O dia se espatifa: setembro 2005

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Parceria

Momento confissão? Então tá. Juro: até hoje sinto falta de um "s" para fazer a concordância verbal na frase "Até tu, Brutus". Tem alguma coisa dentro de mim que não se conforma de essa frase não precisar ser "Atés tu, Brutus". Pronto, confessei.
Meus leitores são muito melhores do que eu! Este é apenas um dos comentários geniais gerados pelo post abaixo.

:-)

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Dislexia

Sem falsa modéstia, não costumo errar ortografia – até porque sou uma consultora contumaz de dicionários e desconfio com mais freqüência do que se mostra necessário do que estou escrevendo. Mas tem uma coisa: eu sempre, sempre, sempre escrevo tigela com jota.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Nas tuas mãos, como uma luva

(...) preciso de saber como é que se faz para acreditar que as pessoas são aquilo que, no fundo, no fundo (porque para nossa desgraça, para além de bons corações somos seres mui inteligentes) nós sabemos que elas não são. Por mais que me esforce, continuo no estado mitológico puro: fé ou desespero. Não sei fazer de conta que vejo o que não vejo.

(...) tratarei apenas de garantir que a minha criança saiba fazer-se feliz a si própria, e encare toda a gente – do presidente do conselho de administração ao homem do lixo – como pessoas transitórias em situações transitórias, tal como ela.

Estou a tornar-me uma cínica (...). Substituo todas as minhas boas ideias por comentários irónicos, para não ter que admitir que cedi.

Trechos deste belo livro que li na semana passada. É da portuguesa Inês Pedrosa, a mesma do Fazes-me Falta.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Lôca com circunflexo

O guri tem brilho próprio, mas é a prova de que quem sai aos seus não degenera. Agora, lê este post do Emiliano Urbim e me diz se não é verdade.

Ser elegante é...

Primeira surpresa: a BR 222 está sendo repavimentada! Está um tapete! Quase não passa carro! Pelo menos por algumas horas, eu aproveitei os dividendos do apoio incondicional de Sarney a Lula.
Fazer uma crítica política assim, sem a gente nem sentir...

A viagem do Riq está imperdível.

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Pérolas

"Eu tenho uma palavra: eu fui usado."

Marcos Valério

Quer mais? Clica aqui.

Deixa a tua sugestão de melhor frase da crise aí nos comentários, por obséquio :-)

Diquinha

Eu cansei de cobrir mostras de decoração e ver rico e quatrocentão - como se diz em São Paulo - achando que tem bom gosto. Pintam a parede de branco, compram um sofá branco, largam uma pele branca-e-preta de zebra no chão, ocupam os espaços em branco com móveis cromados forrados de branco e batizam de "estar íntimo do jovem chefe de família e dono do cofre para momentos em branco".
Legal, né? O texto todo tá aqui.

terça-feira, 20 de setembro de 2005

De modelo a toda a terra

Nada como um feriado de folga para passar um dia Jabba The Hut, como bem define a minha amiga Aline.

Balanço final: três filmes e meio, vários pedaços de seriados e um pouco de trabalho.

domingo, 18 de setembro de 2005

Grande pequeno filme

Valentín, de que lembro de ter lido alguma coisa elogiosa, mas não lembro escrito por quem, foi a melhor surpresa do fim de semana. Não bastasse o saboroso jantar chinês de sexta, a deliciosa noite de sono com som de chuva no telhado, a feijoada entre amigos do sábado à tarde, esta produção argentina de 2002 se revelou uma beleza de filme.

Tão bom que até diminuiu a chatice do fato de precisar trabalhar hoje à tarde.

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Do pensamento recorrente

Em tempo de Semana Farroupilha – pra quem não é do Rio Grande do Sul, dá pra entender um pouco disso por aqui – voltei a me irritar com esse "orgulho de ser". Pra não ter que escrever tudo de novo, reafirmo o que já tinha escrito no ano passado.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Um homem sem país

Acho que o sistema imunológico do nosso planeta está tentando se livrar da gente. E deve fazer isso mesmo.
Kurt Vonnegut, em entrevista ao Jon Stewart, anteontem.

Aos 82 anos, ele está lançando o primeiro livro nesta década: A Man Without a Country. O livro novo está a venda na Barnes & Noble e na Amazon. Também tem coisas dele em português no Submarino – inclusive o Matadouro 5, que me orgulho de ter traduzido.

Até o final do ano, a L&PM deve lançar a nova tradução de Breakfast of Champions, de que eu gostei ainda mais do que do Matadouro.

Constatação culinária

Sou editora até na hora de cozinhar. Quando não sei como preparar alguma coisa, pego três ou quatro receitas diferentes, edito, e crio uma receita só minha a partir dali.
Comentário meu mesmo feito neste post delicioso da Márcia.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Da sabedoria

Franklin Martins, de quem eu gosto muito como jornalista, disse na segunda, em palestra a um grupo de editores da RBS, que não fala mal de nenhum jornalista vivo. Muito menos morto.

Será que algum dia eu chego a esse estágio de evolução espiritual?

terça-feira, 13 de setembro de 2005

Boas novas

Milamori e seu invejável senso de humor voltaram à ativa.

Das bestas quadradas

Não gosto de comentar política nem religião, porque acredito piamente que ninguém convence ninguém de nada se alguém não estiver disposto a ser convencido. Agora, este Jair Bolsonaro é mais ou menos como o câncer: alguém pode ser a favor?

domingo, 11 de setembro de 2005

11/9

Há exatos quatro anos, mais ou menos neste horário, eu cheguei em casa do trabalho, sentei na frente da TV e desatei num choro convulsivo. Chorei feito criança, sem conseguir parar.

