O dia se espatifa: fevereiro 2007

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Ainda o Oscar

Este ano fez 20 anos que vejo a cerimônia do Oscar quase que como uma religião. Eu lembro até hoje de "cenas" das cerimônias daquela época, quando o meu disco rígido ainda tinha tanto espaço para informações do gênero.

Pois for por me fazer lembrar tanto daqueles anos da adolescência gravando e revendo as cerimônias e vendo todos os filmes obsessivamente – eu parei de fazer isso, infelizmente – que eu curti tanto esta lista do blog "Stuck in the 80's".
1980
Nominees: Coal Miner's Daughter, The Elephant Man, Ordinary People, Raging Bull, Tess.
Does anyone actually own: Tess.
Winner: Ordinary People.
Should have been: Raging Bull. Of all the baffling choices in the 80s, picking Ordinary People over Raging Bull ranks at the top.

1981
Nominees: Atlantic City, Chariots of Fire, On Golden Pond, Raiders of the Lost Ark, Reds.
Does anyone actually own: Atlantic City.
Winner: Chariots of Fire.
Should have been: Raiders of the Lost Ark. Tougher call, because I actually own Chariots of Fire and still enjoy it (whereas I never bought Raiders -- I mean, why? It's on TV every other week anyway).

1982
Nominees: E.T. - The Extra-Terrestrial, Gandhi, Missing, Tootsie, The Verdict.
Does anyone actually own: Missing.
Winner: Gandhi.
Should have been: Gandhi. OK, I know people are going to howl at that, but I can't still can't stand to sit through more than 3 minutes of E.T. without flipping the channel. I'd go as far as to say E.T. would rank behind both Gandhi and Tootsie on my list. Maybe even Missing – and I never saw that one either.

1983
Nominees: The Big Chill, The Dresser, The Right Stuff, Tender Mercies, Terms of Endearment.
Does anyone actually own: The Dresser.
Winner: Terms of Endearment.
Should have been: The Right Stuff. Sure, Terms of Endearment is an icon of the 80s, but The Right Stuff is an icon of the 20th century.

1984
Nominees: Amadeus, The Killing Fields, A Passage to India, Places in the Heart, A Soldier's Story.
Does anyone actually own: A Passage to India.
Winner: Amadeus.
Should have been: Amadeus. Not to take anything away from Tom Hulce and F. Murray Abraham, but this was probably the weakest year of movies in the 80s.

1985
Nominees: The Color Purple, Kiss of the Spider Woman, Out of Africa, Prizzi's Honor, Witness.
Does anyone actually own: Prizzi's Honor.
Winner: Out of Africa.
Should have been: The Color Purple. Spielberg just couldn't win at this point in his career. (He has to wait until 1994's Schindler's List.)

1986
Nominees: Children of a Lesser God, Hannah and Her Sisters, The Mission, Platoon, A Room with a View.
Does anyone actually own: The Mission.
Winner: Platoon.
Should have been: Platoon, with Hannah and Her Sisters a VERY close second.

1987
Nominees: Broadcast News, Fatal Attraction, Hope and Glory, The Last Emperor, Moonstruck.
Does anyone actually own: The Last Emperor.
Winner: The Last Emperor.
Should have been: Broadcast News. This was the first and only year where I saw every nominee in the theaters before the Oscars. And the last.

1988
Nominees: The Accidental Tourist, Dangerous Liaisons, Mississippi Burning, Rain Man, Working Girl.
Does anyone actually own: Mississippi Burning.
Winner: Rain Man.
Should have been: Rain Man. I think it was the "K-Mart sucks" line that clinched it for Rain Man. (By the way, I love Working Girl, but Oscar-worthy? Not quite.)

1989
Nominees: Born on the Fourth of July, Dead Poet's Society, Driving Miss Daisy, Field of Dreams, My Left Foot.
Does anyone actually own: My Left Foot.
Winner: Driving Miss Daisy.
Should have been: Field of Dreams or Dead Poet's Society -- two of the best movies of the 80s and they lose to a movie about a chauffeur and Dan Aykroyd's painful Georgian accent. (Final scene of Dead Poet's Society)

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Baita elogio

Diz a querida Simone, num comentário ali embaixo:

pensei por anos e mais anos. E me lembrei nas férias com quem tu parece tanto:
A MAFALDA, DO QUINO!
Não fisicamente, claro.
Depois que me dei conta disso, parece que encarei o fim de um parto normal sem a menor anestesia.
Uf!

