O dia se espatifa: setembro 2014

domingo, 21 de setembro de 2014

Uma lista e 10 escolhas

Ontem, no Facebook, minha amiga Luciana Delacroix me desafiou a fazer uma lista de 10 livros que me marcaram. Não gosto disso. Sempre acho que falta muita coisa. Então, decidi fazer a lista dos 10 primeiros de que me lembrei. Foi na ordem de lembrança, não de importância:

1. Matadouro 5 - Kurt Vonnegut
2. A língua absolvida - Elias Canetti
3. Eichmann em Jerusalém - Hannah Arendt
4. As penas do ofício - Sérgio Augusto
5. O papel do jornal - Alberto Dines
6. Fragmentos de um discurso amoroso - Roland Barthes
7. Lágrimas na chuva - Sergio Faraco
8. Memórias do esquecimento - Flávio Tavares
9. Marcas de nascença - Nancy Huston
10. Ensaios de Amor - Alain de Botton

Feita a lista, parei para a analisar o percurso do raciocínio, e achei bem interessante: (1) o livro que traduzi que mais me orgulho de ter traduzido até hoje, (2) primeiro livro "complicado" que li, aos 14 anos, que me fez lembrar da questão do judaísmo e do (3) livro mais forte sobre o holocausto que li até hoje, que me fez lembrar do texto do Sergio Augusto postado hoje pela Maria Lucia Rangel no Facebook e do meu (4) livro preferido dele, que me lembrou outro livro sobre jornalismo (5) que eu li e reli, que me lembrou de livros que li na faculdade e do (6) que mais me emocionou deles, que me fez pensar nos livros mais emocionantes que li nos últimos tempos (7, 8 e 9), e daí eu decido olhar pra estante e pegar o nome do último que li.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A militância petista me convenceu: voto Marina

Então a militância petista vem tentar abrir meus olhos para o fato de a Marina poder não cumprir o que promete. Como diriam em Sorocaba: "Ah, vá?" Também não precisa gastar saliva ou digitação para vir me provar que a candidatura Marina não tem nada de "nova política". Sou grandinha o suficiente para saber o que o marketing político faz (precisa fazer?) para ganhar uma eleição. O PT sabe muito bem como isso funciona desde 2002.

Minha escolha é pessoal e tem motivações quase emocionais. A questão é que não sei se quero continuar vivendo sob o jugo político de pessoas que se consideram detentoras da verdade e da bondade suprema, que, em nome de fins nobres, possam apelar a meios que, antes, essas mesmas pessoas consideravam espúrios.

Política é mais do que números. Política é mais do que se perpetuar no poder. Política tem a ver com respeitar a opinião do outro e buscar consenso. E tem mais: eu também estou cansada – muito, muito cansada – de ser chamada de direita por um grupo que se julga o único detentor das boas iniciativas do mundo. Direita não!

Eu quero arriscar a melhorar. Ainda que, com isso, corra o risco de piorar. Cheguei a pensar em votar conservadoramente (na Dilma), pra seguir na zona de conforto (a vida tá ótima pra mim, preciso confessar), mas a postura da militância "empoderada" (para usar uma palavra que me irrita profundamente) me convence cada vez mais de que apostar em quatro anos em um governo do PSB e da sua aliança pode ser o melhor a fazer pela democracia do país.