O dia se espatifa: fevereiro 2008

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Férias domésticas (Dia 3)

Com a experiência do almoço que rendeu jantar do dia anterior, combinamos de ter um almoço frugal na quinta-feira para encararmos o indefectível fondue à noite. Não, não faz frio na Serra agora, mas vir a Gramado e não comer um fondue é como ir ao Rio de Janeiro e não comer bolinho de aipim com camarão. Não, né?

E foi então com dois sanduíches de salaminho e queijo coloniais (nossa idéia de frugalidade) na mochila que saímos a passear por Gramado em busca de duas coisas: um restaurante de fondue diferente do de sempre (só para variar um pouco e dar uma chance a outro lugar da região) e um lugar bacana para um piquenique. Minha idéia era irmos ao Parque Knorr, de que eu gostava tanto na infância. Pois então descobrimos que o parque é agora a Aldeia do Papai Noel. Sem criança e com um cachorro junto no passeio, não pareceu uma grande idéia.

Depois de uma volta a pé ao redor do sempre bonito Lago Negro, compramos duas latas de refri e sentamos num banquinho à sombra para o nosso almoço. Os sanduíches, apesar de gostosos, empalideceram diante do divertimento que foi ficar observando o espanto do Bubi diante dos patos (cisnes? gansos?), enfim, das aves que nadavam e grasnavam ali por perto.

Uma torta e um café no Café Clericot depois, voltamos para casa com um objetivo em mente: esperar a hora de encarar o rodízio de fondue no Le Chalet de La Fondue. Pois, no fim, com medo de arriscar, acabamos permanecendo fiéis ao restaurante de sempre. Estava uma delícia. Os molhos são muito, muito bons. Só que é comida demais. Ainda bem que não almoçamos muito ;-)

E assim se foi mais um dia. Cheio de preguiça, caminhada tranqüila e comilança. Porque, quando em Gramado, ainda não encontrei combinação melhor.

*

Ah, sim. Se o prezado leitor tem dica de outro fondue bacana por aqui, é favor deixar a dica nos comentários.


Postado por Cássia Zanon

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Férias domésticas (Dia 2)

Clima de férias total. Depois de um café da manhã digno de um belo hotel (pão quente, manteiga, cream cheese, presunto fininho, queijo colonial, ovos mexidos, café com leite, suco de uva, bolo inglês), saímos em busca de um parque que aceitasse o Bubi. Fomos parar no lindo Parque da Ferradura, em Canela. Passeamos, fizemos as minitrilhas mais tranqüilas e curtas (a anta aqui estava de vestidinho e havaianas) e paramos para ler um pouco antes de voltarmos à cidade.

Já sem a companhia canina, almoçamos um delicioso fetuccini verde aos quatro queijos com filé no Pastasciutta. O prato era tão farto, mas tão farto, que em breve jantaremos o que sobrou. Caminhamos pelas ruas do centro, tomamos café e voltamos para casa. De novo, nada demais. Só descanso mesmo. E eu sigo ADORANDO ;-)


Postado por Cássia Zanon

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Férias domésticas (Dia 1)

Então que tiramos uns dias de férias para descansar. E a grana está curta. E o apartamento da família na Serra estava de banda e foi gentilmente cedido ao casal aqui. Eis, portanto, porque estou aqui, agora, em Gramado, ouvindo o Jornal Nacional, acabando uma tradução (quem disse que eram férias completas?) e começando o registro desses dias que prometem ser de comilança, passeios e descanso. Com o cão a tiracolo, ansioso com as novidades.



Depois de uma ida de 30 horas a Brasília (ainda faço um post específico, mas agora tô com preguiça de começo de férias), voltei para casa ontem à meia-noite, desmaiei, acordei às 10h de hoje, arrumamos as tralhas e pegamos a estrada. Mais vazia do que nos finais de semana. Dia lindo e quente.



Almoço no Nonno Mio. Rancho no Nacional (já que aqui não tem Zaffari) para ficar o máximo possível em casa. Nada demais. Só descanso mesmo. E eu tô ADORANDO.

