É longo, mas vale a pena:
1) Marcel Proust. À La recherche du temps perdu. (Em busca do tempo perdido) Paris, Gallimard. (7 vols. intermináveis.1922 páginas). Resumo: Um rapaz asmático sofre de insônia porque a mãe não lhe dá um beijinho de boa-noite. No dia seguinte (pág. 486,vol.1), come um bolo e escreve um livro. Nessa noite (pág. 1344, vol.1) tem um ataque de asma, porque a namorada ( namorado?) se recusa a lhe dar uns amassos. Visita uns amigos. (Vols. 3, 4 e 5?) Tudo termina num baile, no qual todos os convivas já estão muito veIhinhos... e pronto. (vols. 6 e 7.)
2) Leon Tolstoi. Guerra e paz. (Romance grande à beça, 1800 páginas). Resumo: Um rapaz não quer ir à guerra e, por isso, Napoleão Bonaparte invade Moscou. A mocinha casa-se com outro. Fim.
3) Luís de Camões, Os Lusíadas. (Poema épico enorme.Várias edições, numa das quais cerca de 400 p.) Resumo: Um poeta com insônia decide encher o saco do rei e contar-lhe uma história de marinheiros. Estes, depois de enfrentar alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa super-gente-fina), ganham a maior boa vida numa ilha cheia de mulheres gostosas. E acabou!
4) Gustave Flaubert, Madame Bovary. [Romance (ou notícia de jornal?), 378 páginas] Resumo: Uma dona de casa entediada mete chifre no marido, um médico muito sem graça, insosso. Transa com o padeiro, com o leiteiro, com o carteiro, com o dono do boteco, com o da mercearia, com o da farmácia e tem um caso com um vizinho, embora nobre e cheio da grana,não passava de um tremendo bicão, sem palavra. Depois,vendo que de nada adiantou a farra, que a sua vidinha continuava a mesma coisa insípida, entra em depressão, envenena-se e morre. Mais nada.
5) William Shakespeare, Hamlet. Londres, Oxford Press. (Peça teatral bem trágica e bem complicada). Resumo: Um príncipe da Dinamarca, onde era fácil ver que havia algo de podre, com muita insônia, passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do rei, seu pai,lhe diz que foi morto pelo tio (um irmão do rei) que, há muito já dormia com sua mã, a rainha, cujo homem de confiança é o pai da namorada do príncipe, Ofélia que, todavia, se suicida ao saber que o príncipe matou o seu pai para se vingar do tio que tinha matado o pai dele e que comia a sua mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com a caveira de um anão que distraía seu pai, confessa que beijou os lábios do anão (namorados?) e morre, assassinado pelo irmão da namorada, Ofélia, a mesma que ficou doida e suicidou, só para inspirar um quadro muito famoso, de um pintor inglês, que era chamado de pré-rafaelita, porque andava copiando outros pintores nascidos antes de um tal Rafael, que vivera trezentos anos antes. (Não disse que tudo era bem complicado?)
6) William Shakespeare, Romeo and Juliet, Londres, Oxford Press. (Peça teatral, uma verdadeira tragédia.) Resumo: Romeu e Julieta, dois adolescentes muito doidões se apaixonam, e resolvem a ficar, mas suas respectivas famílias, que, aliás, nunca se deram bem, armam o maior barraco. Gangs das duas famílias saem na porrada, uma briga danada, muita gente se machuca e é morto um primo do Romeu. Este, por sua vez, em revide, mata um primo da namorada e foge. Depois, um frade, que já andava alcovitando os dois namorados e até os casara em segredo, tem uma idéia idiota: fornece um barato -- um veneno maneiro --, para Julieta beber e parecer morta. Horas mais tarde, depois de depositada, com pompa, no jazigo da família, ela acorda e topa com o presunto do Romeu a seus pés. É que, mal-informado, acabou com tudo ali mesmo na frente da mina, sem saber que o tal veneno do frade não passava de um energético. Ato contínuo, Julieta, muito bolada, pega a adaga do Romeu e crava no próprio peito. P.S.: Quem quiser, para não ter de ler a peça, pode alugar o DVD do filme de um cara chamado Zeffirelli. (É tudo a mesma coisa, até o nome.) Qualquer locadora tem.
7) Sófocles, Édipo-Rei. (Outra tragédia braba, só que esta é grega, várias edições) Resumo: Neguinho nasceu e o horóscopo dele dizia tanta merda que seu pai, o rei, que se desfaz do mané, mandando matá-lo numa floresta no fundo de sua casa. (Por certo, conhecia a história da Branca de Neve.) Muito safo, maluco sobrevive, cresce e, depois de muita maromba, tira uma onda: não quis nem ouvir o que um ceguinho que lia mão lhe disse. Resultado: acaba matando o pai, comendo a mãe e furando os olhos. Por conta disso, séculos depois, surge a psicanálise que, enquanto mostra que você vai pelo mesmo caminho, lhe arranca os olhos da cara em cada consulta... É só, tem mais não!
Tem mais disso aqui, onde tem o resumo da bendita tradução.
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