Em 11 de setembro de 2001, eu fui uma das editoras de uma das principais coberturas online do país sobre o mais espetacular atentado terrorista da história. E aquilo acabou comigo, muito embora no dia seguinte eu estivesse de volta na redação, tocando a bola pra frente.

Foi naquele dia que eu vi que o meu lado jornalista-clichê-que-está-24-horas-atrás-da-notícia é muito frágil. Que na verdade eu tenho um certo desprezo por este lado. Ainda que na hora do aperto eu mantenha o distanciamento crítico e consiga organizar as coisas como precisam ser organizadas, depois, quando a coisa toda se acalma, eu não consigo deixar de sentir.

Foi assim na invasão do Iraque, no Tsunami na Ásia, nas bombas em Madri e Londres.

Está sendo assim com o Katrina e o ciclone no Rio Grande do Sul.

É assim todos os dias, com as mortes absurdas nas estradas do meu país e nas ruas da minha cidade. Com a crise política.

Alguém aí sabe a receita de como fazer tudo isso e não se envolver?

Paul Auster

Caramba, que livro bom. Acho que já posso dizer que sou fã do homem.

Depois de anos de relutância (implico um pouco com esses autores muito badalados) li em menos de um mês o tocante Timbuktu – especialmente para quem, como eu, é cachorreiro, e este Desvarios do Brooklyn.

A tradução da Beth Vieira ajuda incrivelmente. Não li nenhum Auster original, mas a fluência do texto é tamanha, que ao contrário do que acontece com mais freqüência do que eu gostaria, não sinto necessidade de checar "será que foi isto mesmo que ele escreveu"?

Em suma, a intenção aqui não é fazer uma resenha, porque para isso eu teria que pensar, mas sim dizer: leiam! E depois comentem comigo.

P.S.: Meu primeiro contato com o sujeito foi lendo Achei que meu pai fosse Deus, organizado por ele a partir de um programa de rádio. Também recomeindo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

Aviso aos navegantes

Cancelei a minha conta no Terra.

Troquei pela Globo ponto com, que me deixa assistir aos episódios d'A Grande Família que porventura eu perca na TV.

Portanto, queridos amigos, esqueçam o e-mail @terra, ok? Agora é @gmail.com ou @globo.com.

Da vida adulta

Quando eu era adolescente, achava um saco a minha mãe voltar do súper sempre reclamando do preço das coisas.

...

Constatação do bem

O trabalho chaterrésimo que eu fiquei fazendo hoje no clic e que só conseguirei que terminar amanhã me fez perceber como tenho feito só o que gosto ultimamente.

E isso está me deixando mal acostumada.

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

Do bom texto

Pouco mais de 15 dias antes de completar 60 anos - no próximo dia 26 -, Gal Costa lança Hoje, disco em que o nome vem no presente, a audição projeta o futuro e a produção acerta as contas com o passado.
Começo bacana, né? O resto tá aqui.

Porque mudar é preciso

  • Comecei uma dieta
  • Comprei óculos novos
  • Cortei os cabelos
  • Mudei as cores do blog

Feliz para sempre?

Bobagem de feriado...
Charmed
You scored 88 on the Happily Ever After Scale!

You are one of the very lucky ones. You have the power to help make the world a better place. Take the time to appreciate the joy and love that exists around you. Share the joy and love with others.

You scored higher than 88% on HEA points

Link: The Happily Ever After Test

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Frase da semana

Para que prospere um pedido de cassação por quebra de decoro terá de haver uma acusação consistente - só o fato de ser tosco não basta.
Da Rosane de Oliveira, na Zero Hora de hoje, sobre o Severino, de quem (lembram?) eu tenho medo.

Boa notícia

O Oliver está bem.

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Belíssima exceção

Não sou exatamente uma fã de telejornalismo. Sou capaz de lembrar de textos e páginas de jornais, revistas e sites sobre vários acontecimentos e de nenhuma imagem. Claro que nada bate ainda a transmissão ao vivo de catástrofes, eventos, competições e tudo o mais, mas são raros os repórteres capazes de me fazer deixar o livro, o jantar ou o que seja que eu esteja fazendo para prestar atenção numa reportagem de TV.

Hoje, o Luis Fernando Silva Pinto me fez parar tudo. Confesso que comecei a assistir pensando que seria mais uma daquelas matérias recheadas de imagens de agência e em que o repórter fala de Londres sobre a guerra no Iraque como poderia falar de Bali ou Guadalajara.

Ao quebrar um dos princípios consagrados do jornalismo – o de não se envolver, mas apenas reportar –, ele acabou fazendo a primeira reportagem que me emocionou em muito tempo. Ao ajudar uma família que estava separada pela falta de transporte na tragédia de Nova Orleans, a equipe de reportagem tocou, sem resvalar para o sensacionalismo ou a apelação.

Azar, chorei.

Ficha imensa

Outro dia olhei no espelho e levei um susto. Meu rosto cresceu antes de mim. Ele já fez trinta anos. Acho que eu que esqueci de fazer...

Ontem comprei um produto anti-linhas de expressão.

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Minha mana virginiana

Ela é mais alta do que eu, mais magra do que eu, mais loira do que eu, e mesmo assim pode contar com o meu amor incondicional. Ela é tão inteligente como eu (porque modéstia não é o meu forte), linda de morrer e querida de viver, embora às vezes se esqueça disso. Carol, feliz aniversário!
E este mico virtual é pra lembrar que eu estou aqui pra nunca te deixar esquecer de tudo isso :-)