Postado por Cássia Zanon

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Franco favorito


Sei lá o que dizem os especialistas. Como de costume, não li sobre os filmes que ainda não vi. Dos concorrentes ao Oscar, só consegui ver um. E ele já é disparado o meu preferido: Juno consegue ser mais do que promete.


Belo presente, Dante ;-)

Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Quando em Sampa...

O Cleber Correa, um dos meus redatores preferidos dos meus tempos de editora do clicRBS, hoje no seu último dia como editor da capa do site, a caminho de uma vida dedicada exclusivamente a um mestrado em Filosofia, está indo para Sampa e pede dicas do que fazer. Fiz uma lista rapidinha por MSN, achei legal e resolvi publicar aqui para ver se os leitores paulistas colaboram com mais e melhores dicas :-)

- Vai na Fnac da Praça Omaguás, em Pinheiros
- Vai na Cultura da Paulista
- Vai ver alguma coisa no Teatro Municipal
- Vai ao MASP, na Paulista, pertico da Cultura
- Toma um chope no Pirajá
- Come um pastel de feira
- Vai à Liberdade
- Passeia pelo Parque do Ibirapuera
- Vai ao MAM
- Caminha a Paulista de uma ponta a outra
- Vai no Museu do Ipiranga (é longe, mas vale a pena). Acho que tem como ir de metrô... (compra um guiazinho de passeios por Sampa)
- Na Vila Madalena, vai num bar chamado São Cristóvão. É o máximo. Fica numa rua chamada Aspicuelta
- Nos bares, pede bolinho de arroz


Postado por Cássia Zanon

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Mais velha, mais nova

Sou uma alma velha. Tenho convicção de que nasci com 30 anos de idade. Um dia por ano, no entanto, viro criança. Porque adoro fazer aniversário. O que explica o fato de eu estar aqui olhando para o relógio, fazendo contagem regressiva para a meia-noite, embora só tenha nascido mesmo às 16h30.

Agora, 34 anos depois de ter nascido, começo a pensar se não é o caso de comemorar os 32 anos de novo, para começar a confundir a torcida desde cedo. ;-)

Postado por Cássia Zanon

sábado, 16 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ai, que emoção

Olhem que tri o que acontece quando se faz uma busca por %22cassia zanon%22 no site da maravilhosa Livraria da Travessa, do Rio.

Postado por Cássia Zanon

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Daqueles que farão falta

Henri Salvador acompanhou todo o nosso período em São Paulo como um suave alento à loucura do cotidiano insano da desvairada. Acabo de saber que ele morreu hoje. Fará falta.

*

Márcio também fez post sobre isso. Sugiro.


Postado por Cássia Zanon

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Ah, a criatividade humana...

Acabo de ouvir no Conversas Cruzadas da TVCOM uma entrevistada dizer que a nicotina é altamente dependógena. Sim, eu disse dependógena! Dependógena...


Não fui só eu, o Cláudio Brito também estranhou. Há coisa mais irritante do que jargão profissional fora de contexto?

Postado por Cássia Zanon

30 anos num post

Porque eu curto um meme, passei ali na Marcia Benetti, que eu não visitava havia um tempão, e aceitei o convite genérico dela.

O que você estava fazendo em...

1978?
Tinha quatro anos de idade, freqüentava o %22Reino da Criança%22, em Canoas, e estava aprendendo a conviver com o fato de ter uma irmã. Lia algumas coisas e escrevia meu nome com os ésses virados. Tive uma das melhores festas de aniversário da minha vida, na qual vesti um vestido branco que achava a coisa mais linda do mundo.

1983?
A família se mudou de São Paulo, onde morava desde 1980, para Sorocaba, no interior. Lembro exatamente da sensação que tive ao andar pela primeira vez pelas ruas que me pareceram tão desertas em comparação com a loucura anterior. Aos nove anos morei numa casa com pátio pela primeira vez, e não sabia muito bem o que fazer com tanto espaço.

