Dia carioca. Quer coisa melhor?
Começou com uma banda a pé por Copacabana, seguida de uma visita ao Dodô no escritório dele no Catete. Depois de um almoço nordestino no Severyna (Baião de dois), um passeio pelo Palácio do Catete (meio atirado às traças).
Quatro estações de metrô mais adiante, conferimos à mostra do Henfil no CCBB, só para eu descobrir que devo ter lido e visto TUDO o que ele fez sem perceber. Valeu pelos originais.
Ao lado da Candelária pegamos um ônibus que nos deixou (debaixo de uma chuva torrencial) no Arpoador, de onde caminhamos até a Letras & Expressões. Traçamos um toucinho do céu em sociedade e gastamos as calorias voltando a pé.
Banho e produção rápida, e já estávamos a caminho da casa do nosso terceiro casal anfitrião (sim, a gente tá abusando da boa vontade dos amigos), com quem assistimos a uma peça muito bacana no Teatro Clara Nunes – Um Caminho Para Dois – antes de seguir para o Bazzar, em Ipanema.
sábado, 30 de abril de 2005
Dia 6.1
Depois da recepção mais do que calorosa do nosso novo casal anfitrião – com direito a panquecas e grapette –, saimos para chopes e caipirinhas (além de empadinha de palmito e risoles de camarão) no Jobi. Começo promissor...
sexta-feira, 29 de abril de 2005
Dia 6
De despedida de Sampa, levamos a Aline e o Leandro, nossos queridos anfitriões, para um almoço no Espírito Capixaba (a moqueca é honestíssima). De lá, demos uma passada no Eldorado pra comprar agasalhos. Os porto-alegrenses, quem diriam, passaram frio na desvairada.
Desembarcamos na maravilhosa às 21h.
Desembarcamos na maravilhosa às 21h.
Dia 5
Bate papo com a Leticia Nascimento na Casa do Saber, seguido de almoço na Mercearia São Roque (com os indefectíveis e tradicionais bolinhos de arroz de entrada) e passeio pelo Villa-Lobos (o shopping, não o parque). A Livraria Cultura de lá perdeu um pouco do charme, em grande parte por causa da absurda semelhança entre ela e a irmã porto-alegrense.
À noite, jantar com a Leticia Lyra no Ritz (mais bolinhos de arroz!) e café com o Márcio e o ex-chefe dele no Spot.
À noite, jantar com a Leticia Lyra no Ritz (mais bolinhos de arroz!) e café com o Márcio e o ex-chefe dele no Spot.
quarta-feira, 27 de abril de 2005
Dia 4
Terça foi dia de visitar a família e lembrar gostos de infância. À noite, cinema e jantar com uma dupla das mais queridas, animadas e divertidas.
O filme: Casas de Areia, o novo iraniano de Andrucha Waddington (recomendo, mas leve seu cantil).
O jantar: entrada (mix de enroladinhos), prato principal (pato com molho de cupuaçu), sobremesa (suflê de goiabada com molho de catupiry) e chá (de melancia!). Tudo M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O, no Carlota. Um mimo inesperado da dupla hospitaleira ali de cima. Valeu, guris ;-)
O filme: Casas de Areia, o novo iraniano de Andrucha Waddington (recomendo, mas leve seu cantil).
O jantar: entrada (mix de enroladinhos), prato principal (pato com molho de cupuaçu), sobremesa (suflê de goiabada com molho de catupiry) e chá (de melancia!). Tudo M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O, no Carlota. Um mimo inesperado da dupla hospitaleira ali de cima. Valeu, guris ;-)
Dia 3.1
O jantar de segunda foi para matar um desejo que eu trouxe de Porto Alegre, onde não tem nenhum restaurante mexicano que preste. Tacos no Viva México!, extremamente bem localizado na Fradique Coutinho, quase esquina com a Aspicuelta, a menos de três quadras de onde a gente morava.
segunda-feira, 25 de abril de 2005
Dia 3
Hoje foi dia de refazer trajetos e matar a saudade de alguns sabores prosaicos de Sampa. Aliás, é estranho fazer turismo numa cidade com a qual se tem tanta intimidade (os amigos "estrangeiros" em Sampa concordam que poucos paulistanos conhecem tanto a desvairada de cabo a rabo e rabo a cabo como os migrantes curiosos que precisam ocupar os sábados e domingos que não podem passar com a família descobrindo passeios – e comidas – diferentes).
