Hoje foi dia de refazer trajetos e matar a saudade de alguns sabores prosaicos de Sampa. Aliás, é estranho fazer turismo numa cidade com a qual se tem tanta intimidade (os amigos "estrangeiros" em Sampa concordam que poucos paulistanos conhecem tanto a desvairada de cabo a rabo e rabo a cabo como os migrantes curiosos que precisam ocupar os sábados e domingos que não podem passar com a família descobrindo passeios – e comidas – diferentes).
Saímos de "casa" às 11h, e depois de uma parada estretégica no Nuvem Nove pro Márcio comprar dois CDs, pegamos um ônibus – parênteses: ônibus em São Paulo é UÓ. fecha parênteses – até a Paulista com a Brigadeiro Luis Antônio. De lá, demos um pulo no Itaú Cultural (que estava fechado, claro, por ser segunda-feira, o que esquecemos graças ao fato de estarmos de FÉRIAS) antes de darmos meia-volta e percorrermos a Paulista até a Fnac. Com a bolsa um CD mais pesada, resolvemos comer.
Lembramos do bolinho de arroz do Supremo, na esquina da Oscar Freire com a Consolação, e batemos perna até lá. Só que a gente tinha esquecido (ou não sabia) que o Supremo fechou (ou se mudou), e demos com a cara na porta – no caso, no tapume de um novo empreendimento que eu nem vi o que era, por trás das lágrimas nos olhos.
Meia-volta de novo, e acabamos no Almanara da Oscar Freire, pedindo a clássica combinação quibe cru + charutinho de repolho (embora eu prefira o de folha de uva) e recuperamos as calorias perdidas na longa pernada até então. Saímos de lá às 15h.
Reabastacidos, subimos a Augusta (ainda a pé), atravessamos a Paulista, e descemos a Av. Angélica até a Praça Buenos Aires. O destino: Praça Vilaboim, que o Márcio, pra me incomodar, ficava chamando de Villegagnon. Mais uma recarregada nas baterias com um milk-shake de chocolate (light) do Fifties, seguida de uma passadinha no Pátio Higienópolis só pra relembrar o nosso segundo shopping preferido da cidade (o primeiro é o Villa-Lobos) e a volta pra casa. De ônibus.
Aliás, os ônibus de Sampa são um retrato do que mais me incomoda na cidade. As pessoas são tristes e grosseiras (não sei o que vem primeiro, mas algo me diz que uma coisa está diretamente relacionada à outra), os motoristas são malucos, e os ônibus em si são SUJOS. Muito SUJOS. Tá bom que o transporte público de Porto Alegre é considerado exemplar, mas a diferença precisava ser tão gritante?
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