O dia se espatifa: abril 2008

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Ah, feriado...

Então que a criança aqui sempre quis ser jornalista. Porque gostava de escrever. Hoje sei que motivo mais besta para virar jornalista no mundo não há, mas na época não sabia. E estudei jornalismo. E fiz todas as cadeiras direitinho. E fui Cara Nova da RBS TV. E fui contratada para trabalhar na TV. E meu mundo mudou. Acabaram-se os feriados. No começo, dava uma tristezinha. A cada feriado da folhinha, uma tristezinha. E então fiz o curso de jornalismo aplicado da Zero Hora. E fui trabalhar no jornal. E os feriados passando batido. Agora já nem dava mais nada. Os feriados sumiram da minha folhinha mental. E assim foi. Até eu me dar conta de que trabalhar em feriado garantia uma graninha a mais nos contracheques. E até que não era tão ruim assim trabalhar quando a maioria dos seres humanos folgava. Daí que me tiraram dali, da redação. E eu estranhava que de vez em quando, assim, do nada, tinha um dia de semana em que o mundo meio que parava. Dava para vir para casa e fazer nada. Ou trabalhar em casa. Ou ir ao cinema. Ou passear. Viajar não dava. O marido segue jornalista, sem feriado. Então que agora eu trabalho em escritório. E não apenas eu lembro dos feriados, como espero por eles ansiosa. Mas descobri que tem uma coisa melhor do que feriado. É a véspera do feriado.


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Bom 1º de maio para todo mundo! :-)


Postado por Cássia Zanon

Aventuras de uma onívora chinesa em Londres

Então que, para ser minha amiga, além de gostar de mim, é importante que a criatura goste de comer. E posso dizer que o Márcio e eu somos felizardos nesse sentido, tantos os queridos amigos que temos que compartilham do amor pela boa mesa.

A Caroline Chang, que depois de ser minha amiga ainda virou minha editora, é uma dessas pessoas. Com a peculiaridade de encarar todas as aventuras gastrômicas com bravura indômita e comer muito, muito devagar – algo que invejo com todo o meu ser, apesar de achar que o prato dela às vezes fique frio ;-).

Pois eis que a Cacá andou passando por Londres e comendo no Fifteen, restaurante do Jamie Oliver. Na volta, teve a generosidade de compartilhar a experiência num post que virou nove no Cookies, do Sérgio Lüdtke, sua cara-metade. O que você está fazendo aqui ainda? Trate de ir para lá imediatamente.


Postado por Cássia Zanon

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Três dias, quatro filmes

A semana passada era para terminar em happy hour com o pessoal do trabalho, mas um pequeno mau-humor de última hora me fez trocar o chope e as fofocas por duas horas de reclusão no cinema. Começou assim a minha minimaratona de quatro filmes absolutamente diferentes do fim de semana, todos bacanas, cada um do seu jeito.

A FAMÍLIA SAVAGE - Emocionante, com atuações impecáveis do Phillip Seymour Hoffman e da Laura Linney. Quem nunca lidou com o envelhecimento e a perda de uma pessoa querida talvez não curta, não entenda, não se envolva. Mas eu saí do cinema profundamente tocada.

ENCANTADA - Aiê, é fofo, é engraçado, é bonitinho, é um filme para ver numa tarde chuvosa de sábado. Quem passou a infância vendo filmes Disney (e quem não?) certamente vai curtir. Pode tirar essa expressão de nojinho do rosto e pegar na locadora. É diversão certa. Preste atenção na ironia de muitas das passagens que demonstram o conflito entre o %22mundo Disney%22 e a realidade e na atuação divertidíssima da Amy Adams.

IDIOCRACY - Relutei e relutei em pegar o filme, apesar de gostar do Luke Wilson e achar a sinopse curiosa. Precisou a indicação de uma pessoa a quem respeitamos (o Edu, ilustrador da Zero Hora), para cairmos de cabeça no filme. Pode ver, que é diversão certa, com críticas contudentes e assustadoras à estupidificação da sociedade.

BEE MOVIE - Adoro animações. Sou fã das animações da Dreamworks. Curto um monte o Seinfeld. O filme é legal. Mesmo assim, sei lá, faltou alguma coisa. Num domingo à noite depois de um fim de semana cheio de programação pode ser uma boa pedida. Mas não vá esperando um Nemo ou um Carros e muito menos um Ratatouille.


Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Brechó do bem

A dona Alair, também conhecida como minha mãe, é uma das muitas voluntárias que trabalham o ano todo – muito além do McDia Feliz – para ajudar a arrecadar fundos para o Instituto do Câncer Infantil. Se você curte moda e adora catar coisas interessantes em brechós, eis uma oportunidade de fazer isso e ainda ser útil a uma causa bacana.

