Uma das coisas que mais me incomoda como cidadã pagadora de impostos é que muitos dos médicos que estão indignados com a vinda de médicos estrangeiros para o país para ocupar vagas em locais aonde eles se negam a ir se formaram (e se formam) às MINHAS custas, fazendo cursos de alta qualidade em universidades PÚBLICAS totalmente financiados pelo MEU dinheiro e acham que um ou dois anos de residência para o SUS bastam como contrapartida antes de abrir um consultório particular.
Muitos desses mesmos médicos que hostilizam aqueles que se dispuseram a trabalhar nos nossos grotões, mesmo sem infraestrutura, adoram bradar aos quatro ventos que os recursos estão sendo mal utilizados. Nesse ponto eu concordo! Uma das péssimas utilizações de impostos é justamente formar esse tipo de gente.
Sugestão de pauta aos coleguinhas da imprensa: alguém bem podia fazer o cálculo de quantos postos de saúde poderiam ter sido construídos e equipados com o dinheiro público utilizado para formar, digamos, nos últimos dez anos, "doutores" que tenham saído diretamente da formação pública (cujas famílias de classe média alta teriam tido plenas condições de bancar) para o exercício da medicina que trata paciente como "cliente".
Algo me diz que essa cifra não seria baixa, mesmo restringindo o grupo analisado apenas aos "doutores" oriundos das classes mais altas do país.
*
PS necessário: Eu tenho médicos ótimos. Amo todos eles. DUVIDO que algum deles se prestaria ao papel absurdo desses que estão hostilizando os médicos estrangeiros. Podem até ser contra as medidas, mas esse tipo de atitude baixa eu SEI que eles não teriam!
terça-feira, 27 de agosto de 2013
domingo, 25 de agosto de 2013
Dois anos e (os primeiros) 500 dias com ela
O Márcio Pinheiro e eu nunca vamos nos esquecer que 25 de agosto de 2011 caiu numa quinta-feira. Foi a quinta-feira mais emocionante que vivemos até então. Foi o dia em que descobrimos que estávamos grávidos de cinco semanas da nossa pitoca. Ainda não fazíamos ideia se seria menina, menino, um, dois ou três, mas sabíamos que estávamos felizes, muito, muito felizes.
Achávamos que aquela seria a quinta-feira mais feliz da nossa vida. Até a quinta-feira 12 de abril de 2012, quando a Lina estreou neste mundo, exatos 500 dias atrás. Passados esses 500 dias, percebemos que fica cada vez mais difícil medir os dias como sendo "os mais felizes", porque cada nova quinta-feira (ou cada dia) ao lado da nossa pequena é uma das melhores coisas do mundo.
Obrigada, universo, por botar esta pequena nas nossas vidas!
Achávamos que aquela seria a quinta-feira mais feliz da nossa vida. Até a quinta-feira 12 de abril de 2012, quando a Lina estreou neste mundo, exatos 500 dias atrás. Passados esses 500 dias, percebemos que fica cada vez mais difícil medir os dias como sendo "os mais felizes", porque cada nova quinta-feira (ou cada dia) ao lado da nossa pequena é uma das melhores coisas do mundo.
Obrigada, universo, por botar esta pequena nas nossas vidas!
O retrato da faceirice na comemoração, à noite |
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Modelo moribundo
Fazia tanto tempo que não lia nenhuma das revistas que foram fechadas hoje pela editora Abril que eu nem sei se me espanto. Lamento pelos colegas jornalistas que perderam seus empregos, mas não sei se ainda lamento as sucessivas derrotas das grandes empresas de mídia que não souberam nem estão sabendo entender o novo mundo. Seus donos parecem surdos e cegos ao que está acontecendo, preferindo seguir acreditando no modelo tradicional.
É evidente que eu não tenho a resposta do que é o novo modelo. Mas eu não sou dona de nenhuma empresa de mídia. Lamento que que são donos sigam sem aprender o que precisariam aprender para sobreviver. Como indivíduo, acho que descobri meu caminho. Mas, certamente, se dona de empresa de mídia eu fosse, certamente estaria procurando novos caminhos, e não administrando a empresa como se fosse um quiosque de balas.
Uma única aposta eu posso fazer: cobrar pelo conteúdo online definitivamente não é o caminho!
É evidente que eu não tenho a resposta do que é o novo modelo. Mas eu não sou dona de nenhuma empresa de mídia. Lamento que que são donos sigam sem aprender o que precisariam aprender para sobreviver. Como indivíduo, acho que descobri meu caminho. Mas, certamente, se dona de empresa de mídia eu fosse, certamente estaria procurando novos caminhos, e não administrando a empresa como se fosse um quiosque de balas.
Uma única aposta eu posso fazer: cobrar pelo conteúdo online definitivamente não é o caminho!
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