O dia se espatifa: dezembro 2006

sábado, 30 de dezembro de 2006

Não custa tentar

Nunca foi do meu estilo, mas, como no ano passado deu certo, vamos lá de novo com a lista de resoluções:
  • Seguir fazendo ioga
  • Caminhar duas vezes por semana
  • Trabalhar em favor da preguiça (i.e. ser o mais eficiente possível para que as eventuais falhas ou atrasos não acabem se transformando em mais trabalho)
  • Ser menos implicante
  • Comer menos carne
  • Ler livros mais relevantes (pelo menos quatro deles durante o ano)
  • Ir mais ao cinema
  • Fazer mais jantares em casa para reunir os amigos
A todos os meus leitores (que eu sei que me lêem ou não), um 2007 supimpa!

Retrospectiva 2006

Meu primeiro trabalho como jornalista contratada foi fazendo pesquisa de imagens da Retrospectiva 1995, na RBS TV. Aqui entre nós, não gosto de ler nem ver retrospectivas, mas adoro fazer. Vai daqui, entonces, a minha, para quem gosta delas.

Olhando para o meu umbigo, 2006 foi um ano abençoado. Aos 32 anos, encontrei uma tranqüilidade – ou pelo menos meios de chegar mais perto dela – que não imaginava ser possível para alguém tão agitada como eu. Aprendi a aceitar as minhas limitações e a trabalhar para superá-las sem a pressa que acabava me atrapalhando. Descobri finalmente que se eu der um passo de cada vez, o caminho fatalmente se encurta, mesmo que não na velocidade que eu gostaria.

Foi um ano de vitórias muito desejadas. A eleição do meu sogro, que conheci quando ele sofria a pena impostar por uma injustiça e a quem admiro dia a dia. O campeonato mundial do meu time, que meu pai deve ter adorado ter visto, onde quer que esteja.

Em 2006 também me reaproximei de muita gente e de muitas coisas. Reabri o lado afetivo que eu tinha fechado inconscientemente quando meu pai morreu, há uma década, e descobri que ainda sei gostar por gostar. Ao fazer isso, redescobri amizades antigas e enxerguei belos companheiros que estavam tão perto e tão distantes.

Teve também uma bela viagem de férias, e uma mudança profissional que está se mostrando desafiadora. Quatro traduções que gostei muito de fazer. Bons livros, bons filmes, boas comidas. Aperfeiçoei a minha galinha assada e vi que há muito prazer em fazer comidinhas triviais.

Aprendi a respirar. Com isso, comecei a ver muitas coisas com mais clareza. A afastar com mais facilidade implicâncias e indignações que, por mais justas que possam ser, acabam prejudicando apenas a mim e a quem eu amo.

Claro que faltou tempo. E sei que vai continuar faltando. Mas agora pelo menos eu consigo falar nisso sem reclamar. Porque também aprendi que reclamar da falta de tempo é um desperdício de tempo.

domingo, 24 de dezembro de 2006

Feliz Natal!

Depois de uma noite agradabilíssima ao lado do Márcio, da mãe, da Carol e dos pais do Márcio, além do Floc e do Bubi, chez nous, eu me dou conta de que, de novo, não consegui beijar, abraçar ou mesmo ligar para todas as pessoas importantes da minha vida. E não foi só pela correria, mas até por bom motivo: são muitas as pessoas importantes na minha vida.

Que o Papai do Céu seja muito generoso com todos vocês.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Ela voltou

Não é por ser minha irmã, mas a guria leva jeito pra blogueira. Ainda bem que resolveu voltar! Aproveito para fazer minhas as palavras dela.

:-)

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

E tem lado certo?

Só hoje consegui me inteirar do caso Rodrigo Vianna e ler algumas das manifestações sobre o assunto de coleguinhas e não-coleguinhas em alguns sites em que o assunto está aberto para discussão, e fiquei pasma como a maioria está transformando (que dúvida) a coisa toda num caso maniqueísta. E eu não consegui escolher um lado.

Não conheço o Rodrigo, nem pessoal nem profissionalmente. Confesso com alguma vergonha que não lembrava dele. Talvez se conhecesse, pudesse escolher o meu lado, afinal. Mas não consigo porque precisaria, para isso, saber as respostas para as seguintes perguntas:

1) Se a situação na Globo era (estava) terrível como o Rodrigo descreveu, por que ele não pediu demissão? Quem tem coragem de sair atirando como saiu tem coragem de sair em busca de algo mais condizente com os seus anseios éticos e ideológicos. Ou não?

2) Se o contrato dele tivesse sido renovado, ele teria continuado na Globo? Se sim, por quê?

3) Se a Globo fez tudo o que ele disse que fez, e a eleição terminou como terminou, o que foi que aconteceu? A platinada perdeu o poder? Ou é tão maquiavelicamente competente que agiu da forma como ele diz que agiu porque queria a vitória do Lula de novo?

Juro que não estou sendo cínica. Não sei as respostas. Sei que eu faria tudo diferente do que o Rodrigo fez. Mas não sei se seria o correto. Por isso as dúvidas.

domingo, 17 de dezembro de 2006

11 minutos

Estou batalhando para sair de uma amigdalite feia. Dormi duas horas de sexta para sábado e capotei às 23h ontem à noite. Não consegui acordar às 7h para ver o jogo com o Márcio e uns amigos. Saí da cama bem depois, meio sem noção de horário, com medo do que mostraria o placar do jogo na Globo. Foi ligar a TV para ouvir uma gritaria no condomínio. Quando a imagem apareceu, estava começando o replay d'O gol. Foram só 11 minutos. E quase morri do coração.

Meu time é campeão do mundo!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Balanço

No ano passado, acabei fazendo algo que nunca faço: uma lista de resoluções de ano-novo. Acho que já dá para ver se rolou ou não, certo?

