O dia se espatifa: abril 2007

segunda-feira, 30 de abril de 2007

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Azar, eu gosto

Graças a Deus por Gilberto Braga. Depois que o Manoel Carlos, meu segundo autor preferido, escreveu uma novela de Glória Perez, que não vejo nem amarrada, eu achava que nunca mais iria assistir a uma novela na vida (sou noveleira tardia, mas curto, fazeroquê). Eis que começa Paraíso Tropical, e eu fico meio assim sem paciência pra essas histórias de gêmea má e gêmea boa e amores verdadeiros cheios de desencontros e personagens ouvindo atrás das portas...

Mas a coisa estava melhorando, e num crescendo. Hoje, o homem deu uma aula: a cena do Tony Ramos testando o chef metido a besta com todo o staff do hotel de platéia foi impagável. Mais "se é possível"(*) impossível, mas beeeeem divertido.

(*) Aquele tipo de cena cuja verossimilhança é tão baixa que a criatura não consegue assistir sem pensar ou sussurrar um "se é possível..." ;-)

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Cachorro no telhado

Vai lá no Bicharada e olha que fofo o que eu vi hoje de manhã e acabou virando destaque no clicRBS e na capa do site de Notícias.

Post lavoisier

Aproveito o e-mail que mandei pra uma amiga contando o que achei da noite de ontem pra fazer o registro.

o phelps tava chato. muito chato. o conteúdo da palestra era bacana. mas a palestra em si, um porre. literalmente quase dormi.

o marcelo portugal foi bem bacana. e parece ter irritado bastante os petistas da platéia com piadas sobre o lula e seu governo, o que foi divertido :-)

decidi que, definitivamente, enquanto não surge coisa melhor, sou capitalista. mesmo sendo duranga.

sábado, 21 de abril de 2007

Graças ao casamento de um dos meus primos caçulas, com quem convivi e convivo menos do que gostaria, acabo de voltar de uma festa em que revi muita gente que amo, apesar da distância que a gente permite que a vida imponha. Foi bacana, Fred. Parabéns e obrigada ;-)

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Bad move

Cansada e com dor de cabeça, troquei o Jorge Castañeda por um risoto em casa, na companhia do Márcio, seguido de O Cheiro do Ralo, com o Selton Mello.

Hoje o Roger me disse que o Castañeda foi um dos melhores, se não o melhor, até agora.

:-(

terça-feira, 17 de abril de 2007

Recomeindo

Terminei ontem As Sementes de Flowerville, do Sérgio Rodrigues. Um verdadeiro soco no estômago. E digo isso como elogio. O defeito do livro: por enquanto, é o único romance dele. E para quem já leu O Homem que Matou o Escritor, resta encher as caixas de comentários do Todoprosa pedindo bis.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Grata surpresa

Nem tanta surpresa assim, porque admito que fui predisposta a gostar. Mas o show da Sandy neste domingo, no Teatro do Sesi, teve mais do que boas intenções. Repertório muito bem escolhido – com muitos standards "lado B", em vez apenas dos confirmados, como eu esperava –, banda bacana – com arranjos criativos, em vez de uma aposta do feijão com arroz, como eu esperava – e poucos deslizes à Celine Dion, que, apesar da boa vontade, eu também esperava. Sem contar que ela fez direitinho a lição de casa no quesito gestual.

Já o público... Devo confessar que fiquei com pena das criancinhas – algumas levando flores que deixavam no palco, como que fazendo uma oferenda a uma espécie de iemanjá pop – que devem ter achado o show todo um porre. Tinha bastante gente que parece ter decidido ir depois de saber das intenções da filha do Xororó e acho que não devem ter se decepcionado. Agora, com pena mesmo fiquei dos preconceituosos, de que o Paulo Roberto Pires falou dias atrás. Perderam um belo show com belas músicas bem interpretadas. Perfeito para um fim de tarde de domingo.
Que bacana isso que eu achei no blog da Milamori...

sábado, 14 de abril de 2007

De volta ao papel

Hoje é um texto meu que cito aqui. Saiu na central do Segundo Caderno da Zero Hora de hoje. Coincidentemente, ao lado de um texto do Márcio.

Do medo de trair Kurt Vonnegut

CÁSSIA ZANON *

Os livros de Kurt Vonnegut Jr - escritor americano que morreu na última quarta, em Nova York - têm ilustrações e linguagem coloquial. A narrativa, muitas vezes circular, traz expressões que se repetem ao longo da história. O vocabulário, simples, não exige um conhecimento muito avançado da língua inglesa para ser compreendido no original. Nada a temer ao ser incumbida de sua tradução, certo? Em termos.

Assim que comentei com amigos sobre a tarefa, comecei a sentir o tipo de cobrança que viria. Gente muito boa saudava a reedição de dois títulos que estavam esgotados havia muito. Eram leitores que se gabavam de ter uma edição de Cama de Gato ou Almoço dos Campeões ou Matadouro 5, ainda que aos pedaços. O cumprimento pelo que consideravam uma honraria vinha quase que invariavelmente seguido por uma advertência: "Vê lá, hein? Cuidado com essa tradução".

