aprender.
Vêm. Demonstram, diariamente, pra ver se a gente aprende. E se vão, pra educar outros em outros mundos, em outras vidas.
Durante minha parca existência, já tive o Duke (3 deles), o Mike, a Fanta, o Saci, o Aruam, a Puxuca, o Kevim, o Tiger, a Tábata eo Clinton.
Atualmente, tenho o Luke, a Sicy, o Lord, a Lady, a Aurora, a Luly Pop, a Estrela, a Dalila e, a linda-do-papai, a MEL.
Sei que agora é um momento único. Difícil. Quando, há uns três anos perdemos o Clinton, o São Bernardo Sacana, com quase 10 anos, o chão foi lá pra baixo.
Sempre digo (claro que não é regra), a dor de perder um AUmigo é amenizada com a felicidade de ganhar outro.
Cássia, tenho filhotes de Golden. Estão, hoje, com 41 dias. Não estou vendendo. Estou dando. Mas não antes de analisar o futuro felizardo e seu amor por tais seres especiais.
Se quiser, mando um pra vocês.
Lafa,obrigada pela generosa oferta. mas não poderia fazer um lindo golden fazer uma viagem tão longa para vir morar numa casa pequena ao lado de um cusco que precisa ser paparicado por um tempo pra se recuperar da perda do "farol" da vida dele :-)
ResponderExcluirSem problema.
ResponderExcluirA viagem só tem uma aflição: é torcer que o comandante toda vez se lembre que tem um cão no porão e pressurizar sempre, a cada decolagem! rsrsrs (é claro que todo trecho, eles assinam um documento onde consta tal observação).
Com relação à casa pequena. Não se preocupe, o Goldem se adapta a qualquer lugar. Ele só precisa do pacote básico, além da água, comida e carinho: um bolinha pra pegar-e-trazer, um tv pra assistir qualquer-coisa, passear 1 hora por dia e duas coçadinhas atrás da orelha.
Poxa vida, Cássia...
ResponderExcluiré louco, né? A felicidade que traz um cão é tão grande que a gente topa se expor a essa dor. No dia que pegamos aquele filhotinho fofinho, e nos afeiçoamos a ele, como pais aos filhos, sabemos que ele viverá menos que nós. É como um filho que vai durar pouco, contrariando a ordem natural das coisas. Mas cada momento vale a pena. As vezes, faço uma projeção futura, penso "e quando a peggy se for?"... Daí, balanço a cabeça, para afastar o pensamento. Não, não, ela não vai morrer.
Mas vai.
Eu sei.
E o que eu vou fazer?
Fazer carinho na cabecinha dela e chorar dias e dias.
Em primeiro lugar eu queria me desculpar por comentar tão tarde, este triste episódio. Andei mesmo sumido dos blogs. Mas fica aqui todo o meu apoio para vc e para o Márcio. Eu já perdi um bichinho desses, e num erro médico bobo. Quase espancei a veterinárias, mas não traria a minha cadela de volta, então desisti. Ainda doí. Bjs.
ResponderExcluirSegunda feira, dia 22, perdi meu companheiro de 14 anos e 10 meses. Ele esteve comigo desde meus 8 anos de idade, e pode-se imaginar tudo que passei nesse período com ele sempre ao meu lado. Sem dúvida o "ser" mais especial com quem tive a oportunidade de conviver até hoje. Não tenho palavras pra descrever a saudade e a dor que sinto ao entrar em minha casa a partir desta segunda feira. Ainda caminho olhando para o chão cuidando-o, e fecho as portas por puro hábito. E não só eu, mas toda a minha família. É como se realmente um membro da família tivesse ido embora. Por mais que possa parecer exagero, só quem teve a oportunidade de conhecer o amigo mais sincero do mundo pode entender. Primeira vez que entro no seu blog e me senti obrigado a comentar. Sinto muito pelo cão de vocês, e imagino bem como estão se sentindo agora, é duro passar por isso. Abraços e força.
ResponderExcluir