Saímos de "casa" às 11h, e depois de uma parada estretégica no Nuvem Nove pro Márcio comprar dois CDs, pegamos um ônibus – parênteses: ônibus em São Paulo é UÓ. fecha parênteses – até a Paulista com a Brigadeiro Luis Antônio. De lá, demos um pulo no Itaú Cultural (que estava fechado, claro, por ser segunda-feira, o que esquecemos graças ao fato de estarmos de FÉRIAS) antes de darmos meia-volta e percorrermos a Paulista até a Fnac. Com a bolsa um CD mais pesada, resolvemos comer.
Lembramos do bolinho de arroz do Supremo, na esquina da Oscar Freire com a Consolação, e batemos perna até lá. Só que a gente tinha esquecido (ou não sabia) que o Supremo fechou (ou se mudou), e demos com a cara na porta – no caso, no tapume de um novo empreendimento que eu nem vi o que era, por trás das lágrimas nos olhos.
Meia-volta de novo, e acabamos no Almanara da Oscar Freire, pedindo a clássica combinação quibe cru + charutinho de repolho (embora eu prefira o de folha de uva) e recuperamos as calorias perdidas na longa pernada até então. Saímos de lá às 15h.
Reabastacidos, subimos a Augusta (ainda a pé), atravessamos a Paulista, e descemos a Av. Angélica até a Praça Buenos Aires. O destino: Praça Vilaboim, que o Márcio, pra me incomodar, ficava chamando de Villegagnon. Mais uma recarregada nas baterias com um milk-shake de chocolate (light) do Fifties, seguida de uma passadinha no Pátio Higienópolis só pra relembrar o nosso segundo shopping preferido da cidade (o primeiro é o Villa-Lobos) e a volta pra casa. De ônibus.
Aliás, os ônibus de Sampa são um retrato do que mais me incomoda na cidade. As pessoas são tristes e grosseiras (não sei o que vem primeiro, mas algo me diz que uma coisa está diretamente relacionada à outra), os motoristas são malucos, e os ônibus em si são SUJOS. Muito SUJOS. Tá bom que o transporte público de Porto Alegre é considerado exemplar, mas a diferença precisava ser tão gritante?
Saímos de "casa" às 11h, e depois de uma parada estretégica no Nuvem Nove pro Márcio comprar dois CDs, pegamos um ônibus – parênteses: ônibus em São Paulo é UÓ. fecha parênteses – até a Paulista com a Brigadeiro Luis Antônio. De lá, demos um pulo no Itaú Cultural (que estava fechado, claro, por ser segunda-feira, o que esquecemos graças ao fato de estarmos de FÉRIAS) antes de darmos meia-volta e percorrermos a Paulista até a Fnac. Com a bolsa um CD mais pesada, resolvemos comer.
Lembramos do bolinho de arroz do Supremo, na esquina da Oscar Freire com a Consolação, e batemos perna até lá. Só que a gente tinha esquecido (ou não sabia) que o Supremo fechou (ou se mudou), e demos com a cara na porta – no caso, no tapume de um novo empreendimento que eu nem vi o que era, por trás das lágrimas nos olhos.
Meia-volta de novo, e acabamos no Almanara da Oscar Freire, pedindo a clássica combinação quibe cru + charutinho de repolho (embora eu prefira o de folha de uva) e recuperamos as calorias perdidas na longa pernada até então. Saímos de lá às 15h.