Neste sábado, das 9h até as 16h, o ICI – que fica na Francisco Ferrer, 276 –promove seu brechó mensal de roupas, calçados e acessórios. São peças de vários tipos e estilos, algumas inclusive novinhas em folha.

Toda a renda das vendas será revertida para o instituto. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3331-8704. Quem quiser, também pode levar doações.


Postado por Cássia Zanon

A quem interessar possa

Agora, além de assinar o feed RSS do blog, os meus queridos 17 leitores podem também receber os avisos de atualização por e-mail. Para isso, basta informar o e-mail ali do lado e clicar em "Assinar". Depois, é preciso confirmar a assinatura através de um link que será enviado pelo sistema.


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A tecnologia é uma coisa impressionante, não? ;-)

Postado por Cássia Zanon

Diga-me como te portas num bufê...

Sabe Deus por quê, sempre gostei de ler sobre etiqueta. Em casa sempre houve livros sobre o assunto e, quando menina, com 12, 13 anos, eu achava fascinante aprender como arrumar diferentes tipos de mesa, sobre como se vestir adequadamente para ocasiões sociais e que tipo de pratos servir e quando. Não lembro da autoria desses livros, mas, como resultado dessas leituras adolescentes, nunca me apavorei ao ver uma fileira enorme de talheres ao lado dos pratos, sempre botei o guardanapo no colo na hora da refeição e, apesar de não ter tido (nem querido ter) a oportunidade, não me apertaria para comer escargot.

Claro que o fato de conhecer as regras de bom convívio social não significa que eu as cumpra sempre. Eu falo alto, falo mais palavrões do que gostaria, cometo gafes e indiscrições (que atire a primeira pedra...) e como muito rápido – entre tantos outros defeitos que vou parar de listar para não começar a ter problemas de auto-estima. Mas tem uma regrinha básica que procuro cumprir sempre, em todos os momentos da minha vida: se alguma atitude minha pode afetar a vida de outra pessoa, presto bastante atenção e tento ser o menos intrusiva possível.

Com essa premissa em mente, acredito que, se tem um momento da vida de uma pessoa em que o caráter mais profundo se revela, este é o bufê. No almoço de ontem presenciei uma sucessão de atitudes que me deixaram com medo, muito medo, pela humanidade. Porque se as pessoas agem de um jeito bárbaro no momento sagrado que é a refeição, calcule-se o que faz no resto do tempo. Vai daqui, portanto, meu Pequeno Manual de Comportamento em Bufês, que eu mesma procuro cumprir à risca, porque, como já disse, a forma como me porto ali diz muito sobre mim.
1 - Não mexa nos cabelos enquanto está se servindo. Também não coce a cabeça, não coce o nariz, não espirre ou tussa sobre a salada.
2 - Antes de começar a se servir, dê uma olhada geral nos pratos que estão ali e monte mentalmente o prato antes de entrar em ação. Isso vai evitar que você (1) se sirva de mais do que o necessário, (2) misture coisas improváveis como moqueca de peixe com porco agridoce (eu já vi isso num prato), (3) irrite os apressadinhos ao tentar decidir tudo na hora e demorar muito fazendo isso.
3 - Quando for se servir de alimentos em pedaços, pelo amor de Deus não cutuque trocentos pedaços antes de se servir de um. Também não revire todos e busque aquele que está lá no fundo. Se quiser o pedaço de frango sem pele, deixe para tirá-la no seu prato.
4 - No caso de pratos inteiros, lembre-se de que várias pessoas vão se servir também e vão pagar o mesmo preço que você. Por isso, nada de tirar toda a cobertura de queijo queimadinho da lasanha ou se servir apenas do recheio da quiche ou (isso eu vi ontem, juro) varrer 80% das ameixas que estão sobre o manjar de coco de 12 porções para dentro do seu prato.
5 - Mesmo que você tenha horário e esteja atrás de um lerdo (um erro não justifica outro), não cole na traseira da criatura nem fique bufando na nuca do colega comensal.
Tem uma crônica do Verissimo sobre bufês que é leitura obrigatória para os interessados no assunto. Infelizmente, não encontrei o texto online para reproduzir aqui, mas, se não me engano, ele está no livro A Mesa Voadora.

