terça-feira, 30 de novembro de 2004
Uma alegria e um orgulho
O orgulho: não ter comprado nenhuma delas!
segunda-feira, 29 de novembro de 2004
Sou só eu...
Os bastidores do Starsky & Hutch que eu vi há pouco são muito legais. Fora os erros de gravação.
Ô invejinha branca da Adri em D.C. que tirou uma foto ao lado do fofo Owen Wilson – que tem o mano não menos fofo, Luke.
sábado, 27 de novembro de 2004
Moto para 2005
quinta-feira, 25 de novembro de 2004
Pérola
"Parece filme de Kafka."
Eis por que defendo que o pessoal da redação merece ganhar adicional de insalubridade...
terça-feira, 23 de novembro de 2004
So it goes
Este mês me desinscrevi.
Fui uma vez.
Comprei um tênis, uma calça e um short.
Caminharei em Ipanema.
Espero.
sábado, 20 de novembro de 2004
Ai, ai, ai...
Meeeeeedo.
sexta-feira, 19 de novembro de 2004
Digam o que quiserem...
Só alguém com uma inteligência acima da média é capaz de ver as coisas com clareza e interpretá-las de um jeito tão divertido, sarcástico e perspicaz como ele. Some-se a isso o fato de que o Márcio, quando o entrevistou, disse que ele é um poço de gentileza. Sub Paulo Francis? Sub Ivan Lessa? WHATEVER! O fato é que o Paulo Francis morreu, e eu sempre achei o Ivan Lessa meio sério demais.
Quer saber? Azar, gostei!
quarta-feira, 17 de novembro de 2004
terça-feira, 16 de novembro de 2004
Cadê todo mundo?
Novidades na área
domingo, 14 de novembro de 2004
Eu já disse aqui...
- Eu tenho PAVOR de quem se leva a sério o tempo todo
- Eu tenho vontade de ESGANAR quem pega elevador pra subir ou descer um só andar sem ter qualquer problema físico
- Eu tenho este blog pra escrever as BOBAGENS que me der na veneta, por isso não esperem achar algo de útil
quinta-feira, 11 de novembro de 2004
Serviço poupado
Com vocês, de novo, Ricardo Freire:
A culpa é nossaSe você for como a imensa maioria das pessoas que eu conheço, você queria que George W. Bush perdesse. Infelizmente, a verdade é que os partidários de John Kerry, americanos ou não, deram muita munição para o americano médio votar em George W. Bush. Poucas vezes tantas pessoas tão bem-intencionadas terão feito tantos movimentos prejudiciais à própria causa.
De quem é a culpa da reeleição de Bush?
A culpa é dos franceses, que ficaram contra a invasão do Iraque desde o primeiro instante. O americano médio não está preparado para admitir a infalibilidade papal de seus presidentes no que concerne ao policiamento do planeta.
A culpa é dos ingleses, que não param de bater em Tony Blair pela comprovação da inexistência de armas químicas no Iraque. O americano médio não está preparado para admitir que o mundo estava certo, e seu país errado.
A culpa é dos povos periféricos, incluindo os brasileiros, que torceram por John Kerry como se estivesse em disputa a final de uma Copa do Mundo. O americano médio não está preparado para endossar a opinião do Terceiro Mundo quanto aos rumos da política de seu país.
A culpa é do Michael Moore, que ridicularizou George W. Bush de forma sensacional em Farenheit 11 de Setembro. O americano médio não está preparado para votar em nenhum candidato apoiado por radicais perigosos, inconseqüentes e visivelmente antipatrióticos.
(Um pedacinho da culpa é do júri do Festival de Cannes, que deixou a política falar mais alto que o cinema e deu o prêmio de melhor filme para Farenheit 11 de Setembro. O americano médio não está preparado para aceitar com naturalidade piadinhas da comunidade artística internacional.)
A culpa é de quem deixou vazar para a imprensa as cenas de sadismo militar americano naquela prisão do Iraque. O americano médio não está preparado para aceitar campanhas de desmoralização de seu Éxército.
A culpa é sobretudo dos gays e das lésbicas - e de seu paladino, o prefeito de San Francisco -, que resolveram botar na rua o bloco do casamento homossexual justamente no ano das eleições. O americano médio não está preparado para colocar na Presidência ninguém que não tenha posições fundamentalistas em matéria de família e reprodução humana.
Finalmente, a culpa também é de John Kerry - que, a exemplo de Al Gore na eleição anterior, teimou em se revelar mais inteligente, mais perspicaz e mais preparado que Bush. O americano médio não está preparado para escolher um presidente que pareça mais qualificado que o americano médio.
Ou seja: do jeito que andam os Estados Unidos, se o Partido Democrata quiser eleger novamente um presidente de seu país, deve apresentar um candidato que seja abertamente beligerante, paranóico, imperialista, carola e homofóbico.