Reabastacidos, subimos a Augusta (ainda a pé), atravessamos a Paulista, e descemos a Av. Angélica até a Praça Buenos Aires. O destino: Praça Vilaboim, que o Márcio, pra me incomodar, ficava chamando de Villegagnon. Mais uma recarregada nas baterias com um milk-shake de chocolate (light) do Fifties, seguida de uma passadinha no Pátio Higienópolis só pra relembrar o nosso segundo shopping preferido da cidade (o primeiro é o Villa-Lobos) e a volta pra casa. De ônibus.
Aliás, os ônibus de Sampa são um retrato do que mais me incomoda na cidade. As pessoas são tristes e grosseiras (não sei o que vem primeiro, mas algo me diz que uma coisa está diretamente relacionada à outra), os motoristas são malucos, e os ônibus em si são SUJOS. Muito SUJOS. Tá bom que o transporte público de Porto Alegre é considerado exemplar, mas a diferença precisava ser tão gritante?
Dia 2.1
O jantar de domingo foi uma (light) porção de carne seca com cebola no Juarez do Itaim.
De-lí-cia.
De-lí-cia.
domingo, 24 de abril de 2005
Dia 2
Mais Sampa.
Café da manhã com "ximia" de caqui e Fnac (a Disneylândia do Márcio) na seqüência. Com direito a compras na feirinha de artesanato da Praça dos Omaguás onde achei uma menina que faz umas lindas bolsas com havaianas (sim, Havaianas, as legítimas). Quando baixar as fotos, posto uma aqui.
Almoço no Ora Pois, com a Leticia e o incansável casal anfitrião. Bacalhau às natas e doce português. Mais uma vez, tudo muito light.
Tarde na belíssima casa do casal Jerusalinsky-Bramatti, para conhecer a linda Sofia e rolar no chão com o querido Ignácio.
Até o momento, 100% de aproveitamento.
Sem contar a hospedagem em suíte exclusiva com Internet banda larga de grátis.
Café da manhã com "ximia" de caqui e Fnac (a Disneylândia do Márcio) na seqüência. Com direito a compras na feirinha de artesanato da Praça dos Omaguás onde achei uma menina que faz umas lindas bolsas com havaianas (sim, Havaianas, as legítimas). Quando baixar as fotos, posto uma aqui.
Almoço no Ora Pois, com a Leticia e o incansável casal anfitrião. Bacalhau às natas e doce português. Mais uma vez, tudo muito light.
Tarde na belíssima casa do casal Jerusalinsky-Bramatti, para conhecer a linda Sofia e rolar no chão com o querido Ignácio.
Até o momento, 100% de aproveitamento.
Sem contar a hospedagem em suíte exclusiva com Internet banda larga de grátis.
Dia 1
Sampa às 15h20 depois de um vôo cheio de jecas que aplaudiram a aterrissagem. Em compensação, nos dois anos que eu fiquei longe, deixaram Congonhas com cara de aeroporto
Almoço às 17h no Astor, picadinho com ovo, farofa, pastel, banana à milanesa e arroz. Pudim de pão de sobremesa. Tudo light.
Passeio pelas ruas do Itaim e café no Frans do Brascan.
Soooooooono. Compras no Extra do Itaim, com direito a 4 litros de guaraná Bacana (fabricado em Sorocaba!) e um básico penne com manteiga e sálvia.
Licor irlandês (pra rebater o Bacana) e cama.
Tudo com a mais do que agradável companhia do casal anfitrião Rochedo-Steiw.
Almoço às 17h no Astor, picadinho com ovo, farofa, pastel, banana à milanesa e arroz. Pudim de pão de sobremesa. Tudo light.
Passeio pelas ruas do Itaim e café no Frans do Brascan.
Soooooooono. Compras no Extra do Itaim, com direito a 4 litros de guaraná Bacana (fabricado em Sorocaba!) e um básico penne com manteiga e sálvia.
Licor irlandês (pra rebater o Bacana) e cama.