Em respeito a essa idolatria que, em 2004, por desconhecer a obra, custava a compreender, resolvi fazer um reconhecimento do terreno e ler os títulos que tinha à mão na ocasião - Timequake e Pastelão - e percorrer os incontáveis sites sobre sua obra. O objetivo era tentar entender o porquê de, mais do que leitores, o homem ter seguidores. Resultado: quando finalmente abri Slaughterhouse 5 para começar a transformá-lo em Matadouro 5, eu mesma havia me transformado numa admiradora.

Para se ter uma idéia do significado de Vonnegut para os fãs, no dia seguinte à morte do escritor, o site Technorati (www.technorati.com), que acompanha a movimentação em sites do mundo todo, mostrava que "kurt vonnegut" havia sido a terceira expressão mais pesquisada do dia. Além disso, até o começo da manhã de ontem, um novo post de blog vinha sendo publicado a cada instante em algum ponto do planeta lamentando a perda. Aos 84 anos, na avaliação dos admiradores, ele foi embora cedo demais. No site do The New York Times, o obituário de Vonnegut aparecia como a notícia mais lida do dia.

Foi provavelmente por ter adquirido essa noção, aliás, que não estranhei quando, na comunidade "Kurt Vonnegut (Brasil)" do Orkut, levei um puxão de orelha de um dos membros por causa da frase final de Matadouro 5: "Pode parecer uma bobagem, mas por que você traduziu a onomatopéia para 'piu-piu-piu'? (Isto é sério, pois acho a anterior, piu-lu-tui..., mais interessante...)" - ele se referia à primeira tradução. Bobagem alguma.

Sem exagero, a escolha da melhor tradução para o original "poo-tee-weet" me tirou horas de sono. Então, expliquei ter optado pela simplicidade do piu-piu-piu numa tentativa de me manter fiel à singeleza do original. Devo admitir que, ao saber da morte de Vonnegut, repassei essa e várias outras escolhas que fiz. E torci muito que ele não tenha tido motivos para se sentir traído.

* Jornalista. Traduziu os livros Matadouro 5 e Café-da-Manhã dos Campeões para a editora L&PM

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Coisas da vida

Estou de luto. Acabo de saber que, ontem à noite, morreu o Kurt Vonnegut. Ainda não consigo definir direito a sensação que tive ao receber a notícia. Foi como saber da perda de um tio muito querido que não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente. E não estou exagerando. E espero que esse sentimento tão prosaico de uma admiradora tão distante não ofenda a memória dele. O mesmo espero sobre as traduções que tive a honra de fazer dois clássicos desse humanista de primeiríssima linha.

Coincidência das coincidências, neste fim de semana havia lido o mais recente livro dele, que acabou sendo, efetivamente, o último.

*

Escrevi sobre o assunto também lá no Mundo Livro.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

De escritores e leitores

Diz o Sérgio Rodrigues, cujo As Sementes de Flowerville que estava perdido desde janeiro na bagunça da reforma achei ontem e começarei a ler hoje, em entrevista ao Digestivo Cultural:

(...) eu às vezes me pego pensando: puxa, tão pouca gente lendo ficção no Brasil e tanta gente escrevendo... Me lembra o tempo, ali em meados dos anos 80, em que todo mundo que não tinha uma banda de rock era “videomaker”. Hoje, parece, só dá escritor. O que é esquisito, se você parar para pensar. Por que não aproveitam essa paixão para se dedicarem a ser grandes leitores, leitores notáveis, mercadoria de que precisamos desesperadamente, em vez de serem escritores medianos como tantos outros? O Borges dizia se orgulhar mais dos livros que tinha lido do que daqueles que tinha escrito. Um pouco dessa humildade – mesmo que ela tenha muito de pose, no caso do gênio argentino – nos faria bem.
E eu não poderia concordar mais.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Da filosofia

Decidi hoje criar uma nova escola filosófica. É o Simplicismo – uma abordagem simplista da existência humana. Porque Sim e Porque Não são as principais linhas teóricas. No Simplicismo, a resposta está no raso. E não dá para estender muito a explicação, porque senão contraria toda a lógica da coisa. Neste caso, não é possível filosofar em alemão.

*

Ah, sim, by the way, Peter Burke foi bacana, ainda que não muito revelador. A palestra foi feita em português de gringo, língua que eu não domino muito bem, e acabei saindo da UFRGS com dor de cabeça. Ainda que com vontade de fazer mestrado (ou mesmo graduação) em História. Principalmente se for para ter aula com ele e o Robert Darnton.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

De volta à cabeçolândia

Amanhã é dia de Peter Burke, e eu me ressinto de só ter lido artigos de jornal sobre ele... Ãnfã, imagino que seja melhor do que nada, certo?

Se valer a pena, conto depois.

