Então tá. Respondo agora à provocação do Cleber sobre os autores que desisti de ler. Os três que listo a seguir eu tentei, juro que tentei. Porque achava que devia ler. Precisava ler. Tinha que ler. Ainda acho, na verdade. Mas, enfim, eu não consigo.
García Marquez, com seu Cem Anos de Solidão, foi uma verdadeira tortura intelectual em três momentos da minha vida. Aos 14 anos. Aos 18 anos. Aos 23 anos. Não deu. Nas três vezes, não passei da página 100. Era um tal de José Arcadio Buendía pra cá, José Arcadio Buendía pra lá, e eu não consegui acompanhar. Abandonei Gabo. Mas a culpa é mais minha do que dele. Acho.
Jorge Amado. Gostei de Capitães de Areia. Gostei de O Cavaleiro da Esperança. Não gostei de Tereza Batista. Não gostei de Tocaia Grande. E desisti. Até porque os outros que folheei pareciam sempre a mesma coisa.
O terceiro dói admitir. E eu tentei achar outro autor para citar, mas não estaria sendo sincera. Não gosto de Erico Verissimo. Pronto, falei. Li Clarissa até o final e Olhai os Lírios do Campo duas vezes. Adorava Os Três Porquinhos Pobres quando criança. Mas nem para agradar o meu pai consegui terminar Solo de Clarineta ou Incidente em Antares. Agora, vergonha das vergonhas: nunca tive capacidade de passar da página 33 d'O Continente.
Sou leitora de livros avulsos, que de vez em quando tem uns surtos e sai devorando obras completas. Já tive minhas fases Rubem Fonseca, Paul Auster, Alain de Botton, Machado de Assis, Nick Hornby, Bill Bryson, Luis Fernando Verissimo, Josué Guimarães, Charles Bukowski (sorry, Clebito) e vários outros. Saio lendo tudo da criatura até cansar. Depois abandono por um tempo. Mas são abandonos pontuais. Porque sei que acabarei voltando a eles um dia. No caso dos três, quem sabe um dia.
Ou não.
García Marquez, com seu Cem Anos de Solidão, foi uma verdadeira tortura intelectual em três momentos da minha vida. Aos 14 anos. Aos 18 anos. Aos 23 anos. Não deu. Nas três vezes, não passei da página 100. Era um tal de José Arcadio Buendía pra cá, José Arcadio Buendía pra lá, e eu não consegui acompanhar. Abandonei Gabo. Mas a culpa é mais minha do que dele. Acho.
Jorge Amado. Gostei de Capitães de Areia. Gostei de O Cavaleiro da Esperança. Não gostei de Tereza Batista. Não gostei de Tocaia Grande. E desisti. Até porque os outros que folheei pareciam sempre a mesma coisa.
O terceiro dói admitir. E eu tentei achar outro autor para citar, mas não estaria sendo sincera. Não gosto de Erico Verissimo. Pronto, falei. Li Clarissa até o final e Olhai os Lírios do Campo duas vezes. Adorava Os Três Porquinhos Pobres quando criança. Mas nem para agradar o meu pai consegui terminar Solo de Clarineta ou Incidente em Antares. Agora, vergonha das vergonhas: nunca tive capacidade de passar da página 33 d'O Continente.
Sou leitora de livros avulsos, que de vez em quando tem uns surtos e sai devorando obras completas. Já tive minhas fases Rubem Fonseca, Paul Auster, Alain de Botton, Machado de Assis, Nick Hornby, Bill Bryson, Luis Fernando Verissimo, Josué Guimarães, Charles Bukowski (sorry, Clebito) e vários outros. Saio lendo tudo da criatura até cansar. Depois abandono por um tempo. Mas são abandonos pontuais. Porque sei que acabarei voltando a eles um dia. No caso dos três, quem sabe um dia.
Ou não.
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Cassia, essa eh facil: eu desisti de ler todo mundo. Nao leio mais nada, so livros de culinaria. Enchi, sei la, mil coisas, num tô legal.... :-)))) beijoss!