Tudo com a mais do que agradável companhia do casal anfitrião Rochedo-Steiw.
sábado, 23 de abril de 2005
Malas prontas
Espero não assustar os anfitriões, mas na preguiça de escolher o que levar e pensando em lavar o mínimo de roupa durante as duas semanas de férias, eu e o Márcio sairemos de casa amanhã qual dois retirantes.
sexta-feira, 22 de abril de 2005
Me dá o Teem!
Agora que eu provoquei o meu cansaço até não agüentar mais, começo a planejar os cinco dias que passarei em Sampa e os onze na Cidade Maravilhosa, com direito a passagem por Petrópolis e, quiçá, Búzios. Depois de dois anos e meio sem férias, o casal Zanon-Pinheiro bem que tá merecendo, nénão?
Aos amigos queridos que vão nos hospedar, fica dejà o meu penhorado agradecimento antecipado. Aos demais amigos leitores moradores das duas referidas capitais... aceitamos sugestões de programação!
Aos amigos queridos que vão nos hospedar, fica dejà o meu penhorado agradecimento antecipado. Aos demais amigos leitores moradores das duas referidas capitais... aceitamos sugestões de programação!
quarta-feira, 20 de abril de 2005
Da série minha vida daria um reclame
Lembra daquele comercial em que o cara está andando no deserto, chega num bar e pede uma porção de batatas fritas pra secar bem antes de tomar um refri gelado? A do "Provoque a sede até não agüentar mais..."?
Pois é. É assim que eu tô me sentindo na minha semana pré-férias. Provocando o cansaço até não agüentar mais.
Pois é. É assim que eu tô me sentindo na minha semana pré-férias. Provocando o cansaço até não agüentar mais.
terça-feira, 19 de abril de 2005
Ufa!
Com todo respeito ao Dom Cláudio, dei graças ao big boss dele pela "derrota gaúcha" no Conclave. Vocês já imaginaram o inferno que se transformaria a vida de uma editora de notícias de um site regional com um ucho-ucho-ucho à frente do Vaticano? Ia ser um tal de entrevista online com a prima do Papa; galeria de fotos de amigos, parentes e colegas de colégio primário do Papa; perfil da professora de catecismo do Papa; revelações sobre a namoradinha que o Papa teve em Montenegro e que deixou ao entrar para o seminário...
Isso sem falar que o Papa seria ista-ista-ista.
P.S.: A eleição do Ratzinger derrubou por terra a esperança que eu tinha de voltar a ser católica.
Isso sem falar que o Papa seria ista-ista-ista.
P.S.: A eleição do Ratzinger derrubou por terra a esperança que eu tinha de voltar a ser católica.
segunda-feira, 18 de abril de 2005
4x4
Tô atolada na revisão da tradução interminável que tá quase terminando, mas não podia deixar de passar por aqui (atrasada) e fazer um comentário.
sexta-feira, 15 de abril de 2005
quinta-feira, 14 de abril de 2005
Entre o preto e o branco, sou mais o cinza
Impressionante como qualquer opinião não-maniqueísta dificilmente é compreendida por gente que evidentemente só veio ao mundo com dois neurônios. Os comentários absurdos que tem neste post do Blog do Tas são um exemplo claro de como a intolerância é ridícula e cretina, de qualquer lado que venha.
Munido de uma bandeira teoricamente justa, um ser humano (sic) é capaz de cometer injustiças inacreditáveis.
Acabo de lembrar que tratei de algo parecido aqui.
Munido de uma bandeira teoricamente justa, um ser humano (sic) é capaz de cometer injustiças inacreditáveis.
Acabo de lembrar que tratei de algo parecido aqui.
quarta-feira, 13 de abril de 2005
Oi, meu nome é Cássia...
... e eu não consigo emagrecer.