Pacotão de Páscoa

  • Os dois de feriado, num caso raro, mas ninguém quis sair de Porto Alegre. Desde janeiro, é a primeira vez que a casa não tem nada fora do lugar. Ou, pelo menos, quase nada.

  • Cinco refeições preparadas em casa com o maior cuidado (e deu tudo muito certo): Bacalhau à Brás e Fusilli com molho de gorgonzola na sexta, risotos de cogumelos e frango, bacon e ervilha no almoço com bolinhos de resto de risoto na janta do sábado e cappelini com molho de carne e agrião no almoço de domingo. À noite, demos uma escapada para um café no Media Luna com amigos.

  • Dois oscarizados deste ano: Os Infiltrados (Scorsese com cara de Scorsese, logo, muito, muito bom) e o fofo Happy Feet, com uma trilha sonora das mais bacanas.

  • Furando a fila dos livros de novo, entrou Um Homem Sem Pátria, com tradução do Roberto Muggiati, mais uma lição de lucidez com senso de humor do mestre Kurt Vonnegut.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Ato falho?

Pergunta no site Ego, da Globo.com:
EGO: Vocês se viram pela primeira vez no Big Bother Brasil e ficaram encantados um com o outro. Foi amor à primeira vista?
Não me perguntem por que eu estava lendo esta matéria. Não tenho explicação plausível.

Dúvida que assalta

Alguém lê todos os comentários dos blogs que têm mais de 50 comentários em cada post? Confesso que sempre desisto de comentar depois que um post tem mais de 20 participações. Duvideodó que o blogueiro leia todos...

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Ah, o talento

Nada como a pessoa saber escrever. Com este texto sobre blogs de viagens, o Riq fala (muito) bem sobre tal Web 2.0.

terça-feira, 3 de abril de 2007

A vida é feita de escolhas

Ontem foi dia de matar "aula" e ver o elegantérrimo Paulinho da Viola, no Teatro do Sesi.

Da minha insignificância

Lendo Breve História de Quase Tudo, vou me dando cada vez mais conta de por que nunca gostei de estudar ciências. Meu ego sempre foi grande demais pra aceitar toda essa pequenez diante do universo.

domingo, 1 de abril de 2007

A gente nunca esquece

As Irmãs Harker, da Record, é o meu primeiro chick lit.

É fofo.

Eu leria ;-)

Furando a fila

Eu estou efetivamente lendo os quatro livros ali do lado. Simultaneamente. O que quer dizer que provavelmente ainda vá demorar um bom tempo para terminar algum deles.

Eis que na semana passada um pequenininho furou a fila, desviou a minha atenção dos outros por três dias, e não decepcionou: Meu pescoço é um horror é a cara do que eu imagino ser a Nora Ephron, minha ídala e absoluta roteirista de Harry & Sally e Heartburn e diretora, entroutros, do You've Got Mail.

Balanço do fim de semana

  • Sexta à noite, gripe pesada e horas "Jabba the Hut" diante da TV, vendo novela e seriados

  • Sábado: almoço em casa (galinha ensopada), seguido de ida desesperada ao Martin, pai do filhote da Bina, para consertar o computador e comprinha na Tok & Stok. Depois de passar na locadora, paramos para um café e, a caminho de casa, fui convencida a "dar uma paradinha" no glorioso para assistir in loco a Inter 1 x 0 Gaúcho. Comentário necessário: o que joga aquele Pato? Coisa impressionante até para mim, que não entendo um ovo de futebol. Para ficar na memória: o indefectível pastel de queijo do intervalo – por que os melhores pastéis são sempre os de lugares como feiras ao ar livre e estádios de futebol?

  • À noite, no DVD, Conversations with other women, com o meu mais novo interesse cinematográfico, o Aaron Eckhart, que me conquistou na semana passada com o Obrigado por fumar

  • Hoje acordamos relativamente cedo e tomamos um lauto café da manhã (ovos mexidos, três tipos de pães, suco, café com leite...), digno de um café do Leblon. Levei o Márcio no trabalho, fiz uma visitinha à minha mãe, busquei o computador e aproveitei para fazer uma visitinha à Bina e sua família em formação.

  • No caminho de volta, uma surpresa agradável. Saindo do Saúde no Copo da 24 de Outubro com dois sucos de melancia com morango (um para mim, outro para o Márcio), deixei o saquinho cair bocabertamente. Como a culpa foi TODA minha, já que a embalagem era das mais adequadas, nem sequer cogitei de não pagar a outra dose. Eis que o simpático moço do caixa não me deixou abrir a carteira e fez dois sucos novinhos para mim. Não que precisassem, porque os sucos deles são tudo de bom, mas a atitude conquistou uma freguesa eterna – com direito a reclame junto aos meus 17.

  • À tarde, o engraçadinho The Wendell Baker Story, de e com os irmãos Wilson, perfeito para uma tarde de domingo.

  • Última parada antes do começo da semana: Barranco, com salada e Picanha.
Well, a vida é boa.