Os comentários estão abertos para mais itens. Almoçando há pouco com o pessoal do trabalho, a Roberta lembrou de uma coisa que ela abomina: encostar a concha de servir feijão no arroz do próprio prato e, ao pegar o feijão, deixá-lo cheio de grãos de arroz.


terça-feira, 22 de abril de 2008

Um ano sem Vonnegut

A correria da semana passada – em função de uma cólica renal no marido e muito, mas muito trabalho – fez com que eu deixasse passar batido o aniversário de um ano da morte do Kurt Vonnegut, um dos escritores cujos livros mais me orgulho de ter traduzido. Para lembrar a data (com mais de 10 dias de atraso), vão daqui três links:

1 - O post que fiz no meu blog antigo quando soube da notícia

2 - O post que fiz para o Mundo Livro e acabou sendo citado até num artigo da Carta Capital

3 - O texto que fiz para a Zero Hora, que acabou saindo numa central, ao lado de um texto do Márcio sobre o Miles Davis

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Ah, sim, o link para o artigo da Carta Capital é este aqui.


Postado por Cássia Zanon

De blogs, blogueiros e suas supostas polêmicas

Desde que virei blogueira, acho um porre qualquer tipo de tentativa de enquadrar blogs, blogueiros em algum tipo de regra, algum tipo de classificação. Dizer que %22blogs são isso%22 ou %22blogs devem ser aquilo%22 é mais ou menos como tentar definir o que é e para que serve a internet. Ou mesmo o que é e como deve ser um livro.

Mesmo assim, achei bem interessante o especial Blogueiros e Jornalistas com reflexões sobre o tema feitas por colunistas e colaboradores do sempre bacana Digestivo Cultural.

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A dica do especial veio da Camila Saccomori, titular absoluta do Fora de Série.


Postado por Cássia Zanon

sábado, 19 de abril de 2008

Você sabe como funciona uma rotatória?

Hoje à tardinha, passando pela rótula da Praça da Encol, retornando de uma volta pela Livraria Cultura, comentei com o Márcio como me irrita o fato de que as pessoas não sabem como funciona uma rotatória. Agora, botando em dia os RSS da semana passada, encontrei esta excelente crônica do Dedé Laurentino, justamente sobre o assunto.

Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Da incompreensão e da falta de clareza

Costumo dizer que se sou obrigada a ler duas vezes a mesma frase e ainda assim não consigo entendê-la, a culpa não é minha, mas do autor da frase. Ultimamente, tantas coisas que digo ou escrevo têm sido mal compreendidas que estou começando a achar que não sei mais escrever.


Só falta agora este post também não ser entendido.

Postado por Cássia Zanon

Velho ranzinza não tem vez

Nos ônibus de Porto Alegre, pelo menos nos que eu ando, existe um adesivo perto dos bancos reservados para idosos que diz:

Os assentos vermelhos são preferenciais para jovens de espírito. Com idade acima de 60 anos.

Na boa, isso é preconceito, não? :-)



Postado por Cássia Zanon

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Na falta de coisa melhor

Não sou particularmente fã da Microsoft, assim como não sou fã do capitalismo. Mas enquanto as alternativas forem as que se apresentam...

Postado por Cássia Zanon

Ah, o elevador

Etiqueta (e noção) em elevadores é tema recorrente dos meus blogs, como dá para ver por esses posts aqui. Normalmente, eles são cadastrados na categoria %22implicâncias implicantes%22. Pois eis que hoje, chegando ao trabalho com um certo mau humor, presenciei o seguinte diálogo, dentro da caixa de transporte vertical:

– Bah, ontem passei muito frio no treino.
– Ah, é? Tu treinou.
– Treinei um monte.
– Pois é, eu não consegui treinar.

A conversa foi curtinha assim porque o que passou a noite treinando embarcou no térreo e desceu no segundo andar. Tchê! Quem sabe treina menos (o que quer que seja) e dispensa o elevador quando for subir só um andar?


Postado por Cássia Zanon

terça-feira, 15 de abril de 2008

Momento mulherzinha

Chegou o frio. E eu sou a mais nova dona de dois lindos pares de botas: um preto e um cor de vinho.


Eu PRECISAVA dividir isso com alguém...

Postado por Cássia Zanon

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Inspiração para trabalhar

Então que eu tenho saído moída do trabalho, e mal tenho conseguido tocar na tradução em curso. Daí que hoje eu li este post do Sérgio Rodrigues no Todoprosa sobre o Armageddon in Retrospect, do Kurt Vonnegut, e fiquei bem animada :-)

Postado por Cássia Zanon

sábado, 12 de abril de 2008

Aperfeiçoando receitas

Hoje preparei para dois amigos queridos um Frango à Marengo. Lembrava de os meus dois últimos terem sido muito bons, mas não tinha mais certeza sobre a receita e o modo de fazer. Daí que não encontrei em nenhum dos meus muitos livros nem lembrava de onde tinha visto antes.

Só agora lembrei que a receita era minha mesmo, e estava aqui o tempo todo.

