Então a militância petista vem tentar abrir meus olhos para o fato de a Marina poder não cumprir o que promete. Como diriam em Sorocaba: "Ah, vá?" Também não precisa gastar saliva ou digitação para vir me provar que a candidatura Marina não tem nada de "nova política". Sou grandinha o suficiente para saber o que o marketing político faz (precisa fazer?) para ganhar uma eleição. O PT sabe muito bem como isso funciona desde 2002.
Minha escolha é pessoal e tem motivações quase emocionais. A questão é que não sei se quero continuar vivendo sob o jugo político de pessoas que se consideram detentoras da verdade e da bondade suprema, que, em nome de fins nobres, possam apelar a meios que, antes, essas mesmas pessoas consideravam espúrios.
Política é mais do que números. Política é mais do que se perpetuar no poder. Política tem a ver com respeitar a opinião do outro e buscar consenso. E tem mais: eu também estou cansada – muito, muito cansada – de ser chamada de direita por um grupo que se julga o único detentor das boas iniciativas do mundo. Direita não!
Eu quero arriscar a melhorar. Ainda que, com isso, corra o risco de piorar. Cheguei a pensar em votar conservadoramente (na Dilma), pra seguir na zona de conforto (a vida tá ótima pra mim, preciso confessar), mas a postura da militância "empoderada" (para usar uma palavra que me irrita profundamente) me convence cada vez mais de que apostar em quatro anos em um governo do PSB e da sua aliança pode ser o melhor a fazer pela democracia do país.
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