Rapidinho, sobre o Oscar

  • Que alívio: a transmissão da TNT permitir não ouvir os comentários do Rubens Ewald, que adora mostrar como sabe quem é todo mundo no meio das falas
  • Que bacana: a apresentação da Ellen DeGeneres, com destaque para a foto que ela pediu pro Spielberg tirar dela ao lado do Clint Eastwood
  • Curti o vestido: o verde-chique da Kate Winslet tava tudo de bom
  • Momento constrangimento: Clint sem óculos fazendo uma apresentação toda atrapalhada do prêmio honorário para o gEnio Morricone. (Por que não botaram Era Uma Vez na América no clipe, pelamor?) E aquela Celine Dion? Não tem um zagueiro pra impedir?
  • Momento caramuru: Helen Mirren rules! Linda naquele vestido
  • Pedra cantada: Spielberg, Coppola e Lucas juntos no palco? Na cara que o prêmio era do Martin Scorsese. Os caras da Price vazaram informação...

domingo, 25 de fevereiro de 2007

At last

Eu queria ter postado isto há muito tempo, mas o Blogger estava com bug. Vai agora, porque gostei demais e preciso dividir com meus fiéis 17.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Ah, sim. E na categoria "vi", os filmes ou as peças a que assisti. Para começar a lista, os que vi nesta semana:
A partir de agora, na categoria "li", vou listar os livros que (adivinhem) for lendo. Nem sempre farei comentários. O que não quer dizer nada. Nem que gostei, nem que não gostei. É só para eu manter uma lista mais ou menos organizada...

E só botarei o que li de cabo a rabo. Coisas largadas pela metade não serão registradas. As traduções não contam. Elas ficam aqui.

Entre os últimos que não registrei:

Rumo à cabeçolândia

Dentro do projeto pessoal "Reaprendendo a pensar", fiz ontem a inscrição no Fronteiras do Pensamento. Por R$ 450, vou poder ouvir uma pá de gente que faz melhor uso dos neurônios do que a vasta maioria de nós.

*

Agora, um comentário implicante: não vos irrita um pouco essa mania agora de dizer que um evento, um curso, uma coisa dessas qualquer tem um "investimento" de tanto? Uma mensalidade de curso não é mais considerada "gasto", mas "investimento". Como me incomodam os eufemismos...

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Então vamlá

Seguindo a corrente passada pela Adri Baldino:

5 coisas que eu quero fazer antes de morrer

  • Ter dois filhos
  • Morar numa casa com pátio grande
  • Passar pelo menos três temporadas em cada cidade do circuito Elizabeth Arden
  • Ler Em Busca do Tempo Perdido
  • Comemorar 100 anos de idade dançando

    5 coisas que eu faço bem

  • Ficar irritada
  • Irritar
  • Comer
  • Dormir
  • Risotos

    5 coisas que eu mais digo

  • "Putz"
  • "Era só o que me faltava"
  • "Ai, que fofo"
  • "Pode deixar"
  • "Rudãfãck?"

    5 coisas que eu não faço (ou não gosto de fazer)

  • Fumar
  • Mentir
  • Subir lomba a pé
  • Ver filme iraniano
  • Ler certas colunas de jornal

    5 coisas que me encantam

  • Crianças
  • Cachorros
  • Céu azul
  • O mar
  • A lua

    5 coisas que eu odeio

  • Gente burra
  • Gente exibida
  • Gente prepotente
  • Gente mentirosa
  • Gente que me odeia

    Vai daqui a bola para a Carol, o Riq, o Lafa, a Fer Guimarães Rosa e a Fernanda Souza
  • Do excesso de sutileza

    Para o caso de meus outros 16 leitores também não terem entendido, o título do post abaixo não é um erro de digitação, mas uma brincadeira. Carma + Carnaval = Carmaval.

    Entendeu, Márcio?

    terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

    Do carmaval

    Reza a lenda que eu nasci numa Quarta-feira de Cinzas. Nunca me dei o trabalho de conferir se foi mesmo, mas deve ter sido. Não tinham por que mentir. O fato é que isso tem um forte significado. Nascer numa Quarta-feira de Cinzas quer dizer que durante toda a vida estamos correndo um forte risco de fazer aniversário no meio do Carnaval. E isso pesa na vida da pessoa, sabe? Porque o aniversário da pessoa vira, assim, uma reunião de pessoas que TIVERAM que ficar na cidade.