Depois, é só fazer que nem no Brasil. Tão logo assuma o poder, basta que o presidente e seu partido revejam todas as suas posições, uma a uma. Para o bem do povo e felicidade geral de todas as nações.
quarta-feira, 10 de novembro de 2004
Só pra registro
terça-feira, 9 de novembro de 2004
domingo, 7 de novembro de 2004
Pied chaud
Pinto no lixo
sexta-feira, 5 de novembro de 2004
Lil' Sis
A minha irmãzinha cresceu. Está crescendo. E eu começo a me achar uma abobada do lado dela. E começo a querer imitá-la em algumas coisas. E me pego sentindo uma inveja branca, quase transparente, de vê-la vivendo coisas que eu já vivi e de que sinto saudade. Mas ela está vivendo tudo de um jeito diferente. De um jeito que só ela sabe fazer. No estilo que ela criou para ela mesma.
E eu fico feliz com isso. Muito feliz.
quarta-feira, 3 de novembro de 2004
A história da minha vida...
A dura vida da bailarina
02.11.2004 | Uma vez jurei, acho que aqui mesmo, que iria seguir o conselho de Carlos Lacerda, segundo o qual não se deve usar ironia ao escrever na imprensa. Ele alegava que, para a interrogação, havia sinal (?), para a exclamação também (!). “Mas para a ironia não existe ponto”, ele acrescentava. Alguém poderia perguntar: “e os três pontinhos (...)?” Estes, na verdade, são de reticências, o que é outra coisa. Falando, a gente ainda encontra recursos na entonação, na ênfase em alguma palavra, num piscar de olho, enfim, qualquer coisa que queira sinalizar para o ouvinte: “Olha, eu quero dizer o oposto do que estou dizendo”. Ou então: “Isso é gozação, não leia ao pé da letra”. Mas escrevendo, não tem jeito.
Há várias histórias de interpretação equivocada, de mal-entendidos, de tiro saindo pela culatra. Me lembro de uma, hilária, com Luis Fernando Veríssimo. Um dia, vocês vão identificar a época, ele começou uma crônica no Globo assim: “Quem o Lula pensa que é, tomando Romanée-Conti? Gente! O que é isso? Onde é que estamos? Romanné-Conti não é pro teu bico não, ó retirante. Vê se te enxerga, ó pau-de-arara. O teu negócio é cachaça. O teu negócio é prato-feito, cerveja e olhe lá. A audácia do Lula!”
Claro que era uma ironia, alguma dúvida? Então vejam as cartas no dia seguinte: “... fiquei indignada com o tamanho do preconceito desse intelectual”. Outra: “Eu e minha família estamos indignados com a opinião do Verissimo”. Mais uma: “como pode um escritor do quilate, do berço, da inteligência e da elite do Verissimo escrever um texto racista e elitista?”. É claro que houve quem entendesse, mas o número e a virulência dos que não entenderam obrigaram o grande cronista a dar uma nota embaixo das cartas e a escrever outra coluna no dia seguinte.
Na nota, ele dizia: “quando o leitor não entende o que um jornalista escreveu, a culpa é sempre do jornalista. Peço desculpa a quem não entendeu a intenção da coluna”. No novo artigo, “Da ironia”, ele explicava: “Escrever com ironia é um pouco como escrever em código: a comunicação só funciona se na outra ponta houver um decodificador. Quem se mete a escrever irônica ou satiricamente precisa saber que nem todos têm o decodificador”.
Pois bem. Na última semana me meti a fazer ironia. Gozando a frase de Duda Mendonça – “ o Brasil inteiro sabe...” – escrevi: “o Brasil inteiro sabe que eu sou careca”. Como não tinha dúvida de que a afirmação era um absurdo, como tinha certeza de que o Brasil inteiro não me conhece (com a insignificante exceção de meia dúzia de pessoas que me viram em foto ou na televisão), achei que estava fazendo graça por contraste. Humor tipo nonsense.
Não vou dizer que ninguém entendeu; acho até que a maioria sacou. Mas de qualquer maneira, recebi e-mails de protesto, embora sem a virulência dos leitores do Veríssimo, felizmente. Ao contrário, foram muito delicados. Um perguntou: “Não é pretensão demais afirmar que o Brasil inteiro sabe que você é careca? Isso implicaria em reconhecer que o Brasil inteiro sabe quem você é e, mais ainda, todos conhecem a tua fisionomia. Infelizmente isso não é verdade, o que é uma pena” (simpático da parte dele lamentar que isso não seja verdade, né? Ou seria ironia?).
Resolvi contar tudo isso para que o Brasil inteiro saiba como é dura a vida da bailarina. (Atenção, isso é ironia, até porque o Brasil inteiro sabe que eu não sou bailarina. Apesar do nome.)
zuenir@nominimo.ibest.com.br