Eu queria ter comentado um monte de coisa, mas cadê tempo? Andava correndo, aprendendo o novo ofício – na
mesma firma, porém tão diferente. Sentada na frente do computador em casa, tentando não atrasar mais do que o decente a entrega de uma tradução. Envolvida num tratamento médico tranqüilo, mas mesmo assim ansiosa com os resultados. Fazendo um esforço grande para não abandonar a acupuntura e a ioga, os dois pontos de (busca de) equilíbrio que encontrei no último ano. Reexperimentando receitas antigas e aperfeiçoando outras novas. Cuidando de não abandonar a minha mãe e a minha irmã, cuja presença na minha vida é tão fundamental. Tratando de ser menos mala com o Márcio, de cuja constância na minha vida não abro mão. Lembrando de ler sempre que possível os
blogs amigos para não perder os fios das meadas. Arranjando um tempinho aqui e outro ali para sair com amigos. Vendo um filme que outro. Lendo lentamente o
Devagar, mais um daqueles meus livros que estão ali para serem autoa-ajuda. Confundindo uma cãibra do Floc com convulsão e ficando apavorada com a possibilidade de ele estar doente. Preocupada com a eleição para o conselho do
Inter, porque o Márcio é candidato. Irritada com os cupins que teimam em entrar voando à noite em casa. Procurando o maiô lindo que comprei no ano passado e que estava sumido até eu encontrar num bolso da mala que levei na viagem de férias, em maio. Passando calor. Passando frio. Tomando chuva porque esqueci o guarda-chuva numa ida à PUC para julgar uns trabalhos no Set Universitário. Chocada com a morte trágica do Gabriel Pillar, que eu só sabia quem era – e admirava – por causa do
Insanus. Impressionada com a incompetência do governo em torno do apagão aéreo. Fazendo contas para ver se dava pra ficar uns diazinhos sem traduzir, folgando de fato nos finais de semana que agora tenho sempre livres. Tratando com o leal faz-tudo da família a possível reforma que se dará na maison Zanon-Pinheiro até março. Planejando o fim de ano. Ajustando calças. Comprando roupas novas. Tomando muito líquido. Lendo revistas de fofoca na sala de espera do médico. Fazendo nova plaquinha de bruxismo, porque a velha não dá mais. Aumentando a intensidade do bruxismo. Tendo insônia em alguns dias. Dormindo mais do que devia em outros.
*Sim, eu estava em estado de semi-silêncio, mas não era bem por não ter o que dizer. Andou faltando o quando.
*Desde hoje e por pelo menos duas semanas, a tradutora está de férias. Tenho pilhas de livros e papéis e roupas e documentos e quetais para separar e doar, vender, devolver e, por que não, jogar fora. Qualquer ajuda é bem-vinda. Quem sabe eu também não me manifesto um pouco mais por aqui?
Doações e empréstimos são aceitos!
ResponderExcluirE eu tava mesmo sentindo tua falta aqui... que bom que eu não sou a única a abandonar o blog!
:o)
Oa parabéns ao Marcio pela eleição. Votei na chapa dele!
ResponderExcluirPosso plagiar o p de pingüim, posso? pois então:
ResponderExcluirGostei de me encontrar um pouco nessas tuas palavras exatas. :)
Melhor post de fim de ano de todos os tempos, Cássia. Que 2007 seja doce. um beijo
Final de ano definitivamente não é final de correria... pelo contrário, o enlouquecimento se potencializa!
ResponderExcluirUm sereno restinho de 2006 pra ti.
Bah! Cheguei a perder o fôlego só de ler a descrição de tua rotina... eu que tava na vidinha mansa estou louco pra correr de novo. Abraço.
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