ResponderExcluirO seu caso com Erico Verissimo é parecido com o meu e a poesia(Falei, damn it!). E eu também entrei nessa meme e lendo você, lembrei que eu deveria ter colocado o LSF! Que falha a minha, que falha.
ResponderExcluir=]
Estou contigo no que se refere a Jorge Amado. Não tenho a mínima paciência!
ResponderExcluirO "Cem Anos..." foi a minha penitência. Li demorado. E esqueci avuado!
ResponderExcluirCem anos... só se lê por autoflagelação mesmo. O sujeito é da Opus Dei? Cilício e Cem ano de solidão.
ResponderExcluirafdlksdv
Longe de mim sugerir que leias Cem Anos de novo, mas... pra mim a fórmula do sucesso foi encapar o livro com uma folha de ofício e fazer a árvore genealógica.
ResponderExcluirTenta com O Amor nos Tempos do Cólera, que é melhor.
Bj!
Pois eu nunca consegui ler Saramago. Tentei três vezes com História do Cerco de Lisboa, o único que tenho...
ResponderExcluirDo Gabo, eu li Memórias de Minhas Putas Tristes e gostei... mas foi só.
E só li O Continente por causa do Vestibular. Não era ruim... mas até hoje não consegui enxergar a árvore genealógica da galera... Também li Clarissa e Olhai os Lírios do Campo (este porque gostava do título). Depois li Música ao Longe, que é a continuação de Clarissa. Os infantis também li. As aventuras de Tibicuera é muito didático e tem toda a história do Brasil praticamente :)
"Leitora de livros avulsos"... enfim achei minha categoria, já que nenhum manual de classificação psiquátrica abarca minha condição! Hehehe! Obrigada!
ResponderExcluirufa! nunca mais vou me sentir a mais culpada das mais solitárias criaturas quando precisar revelar - sempre à força, que sou covarde pacas - que abomino o pai da tieta e demais cacauzices. valeu, cassia!
ResponderExcluirsou uma leitora compulsiva, cês sabem... mas também tenho os meus "não consigo". são raros, mas rolam... por exemplo: não consegui engolir dois livros do Santiago Nazarian (feriado de mim mesmo e a morte sem nome). alguém aí leu? gostou? eu me irritei quando enxerguei a mesmíssima frase escrita pela terceira vez (não lembro em qual dos dois), me incomdei com frases pra lá de mal escritas (pra mim, pelo menos) e não consegui me envolver... não deu... e pelo menos agora, não tenho a menor intenção de voltar a eles... mas gostei muito de cem anos de solidão e o amor nos tempos do cóleta. a lu tem razão: a árvore genealógica ajuda. hehehe) e tbm não tenho nada contra jorge amado, ele só tem a maior cara de "já passou" pra mim :)
ResponderExcluircóleta não, cólera :)
ResponderExcluirCássia, promove aí o "Confesso que não consigo ouvir".
ResponderExcluirAlguém mais além de mim acha a Elis Regina uma chata de galocha?
São aceitos comentários dos que acabam de chegar e, ainda por cima, entraram por acaso?
ResponderExcluirNão poderíamos concordar mais a respeito de Gabrielito. Eu tentei... Deus, eu tentei! Alguns são meramente passáveis, como "Crônica de uma Morte Anunciada". Mas "Do Amor e Outros Demônios" me embrulhava o estômago. Eu só não digo que foi o pior livro que já li porque também li "Lavoura Arcaica", do Raduan Nassar.
Já o Erico é o meu escritor preferido. Não estou dizendo que o considere superior ou inferior aos meus outros autores queridos (Charlotte Brontë, Jorge Luis Borges e William Shakespeare). Mas o rapaz é adorável, além de um paisano, então achei que merecesse o título. "Olhai os Lírios do Campo"? Quase integralmente besta. "Clarissa"? Integralmente besta. O rapaz era imaturo, ainda não sabia das coisas. Bom mesmo começa a ficar depois da década de 50. "O Senhor Embaixador" é per-fei-to, na minha humilíssima opinião.