No instante em que escrevo, a Lina descansa a cabecinha na almofada que sempre deixamos sobre o edredon no qual ela tem passado bastante tempo dos últimos dias, no chão do escritório onde trabalhamos. Descansa da atividade preferida mais recente, que tem sido girar sobre o próprio eixo depois de se posicionar de bruços, numa clara tentativa de ir para onde a curiosidade - e a vontade - mandam. E eu começo a compreender na pele o sentido da expressão que diz que criamos os filhos para o mundo.
Anos de observação de bebês fofos de pais alheios, e eu sempre acreditei que um bebê começar a engatinhar, caminhar, correr era apenas isso: um aprendizado humano natural. Oito meses e meio depois da minha filha sair de dentro de mim e entrar neste mundo, percebo que o significado por trás dessa mobilidade é muito maior. Ao menos para nós, os envolvidos. A Lina começa a trilhar um caminho próprio. A nós, restar torcer e trabalhar para que seja um caminho florido e que leve a lugares e coisas muito interessantes.
Bom começo de viagem, minha pequena.
Gostei e roubartilhei o post!
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