Nos primeiros três meses depois que o Márcio foi trabalhar no Jornal da Tarde, em São Paulo, no final de 2001, todas as nossas horas disponíveis na desvairada eram dedicadas à procura da nossa nova casa. Tinha que ser alugada. Tinha que ser num bairro simpático. Nossa primeira paixão foi a Lapa, que conhecemos pelas mãos do querido Luís Antônio Girón e da Míriam, mulher dele. Eles moravam numa casa simpaticíssima, em frente a uma praça, num lugar que me lembrou muito a Sorocaba em que fui criada.
Infelizmente, o ritmo da vida paulistana não permitiu que conseguíssemos nos reencontrar depois que eu e o Márcio nos instalamos no desumano 15º andar de um edifício bem bacaninha. O número de desencontros foi igual ao das tentativas. De qualquer forma, nós dois sempre consideramos a casa em que os dois moravam com a família como um exemplo a ser perseguido na hipótese de continuarmos morando lá ou eventualmente voltarmos para lá algum dia.
Por tudo isso, principalmente, ler hoje este texto do Giron me deixou muito, mas muito triste.
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