    Longe de mim reclamar. Ou exigir cumprimentos de quem está na beira da praia – logo eu, que não guardo o aniversário de ninguém. Só achei relevante mencionar aos meus 17 leitores que a crise citada ali embaixo passou antes da chegada do grande dia. E também para contar que a véspera foi dedicada à casa, numa "faxina pós-reforma".

    Ainda falta muita coisa, mas só nesta segunda foram quatro sacos de lixo de 100 litros cheios de coisas inúteis que sabe-se lá por que guardávamos pela casa. As paredes que foram amarelas nos últimos sete anos estão brancas, e o piso de cerâmica que eu detestava está lindo, todo branco também.

    A faceirice – e a atucanação – é tanta, que eu já ia até esquecendo que o meu aniversário, de novo, caiu no Carnaval. Mas quem tá contando?

    segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

    Das crises

    Nunca tive crise de idade. Agora estou querendo ter uma. Aos 33, será a dos 30 atrasada ou a dos 40 adiantada?

    sábado, 10 de fevereiro de 2007

    Para ler no Carnaval

    Aqueles dois livros ali na coluna da esquerda estão paradinhos, me olhando, enquanto eu devoro volumes menores aleatoriamente. O processo volta de férias somado a uma reforma da casa não estão me deixando com capacidade de concentração suficiente para qualquer volume com mais de 200 páginas. Com isso, li de duas deitadas o Dez Quase Amores da fofa da Cláudia Tajes que ganhei de amigo secreto no Natal.

    Se você é um dos que, como eu, ainda não tinha lido esses contos mais do que divertidos, pode ir se mexendo, porque vale a pena. Bem escrito e despretensioso. Vale bem mais do que os 22 pilinhas que ele está custando no Submarino, com frete grátis.

    Da série tenho pavor

    Não entendo a lógica de restaurante com música ao vivo. Bar também me irrita, mas eu até entendo. Agora... restaurante é dose. Porque eu me constranjo com o pobre artista (?), ali, se esforçando diante de uma platéia (?) que está mais preocupada com a picanha do que com o som. Porque me incomoda que ninguém aplauda. Porque me desconcentra do meu prato.

    Inclusive casas de espetáculo tipo Canecão e Credicard Hall me incomodam. Não é possível que o ser que paga uma grana para ver um Chico Buarque não consiga ficar no máximo duas horinhas sem beber nada, sem petiscar nada. E aqueles garçons passando pra lá e pra cá com aquelas lanterninhas deprimentes me perturbam.

    Ficamos assim, então: ou bem se come e bebe, ou bem se vê e ouve um show. Viva os restaurantes e bares com música ambiente mecânica e em volume civilizado e os teatros, de preferência com lugares marcados, que eu faço 33 na semana que vem, e não tenho paciência pra ficar de pé durante um show.

    sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

    Eu não resisto

    José Dirceu é um pecador de carne e osso, símbolo daquele PT paulista delubiano que bota a mão na m… sem tapar o nariz. Tarso Genro é um virtuoso etéreo, símbolo daquele PT gaúcho que faz política de proveta e acha que o país é um tubo de ensaio para suas teses revolucionárias.

    Por incrível que pareça, o risco Tarso é maior do que o risco Dirceu.
    Não gosto de falar de política aqui. Porque não gosto de discutir política, no sentido de bater boca. Não gosto. Tenho plena convicção de que se trata de um assunto sobre o qual ninguém convence ninguém de nada a não ser que haja uma predisposição clara do outro a ser convencido.

    Além disso, anos morando no Rio Grande do Sul – onde não ser filiado ao PT ou eleitor APENAS do PT é interpretado como ser de extrema-direita e favorável aos aspectos mais espúrios do liberalismo – me deixaram com medo (a palavra é medo mesmo, não estou exagerando) de falar sobre o assunto. Só que quando leio textos lúcidos – embora contundentes e potencialmente polêmicos – como este do Guilherme Fiúza, eu me sinto na obrigação de dividi-lo com os meus 17 leitores.

    quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

    quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

    Dos pronomes e das leituras necessárias

    Tenho uma relação complicada com pronomes, devo admitir. Tenho pavor de próclise no começo de frase. Ao mesmo tempo, acho a ênclise besta demais na maior parte das vezes. Principalmente quando usada depois de "que" ou "não", que, além de tudo, é errado. A solução? Mudar sempre que possível a estrutura da frase. Dá um certo trabalho, mas pelo menos durmo tranqüila.

    mesóclise é outra história. Mesóclise para mim é tudo. Nunca uso, claro. Mas achei o máximo quando pude usar.

