O dia se espatifa: Dos pronomes e das leituras necessárias

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Dos pronomes e das leituras necessárias

Tenho uma relação complicada com pronomes, devo admitir. Tenho pavor de próclise no começo de frase. Ao mesmo tempo, acho a ênclise besta demais na maior parte das vezes. Principalmente quando usada depois de "que" ou "não", que, além de tudo, é errado. A solução? Mudar sempre que possível a estrutura da frase. Dá um certo trabalho, mas pelo menos durmo tranqüila.

mesóclise é outra história. Mesóclise para mim é tudo. Nunca uso, claro. Mas achei o máximo quando pude usar.

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O comentário acima foi inspirado pela releitura do necessário What língua is esta?, do Sérgio Rodrigues, que tive o prazer de conhecer nas férias. Tal qual o Riq, ele tem um talento imenso para falar da língua sem ranço algum e com refinado senso de humor.

A viagem dele, porém, é um pouco diferente da do amigo virtual publicitário, turista profissional e colorado. É na literatura (que também faz) que o Sérgio busca inspiração para fazer o Todo Prosa, no no mínimo, onde também comanda as picapes do A palavra é....

Hoje fiquei sabendo que ele anda passando por aqui. Como sempre que fico sabendo que alguém que respeito passa por aqui, fiquei com um pouco de vergonha. Principalmente porque a carapuça de "ególatra e onfalocêntrica" – das palavras do mestre Sérgio Augusto citado ali embaixo – tinha me servido direitinho.

2 comentários:

  1. Criatura, próclise no início de frase é uma das poucas conquistas trabalhistas do escriba do século XX que não costuma ser revogada pelas milícias revisoras. Mas não é por que tu não gosta de "Me parece" que tu vai começar uma frase com "Parece-me", né? Já sei -- esse é um caso para o "Acho que" :-)

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