Sou uma mulher de extremos. Mas, não, não sou bipolar. Eu gosto muito das pessoas de quem eu gosto, eu desgosto muito das pessoas de quem eu desgosto, eu sou muito indiferente às pessoas que me são indiferentes. Simples assim.
E a recíproca é verdadeira. Tem quem goste de mim, tem quem não goste de mim e tem quem me ignore redondamente. Mas duvido que alguém me ache mais ou menos. Não demorei muito a aprender que não se pode agradar a todo mundo. Parênteses: aliás, a primeira coisa que alguém pode fazer para angariar a minha antipatia gratuita é ser alguém de quem ninguém fala mal. Fecha parênteses.
Posto isto, eis o meu contraditório dilema: fisicamente, estou no meio do espectro. Não sei se emagreço ou engordo 20 quilos. Explico. Se eu emagrecer 20 quilos, voltarei a ser o ser levemente acima do peso de dez anos atrás e a entrar em todas as roupas tamanho G e 42/44 do mundo. Se eu engordar 20 quilos, passarei a ser oficialmente obesa e poderei comprar roupas em lojas de tamanhos especiais e sentar na parte da frente dos ônibus.
Do jeito que eu estou hoje, eu não sou nem efetivamente GORDA, nem NORMAL. Sou descrita pelo cretino eufemismo "gordinha". Eu não caibo nos tamanhos G de quase nenhuma loja normal (e quase nenhuma loja normal tem GG), mas também não sou suficiente para os tamanhos PP das lojas de tamanhos especiais (que também não prezam pelo estilo). Um horror! COMO uma pessoa vai se vestir assim?
A parte de engordar é brincadeira, até porque estou estacionada no mesmo peso (com pequenas variações para menos, felizmente) há cinco anos. É CLARO que eu quero (e pretendo um dia, quem sabe, talvez) emagrecer tudo o que ganhei no casamento. Mas o que eu mais quero MESMO é encontrar roupas bacanas tamanho 46 e meio. Será que rola, ou tá difícil?
PS.: Em Porto Alegre tem uma loja maravilhosa que vende essas coisas de que estou falando. Mas é tão cara. É pra de vez em quando e olhe lá...
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