- Fazer yoga duas vezes por semana
Eu estava fazendo até dois meses atrás, quando o novo ritmo de trabalho me fez diminuir para uma vez por semana. Mas acho que o que importa é que o ano todo eu devo ter deixado de praticar no máximo por cinco semanas, o que é um recorde absoluto para alguém tão sedentária como eu. Hoje já repensei minha rotina, e acho que para 2007 vai dar pra retomar as duas práticas semanais.

- Conhecer Brasília e Salvador
Não rolou. As passagens estavam muito caras na época das férias. Acabamos revendo Buenos Aires e conhecendo Montevidéu. Não foi de todo mau.

- Emagrecer pelo menos 10 quilos
O que mata é o "pelo menos", porque eu fecho o ano com um saldo de sete quilos a menos na balança em relação a dezembro passado. Talvez o fato de eu não ter feito dieta, mas apenas ter mudado alguns hábitos – um deles a ioga ali de cima – possa contar a meu favor, não?

- Entregar todas as traduções no prazo (ou com no máximo duas semanas de atraso, vá lá)
Hmmmm... Mais ou menos. Eu atrasei um pouco mais do que duas semanas. Mas foi bem menos do que antes.
Olhando agora, numa avaliação subjetiva, até que a lista não foi uma má idéia. Aguardem. Em breve, as resoluções para 2007.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Mensagem de Natal

Os guris (e a guria) são tudibom. A turma da arte do clicRBS criou este "cartão" e pôs no You Tube. Daí eu aproveito o gancho e estréio a postagem de vídeo neste humilde. Amigos jornalistas do papel, vale ficar até o final dos créditos... ;-)

Aperfeiçoando a perfeição

O homem conseguiu melhorar ainda mais o que já era bom demais. Yesterday, A Day in The Life e While My Guitar Gently Weeps estão lindas de doer em Love.

Atualizando a correria

Márcio já é conselheiro do Inter. Agora sou mulher de cartola. O que quer que isso possa querer dizer. Vimos quatro episódios de Malu Mulher, que compramos no fim de semana. Acabei Devagar, desacelerando um pouco mais o que está em processo de desaceleração há um bom tempo. Depois de muito tempo ser ouvir um CD que me emocionasse, em dois dias ouvi dois: Love, o rearranjo dos Beatles pelo gênio George Martin com ajuda do filho, e o novo Cat Stevens, ou melhor, Yusuf Islam, An other cup. No mais, vamos indo. Falta comprar praticamente todos os presentes. São poucos, mas precisam de tempo para serem comprados. Como a grana é curta, o carinho e o cuidado precisam ser redobrados na hora da escolha.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Ufa

Eu queria ter comentado um monte de coisa, mas cadê tempo? Andava correndo, aprendendo o novo ofício – na mesma firma, porém tão diferente. Sentada na frente do computador em casa, tentando não atrasar mais do que o decente a entrega de uma tradução. Envolvida num tratamento médico tranqüilo, mas mesmo assim ansiosa com os resultados. Fazendo um esforço grande para não abandonar a acupuntura e a ioga, os dois pontos de (busca de) equilíbrio que encontrei no último ano. Reexperimentando receitas antigas e aperfeiçoando outras novas. Cuidando de não abandonar a minha mãe e a minha irmã, cuja presença na minha vida é tão fundamental. Tratando de ser menos mala com o Márcio, de cuja constância na minha vida não abro mão. Lembrando de ler sempre que possível os blogs amigos para não perder os fios das meadas. Arranjando um tempinho aqui e outro ali para sair com amigos. Vendo um filme que outro. Lendo lentamente o Devagar, mais um daqueles meus livros que estão ali para serem autoa-ajuda. Confundindo uma cãibra do Floc com convulsão e ficando apavorada com a possibilidade de ele estar doente. Preocupada com a eleição para o conselho do Inter, porque o Márcio é candidato. Irritada com os cupins que teimam em entrar voando à noite em casa. Procurando o maiô lindo que comprei no ano passado e que estava sumido até eu encontrar num bolso da mala que levei na viagem de férias, em maio. Passando calor. Passando frio. Tomando chuva porque esqueci o guarda-chuva numa ida à PUC para julgar uns trabalhos no Set Universitário. Chocada com a morte trágica do Gabriel Pillar, que eu só sabia quem era – e admirava – por causa do Insanus. Impressionada com a incompetência do governo em torno do apagão aéreo. Fazendo contas para ver se dava pra ficar uns diazinhos sem traduzir, folgando de fato nos finais de semana que agora tenho sempre livres. Tratando com o leal faz-tudo da família a possível reforma que se dará na maison Zanon-Pinheiro até março. Planejando o fim de ano. Ajustando calças. Comprando roupas novas. Tomando muito líquido. Lendo revistas de fofoca na sala de espera do médico. Fazendo nova plaquinha de bruxismo, porque a velha não dá mais. Aumentando a intensidade do bruxismo. Tendo insônia em alguns dias. Dormindo mais do que devia em outros.

*

Sim, eu estava em estado de semi-silêncio, mas não era bem por não ter o que dizer. Andou faltando o quando.

*

Desde hoje e por pelo menos duas semanas, a tradutora está de férias. Tenho pilhas de livros e papéis e roupas e documentos e quetais para separar e doar, vender, devolver e, por que não, jogar fora. Qualquer ajuda é bem-vinda. Quem sabe eu também não me manifesto um pouco mais por aqui?

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Das pequenas tradições

Sete de dezembro sempre foi o dia de arrumar a casa para o Natal. Hoje penduramos o Papai Noel de madeira na porta de casa. Hoje meu pai estaria fazendo 59 anos.