Meu último post aqui foi feito pouco menos de um mês antes da minha filha nascer. Em seis dias, ela completará três meses. Há quase três meses, portanto, minha vida tem sido repleta de acontecimentos importantes como a Lina mamou, a Lina arrotou, a Lina está com cólica, a Lina sorriu, a Lina está com a avó enquanto eu corro até o súper, a Lina fez cocô, a Lina mamou, a Lina engordou, a Lina sorriu de novo, a Lina fez mais cocô. Agora, neste instante, a Lina dorme. E eu, afinal, consigo fazer algo que achava que nunca mais conseguiria fazer: escrevo um post.
Somados os últimos aos meses da gravidez, devo ter lido bilhões de caracteres sobre gerar, parir e criar um filho. Livros, revistas, jornais, blogs, artigos médicos... a Lina está respirando pesado? Lá vou eu para o Dr. Google: bebê respiração pesada. A Lina dormiu seis horas seguidas? Dr. Google: sono bebê dois meses. Com isso, acabo caindo em cada coisa... Como é que essas mães acham tempo para escrever tanta coisa? Tem gente que faz pesquisas imensas e publica posts incríveis com muita informação de qualidade. A maioria, porém... deuzolivre. Muitas agem como se fossem as primeiras mães do mundo moderno. Como se gerar, parir e criar um filho fosse a maior novidade do universo. E é preciso dizer que, felizmente, não é.
A Lina dorme e acabo de finalizar o segundo parágrafo deste post sem dizer nada. É que, entendam, não tenho o que dizer que possa interessar a alguém que não a mim e aos mais próximos. Ao menos não agora. A Lina dorme e daqui a pouco vai acordar para mamar e depois vai dormir de novo (depois de eu trocar a fralda cheia de xixi). Parece um tédio olhando daí? Pois eu posso garantir que está sendo a minha maior aventura.