1988?
Na oitava série de um colégio que só tinha o primeiro grau completo, aproveitei ao máximo a "senioridade", as paqueras e as festas de uma turma de 40 alunos dos quais muitos são amigos até hoje. Consolidei a minha amizade com a Leticia, minha grande amiga até hoje, e li Elias Canetti, coisa que só hoje vejo como afetou a minha vida. Via ao menos um filme por dia, muitos da videoteca do meu pai. No final do ano, passamos uns dias num hotel fazenda e tomamos porre de keep cooler.

1993?
De volta a Porto Alegre desde 1990, estava no segundo ano da faculdade de jornalismo, dando aulas de inglês e aprendendo a cuidar de mim mesma. Era uma fase de muita festa e ainda pouco compromisso. Tinha convicção de que iria morar no Exterior, o que acabou não acontecendo. A determinação em ser crítica de cinema me levava a toda e qualquer sessão em exibição na cidade. Lia tudo sobre cinema que me passava pela frente. Nesta época ainda fingia gostar de filmes chatos de grandes cineastas cabeça para não parecer ignorante.

1998?
Trabalhava na editoria de Política de Zero Hora, onde presenciei a transição do governo de Antônio Britto ao governo Olívio Dutra. Foi um belo aprendizado sobre como lidar com grandes diferenças. Fiz até a metade de um curso de História da Arte na PUC, que abandonei quando uma das colegas perguntou se um Frida Khalo combinaria com uma parede ocre que ela tinha em casa. Já estava ajuntada com o Márcio, numa busca ensandecida pela nossa casa. Devo ter visto mais ou menos uns 130 apartamentos durante o ano. Tive uma crise de TOC, que já passou ;-)

2003?
Pedi demissão do Terra, onde trabalhava desde 2000, para virar tradutora full time. Morávamos em São Paulo, e as duas horas e tanto de trânsito todos os dias estavam me fazendo mal. No dia 1º de maio, voltamos a Porto Alegre. No final do ano, carente da convivência com gente, retomei o jornalismo. Voltei a ser repórter de Política por três meses, no Correio do Povo, mas o vírus da Internet me pegou de novo e, antes de o ano terminar, estava contratada para trabalhar no clicRBS.

Passo adiante para todos os que quiserem participar e, mais especificamente, para a Carol, a Robs, a Fezoca, a Ane, o <a href=%22http://www.insanus.org/firpo/

Postado por Cássia Zanon

A cena da minha vida

Há mais de um mês, a Fernanda me convidou para participar do meme que criou, no qual pergunta: "Qual cena você gostaria de viver na vida real?" Finalmente arranjei um tempo para participar. E vou pedir licença para mostrar uma cena que, de certa forma, acabei vivendo em vários momentos da vida, de um jeito ou de outro.



A seqüência final de Harry & Sally, com a linda It Had to Be You interpretada pelo Frank Sinatra é uma das cenas de que mais gosto. Além disso, diz exatamente o que significa amar alguém, no excelente texto da Nora Ephron.









segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Sempre Matadouro

Fico sempre contente quando alguém lembra algum livro do Vonnegut. Botando em dia as leituras de blogs, encontrei este post bacana do vizinho Eduardo Nunes, no Mundo Livro, sobre o excelente Matadouro 5, que tive a honra de traduzir.

Postado por Cássia Zanon

Ratatouille não, obrigada

Eis que ontem, enquanto tomava o café da manhã na cozinha, passa correndo de debaixo do balcão da pia para baixo da mesinha auxiliar uma coisa correndo. Automaticamente, solto um grito gutural e descontrolado e saio correndo atrás do zelador. Ou era a maior barata do mundo, ou um ratinho pequenininho. Nenhuma das alternativas me agrada, mas a segunda me dá um nojo muito, muito, mas MUITO maior. O zelador, impiedoso, depois de examinar a cozinha enquanto eu espero do lado de fora da casa decreta:

– É rato.

Com menos tato ainda, acrescenta:

– E não tem como pegar. Eles são muito rápidos e se escondem em qualquer canto.

O pânico, a essa altura, atingiu níveis estratosféricos. Mal sabia eu que ele ainda reservava o golpe de misericórdia:

– Se a senhora não puser veneno logo, ele vai criar ninho. E eles são muito rápidos.