    *

    O comentário acima foi inspirado pela releitura do necessário What língua is esta?, do Sérgio Rodrigues, que tive o prazer de conhecer nas férias. Tal qual o Riq, ele tem um talento imenso para falar da língua sem ranço algum e com refinado senso de humor.

    A viagem dele, porém, é um pouco diferente da do amigo virtual publicitário, turista profissional e colorado. É na literatura (que também faz) que o Sérgio busca inspiração para fazer o Todo Prosa, no no mínimo, onde também comanda as picapes do A palavra é....

    Hoje fiquei sabendo que ele anda passando por aqui. Como sempre que fico sabendo que alguém que respeito passa por aqui, fiquei com um pouco de vergonha. Principalmente porque a carapuça de "ególatra e onfalocêntrica" – das palavras do mestre Sérgio Augusto citado ali embaixo – tinha me servido direitinho.

    terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

    Suspiro

    Lá embaixo, passa a reportagem do Riq na TV, e eu não desço porque preciso trabalhar.

    Aqui em cima eu não consigo trabalhar, e fico fuçando nos blogs amigos.

    Dá licença, que eu tenho contas a pagar?

    Penso, quase desisto

    Tem dias que questiono seriamente a minha capacidade de me comunicar.

    segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

    Caramuru

    Sérgio Augusto é um dos melhores (se não o melhor) textos do jornalismo brasileiro, ponto. A entrevista dele publicada hoje no Digestivo é leitura mais do que obrigatória para quem se interessa por jornalismo, internet, cinema e cultura em geral.
    Quanto aos blogs, ainda os vejo como uma plataforma da grafomania ególatra e onfalocêntrica (ônfalo é umbigo em grego). São tantos blogs — alguns bons, ótimos, mesmo — que não dá tempo de acompanhá-los. Mas a maioria é feita por gente medíocre, vaidosa, semi-analfabeta e ressentida com a falta de oportunidade na chamada mídia mainstream. Fora isso, acredito no potencial da mídia eletrônica, nem que apenas como linha auxiliar da mídia impressa.

    Jornalismo colaborativo é uma bobagem. É irmão bastardo do dazibao. As experiências até agora efetuadas deram chabu, sobretudo porque os leitores, de modo geral, exigem mais respeito, logo, mais e melhores profissionais a seu serviço, não um karaoke de escribas sem pedigree. Sou um meritocrata convicto. Para mim, escreve quem sabe, tem espaço quem o merece. Sei que, na prática, nem sempre as coisas funcionam desse jeito: há muito jornalista que deveria estar no lugar do contínuo, mas o jornalismo colaborativo é um avatar da casa-da-mãe-joana, a capitulação diante do amadorismo, uma depravação da democracia. Sorte nossa que ainda não cogitaram da medicina colaborativa, nem da engenharia colaborativa (se bem que uma investigação a fundo naquela cratera do metrô de São Paulo possa revelar que ela já foi posta em prática).
    Quer ler tudo? Vai lá.

    sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

    Dúvida atroz

    Zero os contadores no meu Google Reader sem medo de perder alguma coisa bacana ou tento ler pelo menos parte de tudo o que deixei passar batido durante as férias?

    Estou quase clicando no Mark all as read.

    quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

    Desaforo

    Dois grupos de turistas saindo de um hotel em jipes de safári para fazer tour pela favela e um outro gringo mané caminhando lentamente com uma superobjetiva na beira da praia em pleno sábado de manhã me deixaram possessa. Tanto que eu mesma fiquei com vontade de assaltá-los.

    Minha alma canta (Dia 9)

    Último dia de férias sempre tem cara de despedida e expectativa. Curtimos um café da manhã na Argumento com o Sérgio e a Maria Lúcia, fizemos compras de última hora (eu me dei um tênis All Star de presente), passeamos a pé por Ipanema e almoçamos no Arataca, na Cobal do Leblon. O bifão de carne de sol com farofa e molho vinagrete estava ótimo, mas me acompanhou na forma de uma azia durante todo o trajeto para casa. Desta vez, foram seis horas e meia de porta a porta. "Só" duas horas e meia de atraso no vôo.