Na última consulta com o meu endocrinologista – um santo homem que não esmorece diante da minha fraqueza de caráter frente às tentações da alta (e baixa) gastronomia – perguntei o que ele achava de eu participar de um desses grupos de apoio, tipo Vigilantes do Peso. A resposta: "Olha, Cássia, pra muita gente isso tem um resultado ótimo. Mas acho que tu acabaria dominando as reuniões e convencendo todo mundo que emagrecer é uma bobagem".
...
Deus, como eu sou chata! GORDA e chata!
Na última consulta com o meu endocrinologista – um santo homem que não esmorece diante da minha fraqueza de caráter frente às tentações da alta (e baixa) gastronomia – perguntei o que ele achava de eu participar de um desses grupos de apoio, tipo Vigilantes do Peso. A resposta: "Olha, Cássia, pra muita gente isso tem um resultado ótimo. Mas acho que tu acabaria dominando as reuniões e convencendo todo mundo que emagrecer é uma bobagem".
...
Deus, como eu sou chata! GORDA e chata!
terça-feira, 12 de abril de 2005
Aviso dos céus
A gente sabe que está na hora de sair de férias quando acorda com 38,5° de febre e uma dor de garganta estúpida mesmo tendo milhares de coisas pra fazer.
*Suspiro*
*Suspiro*
domingo, 10 de abril de 2005
A profecia de Porto Alegre
Ricardo Freire
É verdade e dou fé. Aconteceu durante a primeira visita de João Paulo II ao Brasil, em 1980. Porto Alegre tinha sido escolhida para ser uma das escalas da viagem do papa, e estava embandeirada à sua espera. Eu sou gaúcho e morava lá.
É preciso dizer que, naquele tempo, Porto Alegre ainda não era essa sede do Fórum Social Mundial toda. Ainda não tinha se tornado Porto Alegre la Rouge, a anti-Davos globalizada, a segunda casa de José Bové e Hugo Chávez, o palco do Woodstock socialista de todos os janeiros. Nada disso. Eram tempos modorrentos, aqueles. A última celebridade mundial a passar pela cidade tinha sido... tinha sido quem, mesmo? Ah, sim: Rick Wakeman, alguns anos antes.
Emocionados com uma visita de tamanha importância, acudimos às janelas e descemos à rua armados de bandeirinhas amarelas. Canais locais transmitiram ao vivo todo o périplo do papamóvel. Depois de uma eternidade, João Paulo II chegou à Catedral. Foi direto até a sacada, para falar à multidão que se acotovelava na Praça da Matriz. Naquele momento, porém, aconteceu algo totalmente fora do script. O povo resolveu inventar um grito de guerra para saudar o papa.
Aqui entre nós: não era necessário. A visita do papa já tinha sua canção oficial, "À bênção, João de Deus" um jingle poderosíssimo, algo assim como o pipoca-com-guaraná do seu tempo. Se não quisesse se limitar a cantar a música do papa, o povo poderia, sei lá, gritar o seu nome - "João Pau-lô! João Pau-lô!", à maneira da torcida do Internacional,ou "João Paaaaauuuulôôôôôôôôô", no ritmo da torcida do Grêmio. Ou ainda, quem sabe, lançar mão de algum refrão já existente. Por exemplo: "Ooolêêêê ooolááááá, o Santo Padre tá botando pra quebrar".
Mas não. Nesse momento a criatividade da brava gente do Sul falou mais alto. E um novo bordão entrou para a história, e para o folclore, do Rio Grande:
- UCHO! UCHO! UCHO! O PAPA É GAÚCHO!
É isso mesmo que você ouviu. Ucho-ucho-ucho. O papa é gaúcho. Por favor: não ria. Saiba que, abaixo da fronteira de Santa Catarina, pouquíssima gente percebe o humor encerrado nessa frase. Talvez fôssemos os primeiros a rir se o fato tivesse acontecido em outro lugar. "Oca! Oca! Oca! O papa é carioca!". Ou: "Aba! Aba! Aba! O papa é capixaba!". Ou ainda, em Florianópolis: "Inho! Inho! Inho! O papa é manezinho!".