O Márcio? Estava na piscina, esperando por mim, que tinha ficado em casa só para comer uma coisinha rápida. Quando voltou, eu estava lívida, arrependida até o último fio de cabelo de ter adiado a dedetização e desratização que seria originalmente feita no sábado.

Pelo sim, pelo não, resolvemos acreditar que era um baratão. E que não iria voltar. Comprei iscas para baratas. À noite, nosso amiguinho resolve dar mais uma banda de um lado a outro da cozinha. Mais um grito gutural. E uma autoenganação em que o Márcio também decidiu acreditar:

– Não era rato, não. Era barata. Menos mal. Amanhã a faxineira limpa bem os cantos e bota as iscas.

Pano rápido. Chegada da faxineira de manhã.

– Celma, acho que estamos com baratas na cozinha.

- Barata? Na sexta eu vi um ratinho.

...

Resumo da ópera: no final da manhã, nosso supracitado roedor – que torcemos para que seja sempre o mesmo - repetiu o percurso do dia anterior e sumiu atrás da porta, onde descobrimos um buraquinho à Jerry, único lugar onde ele pode ter se enfiado. O buraco está tapado com uma rolha improvisada de papelão enquanto o cimento não vem. Atrás da geladeira e do fogão, além de outros lugares estratégicos fora do alcance do Bubi, o cão que não caça ratos, foram estrategicamente depositadas iscas de veneno para rato.

Cheguei em casa há mais ou menos meia hora e pulo a cada som de grilo, carro, mosquito e vizinho que ouço. Será que é ele?

Ó!!! Ah, não. É só o processador do computador...

*

Adorei Ratatouille. A história do ratinho capaz de fazer delícias na cozinha me encantou. E encantou o Márcio. Tanto que ambos vencemos a paúra completa que temos desses roedores. Mas ontem e hoje o encanto diminuiu um pouco. Na hora do almoço, no bufê onde comemos havia uma espécie de ratatouille. Apesar de adorar, desta vez passei batido. Até a coisa se solucionar, Ratatouille não, obrigada!


Postado por Cássia Zanon

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Inveja é triste

Não tenho foto para ilustrar, mas se você já viu (eu só vi hoje), há de concordar comigo. A pessoa que cortou aquela franja pavorosa na linda (e originalmente crespa) Carla Vilhena deve detestá-la. Gente, o que é aquilo?

Postado por Cássia Zanon

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Eu sei que ninguém perguntou...

Concordo com a máxima que diz que política, religião e futebol é bom evitar discutir. Meu blog é um lugar que reservo a assuntos amenos e divertidos, por isso costumo aplicar a regra por aqui. Há pouco, comecei a escrever uma opinião sobre esta posição da Igreja Católica. Desisti. Sem tempo para me envolver o bastante numa argumentação consistente, resolvi guardar a minha opinião para mim mesma, mas achei que não custava dar link para a matéria para mais gente ler.

Postado por Cássia Zanon

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Inquisição e comédia romântica

Então acabou a semana, e a minha amiga Cacá Chang - a primeira-dama do Cookies - e eu resolvemos que queríamos ver uma comédia romântica para relaxar. Conciliados horários e filmes que ambas não havíamos visto, acabamos na sessão das 21h30 de Sombras de Goya, no Arteplex.


Ninguém da sala deve ter entendido, mas a cada cena de tortura e barbárie dos resquícios da inquisição espanhola tratada pelo filme, eu tinha um acesso de riso nervoso, pensando "que bela comédia romântica". O filme até que não é ruim, mas eu definitivamente não curto o Javier Bardem. Aquelas gengivas de quem não passa fio dental me incomodam deveras.


*


Para compensar, peguei uns bobos na Espaço Vídeo. Shirley MacLaine em What a Way to Go, que eu já tinha visto zilhões de vezes nas Sessões da Tarde da minha adolescência. Fofo, fofo. Com direito a Paul Newman lindíssimo e coreografias de Gene Kelly.

Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Azar, gostei

Olhem que divertida essa legendagem que o nosso superestagiário Danilo Rodrigues fez para Heroes, fazendo uma homenagem a este humilde. :-)

Postado por Cássia Zanon