O dia se espatifa: Perdão, mas estou triste

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Perdão, mas estou triste

Não costumo escrever aqui quando estou triste. Mas hoje vou pedir licença. Meu cãozinho mais velho está doente. A três meses de completar treze anos, está cardíaco. Já não corre mais pela casa como antes. E não late para quem quer que passe na rua. Ainda faz festa quando chegamos, mas em silêncio. O rabo, alegre, contrasta com o olhar abatido. Antes da entrada dele na minha vida, há 11 anos, eu estaria achando ridículo o choro por causa de um cão. Agora, o choro é meu. E eu peço licença para chorar. O amor que sinto por esse bichinho não anula a minha preocupação com as mazelas do mundo. Pelo contrário. A lealdade que ele demonstra todos os dias, a cada instante, é uma das coisas que me faz ainda acreditar na humanidade, por mais estranho que isso possa aparecer.

Ele pode melhorar, e estamos fazendo de tudo para que isso aconteça. Mas precisava fazer esse registro. Estou triste. Meu cãozinho está doente.

8 comentários:

  1. Poxa... eh bem triste quando isso acontece! Forc,a Cassia. Bejitosss da Drica <* *>

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  2. É perfeitamente compreensível, Cássia. Os inocentes não deveriam sofrer. Faça muitos carinhos nele!
    beijos
    Melissa.

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  3. Cássia, não tenho como não ser solidária na sua dor. Sou cachorreira assumida, com 15 cães queridos atualmente, mais todos os outros que passaram pela minha vida e deixaram suas marcas. O amor que sentimos por eles são poucos os que entendem. Poucos privilegiados, a meu ver. Até hoje choro de saudades de cães que me deixaram, e tenho muito orgulho em sentir isso.
    Quando eles ficam doentes, faço de tudo para que se sintam ainda mais amados e amparados. É o mínimo que eles merecem por todo o bem que nos fazem.
    Ih, foram tantos que tirei das ruas tardiamente, pois não sobreviveram em casa. Doeu muito todas as vezes.
    Força pra vocês. O importante é saber que colaboramos ao máximo para que tivessem uma vida feliz.

    Nossa, como escrevi!

    beijos

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  4. Cássia,

    E a Mel vai ter filhos! Explico.

    Tínhamos um São Bernardo, o Clinton. Morreu jovem, com quase 10 anos (eles sempre irão cedo de mais).

    Aquele que te falei, lá embaixo, que comeu a ração EARLY CARDIAC EC 26, da Royal Canin, e deu uma levantada legal.

    Com a morte dele, o tempo ficou triste.

    Quatro meses depois, nos veio a Mel, uma Golden Retriever. De início, o que é normal, aflição. Novo amor. Futura perda(?).

    Dois e dois meses se passaram, e ela tem até orkut: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=16180667424925645758

    Sim, somos doidos por cachorros!

    Consta que, quando nasci, ou melhor, no dia em que nasci, meu pai foi "espantar" um pouco o porre, tomando tacacá numa banquinha perto do hospital, juntamente com seus irmãos e amigos (todos pra lá de bagdá).

    Uma cadela, tomba-latê, estava tendo filhotes por perto (era da tacacazeira). Meu pai, pegou uma fêmea, pôs no bolso da camisa. Voltou para o hospital, entrou no quarto e colocou a pequeninha no meu peito, no berço.

    Consta que a mamãe passou uma semana sem falar com ele! :-)

    A Fanta, nome da dita cuja, morreu com 17 anos. Vai daí meu amor por tais seres. Acho.

    Ah, ela foi alimentada com uma chuquinha com leite materno.

    Agora, a Mel irá ter seus filhos... o Clinton, que coitado só deitou uma vez com uma Sã Bernarda (por aqui por Belém é muuuuito raro encontrar um, imagine um par), também teve os seus.

    Em fevereiro, você me mando aquela das "5 coisas que...", e nas conco coisas que me encantam, está: "A capacidade que os cães têm de entender que nós ainda não evoluímos a contento."

    Não que esteja falando aqui que o Floc está pra morrer, ou coisa assim, mas a tua tisteza me parece ser formentada por tal perspectiva.

    Quem te lê a algum tempo, percebe que, vira e mexe, você fala dos seus cães, seja dizendo que o Bruno, da "As Bicicletas de Belleville", é alma gêmea do Floc, ou relatando um simples e bom passeio pela rua e praia daí.

    Portanto, minha palavras são, apenas, tentativas de confortar.

    Por fim... não sei se li aqui, ou por aí, mas, lembro de um conto que diz, resumidamente, o seguinte:

    Certa vez, um garotinho ouviu seu pai lamentar, e, até mesmo, reclamar porque os cães morrem cedo, com poucos anos de vida. Porque não como a gente, que vamos até os 70, 80 anos, e até mesmo, passamos dos 100!

    O menino, olhou pro pai, e disse: É porque eles já nascem com a capacidade de amar, compreender e perdoar o próximo. Já nós, precisamos de teeempo. Se bem que, as vezes, nem assim.

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  5. Lafa,

    Muito, muito obrigada pela tua linda mensagem. Me fez um bem danado.

    E ontem o nosso velho comeu um pouco. E está mais animado. :-)

    Obrigadíssima.

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  6. Cássia,

    Fico feliz pela melhora do Floc e tua.

    Dê um abraço e um cheiro no pequeno ser por mim.

    Ah, a Mel manda ao Floc uma laumbida e melhoras (já falei pra ela sossegar o focinho, pois ela está em "estado interessante"!)

    E avisa pro Márcio que não me esqueci da pedido dele (faz tanto tempo que acho que ELE até esqueceu! rsrssrs), mas é que, além desse último ano ter sido uma correria total pra mim, não é fácil encontrar coisas sobre o Paulo André Barata (falei com o irmão dele, que vai me ajudar).

    Um dia chega por aí!

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  7. A mãe da Miss Kittin entende e te dá colo. Estes seres fiéis, carinhosos e amigos são os que, verdadeiramente, nos dão força.
    beijocas

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  8. Eu acho ridículas as pessoas que acham ridículo chorar por um cão!

    Quem tem coração entende.

    Já botei meu Caquinho a torcer pelo teu Floquinho (11 anos versus os teus 13). Força! Bjs.

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