Infelizmente, ninguém nos imitou. Ficamos donos do ucho-ucho-ucho para sempre.
Até a semana passada, esse episódio parecia fadado a ser apenas um momento inesquecível do moderno folclore gaúcho. Mas então a imprensa começou a divulgar a lista dos papabili. E um dos mais cotados, como você sabe, é o cardeal de São Paulo, Cláudio Hummes. Que nasceu em... Montenegro, no Rio Grande do Sul.
De repente, tudo mudou. Aquele bordão esquisito inventado pela multidão da Praça da Matriz poderia ser mais do que um bordão esquisito - poderia ser uma profecia coletiva, ricamente documentada.
É difícil que a profecia se realize. Estatisticamente é quase impossível que, num determinado período da História, a Gisele da vez, o Ronaldinho Gaúcho da vez e o papa venham do mesmo canto do planeta.
Liguei para uma amiga jornalista no Sul, e ela me contou que, nas redações, a expectativa é grande. E com razão. Se dom Cláudio for eleito papa, os jornais do Rio Grande vão poder sair com a manchete mais sensacional de todos os tempos em língua portuguesa:
UCHO!
UCHO!
UCHO!
Estou torcendo.
sábado, 9 de abril de 2005
Espanto
Não consigo entender o que faz um ser humano entrar num blog (o que ele NÃO É OBRIGADO a fazer)e OFENDER seu autor? Discordar, ouquei, mas PARA QUÊ ser agressivo? O último post do Viaje na Viagem rendeu vários comentários apaixonadamente cretinos cujo tom eu definitivamente tenho dificuldade para compreender.
Dos prazeres da tradução
Escrever nenúfares num livro que vai ser publicado é quase tão bacana quanto usar mesóclise.
quinta-feira, 7 de abril de 2005
De nome novo
Tradução "primorosa" do velho título em inglês, criado quando eu achava que nunca ia ter coragem de deixar qualquer ser humano ler este amontoado aqui. The Day Breaks virou O dia se espatifa.
Azar, gostei.
Azar, gostei.
quarta-feira, 6 de abril de 2005
Então era isso
Cansei das partes em inglês. Agora só se escreve em português por aqui. O link do blog continua o mesmo. O nome mudou. Não em definitivo. Aceito sugestões. Sou péssima pra isso.
terça-feira, 5 de abril de 2005
segunda-feira, 4 de abril de 2005
Do blog do Blogger
Cada vez mais pessoas estão descobrindo que fazer um blog é apenas uma maneira simples de dividir as idéias com os amigos sem ter de se considerar um "blogueiro". Parece que o termo ainda carrega consigo algumas noções preconcebidas.E é aí que eu vejo o maior valor desta ferramenta. Vale tudo!
domingo, 3 de abril de 2005
A força das palavras
Sou bem neurótica com o uso adequado das palavras. Sou implicante com algumas. Certas manias eu herdei de antigas chefes a quem respeito muito e aprendi com excelentes professores, outras foram surgindo (e seguem aparecendo) com o trabalho diário nas redações e nas traduções e com a leitura de gente boa (e implicante) como o Ricardo Freire.
- Detesto disponibilizar
- Tenho pavor de iniciar e encerrar mal aplicados
- Sinto urticária com a palavra colocar em qualquer hipótese (qual o problema com botar?)
- Não entendo quem acessa sites
- Ainda fico indignada com quem varia o verbo haver equivocadamente, e sempre os hão (sic)
- Fico irritada com trocas desnecessárias do eloqüente verbo dizer por coisas esdrúxulas como salientar, ressaltar, ressalvar e quetais.
A lista é longa, mas por ora o desabafo é este...
Dúvida
Agora que finalmente anunciaram que o Papa morreu, alguém me explica que tipo de Igreja é esta que em dezenas de séculos foi incapaz de evoluir até mesmo na forma de anunciar a passagem de um ser humano?
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