Não é que fiz, de cabeça, quase igual? Só que hoje acrescentei Ervas de Provence, um copo de vinho branco seco, um pedaço de pimentão vermelho e uma pitadinha de cominho. As novidades fizeram (uma boa) diferença.



Postado por Cássia Zanon

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Um pedaço de Porto Alegre na desvairada

Então que abriu um Zaffari em São Paulo. E, ok, eu nem ia comentar isso aqui. Mas daí eu li este post do Ricardo Freire, e resolvi dividir com vocês, se é que ainda não passaram por lá :-)

Vai daqui um gostinho:

Não sou só eu, nem a minha nova amiga colorada. A colônia gaúcha inteira da cidade está em êxtase. São Paulo agora tem um supermercado que vende pão cervejinha, cuca de banana, erva Barão, doce de leite Mu-Mu, ximia Piá e mostarda Rib%27s.


Postado por Cássia Zanon

Momento Fora de Série


Meia-noite, e eu, morrendo de sono, resolvo dar uma última zapeada nos canais just in case. Daí que estava começando Pushing Daisies, e resolvi ver o começo. Só pra ter uma idéia da coisa.

E não é que a Camilinha tinha razão, e a série é tão fofa, mas tão fofa, que eu acabei saindo da frente da TV só à 1h? Agora estou com sono, mas virei fã.




Postado por Cássia Zanon

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Apelo aos 17

Em novembro do ano passado, troquei a vida avulsa do Blogger – onde espatifava meus dias desde dezembro de 2003 – pelo condomínio cheio de vizinhos ilustres do clicRBS. Fiz a mudança movida por dois motivos, principalmente. O primeiro era ter uma experiência mais próxima com a nossa ferramenta de blog, já que faz parte das minhas atribuições na unidade de Internet e Inovação da RBS pensar em como melhorar os nossos produtos tanto para o público quanto para os jornalistas que produzem o mar de conteúdo e serviços do clicRBS e do hagah. O segundo foi, como negar, a maior visibilidade. Quer coisa melhor do que estar dentro de um grande portal, mesmo sem aparentemente ter algo a acrescentar?

Em relação ao primeiro objetivo, a mudança não poderia ter sido mais benéfica. Tenho convicção de que, ao sentir na ponta dos dedos as dificuldades dos meus colegas blogueiros, estou conseguindo perceber melhor quais são as necessidades. E os amigos freqüentadores dos nossos blogs podem esperar por (boas) novidades nos próximos dias e até o fim do ano.

Já o segundo objetivo gerou um efeito contraditório. A audiência aumentou – e o conteúdo do blog eu sei que não tem a ver com isso, uma vez que sigo falando basicamente sobre o nada. Só que o índice de comentários caiu absurdamente – e o conteúdo do blog eu sei que não tem a ver com isso, uma vez que sigo falando basicamente sobre o nada.

Então, queridos 17 leitores, fica daqui o meu apelo: eu sei que a caixinha de comentários aqui embaixo não é das mais funcionais. Eu sei que o comentário só entra depois de eu aprovar (e isso é porque a nossa ferramenta não avisa quando tem comentário, e eu tenho medo de deixar algum passar batido, e não porque eu queira %22censurar%22 alguma coisa). Mas, pôxa, se vocês estão aí, dêem um sinalzinho de vida? A blogueira aqui está carente...



Postado por Cássia Zanon

terça-feira, 8 de abril de 2008

Recordar é viver (3)

Dentro do projeto %22reciclando posts%22, vai daqui um que eu escrevi em 3 de abril de 2005 – há três anos, portanto – e que continua valendo, apesar de agora eu não trabalhar mais tanto com texto como na época, em que era editora de Notícias do clicRBS. :-)

A força das palavras

Sou bem neurótica com o uso adequado das palavras. Sou implicante com algumas. Certas manias eu herdei de antigas chefes a quem respeito muito e aprendi com excelentes professores, outras foram surgindo (e seguem aparecendo) com o trabalho diário nas redações e nas traduções e com a leitura de gente boa (e implicante) como o Ricardo Freire.

- Detesto disponibilizar
- Tenho pavor de iniciar e encerrar mal aplicados
- Sinto urticária com a palavra colocar em qualquer hipótese (qual o problema com botar?)
- Não entendo quem acessa sites
- Ainda fico indignada com quem varia o verbo haver equivocadamente, e sempre os hão (sic)
- Fico irritada com trocas desnecessárias do eloqüente verbo dizer por coisas esdrúxulas como salientar, ressaltar, ressalvar e quetais.

A lista é longa, mas por ora o desabafo é este...


Postado por Cássia Zanon

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ó vida...

Resolvi dar uma olhada nos posts do blog antigo (até pra ver se reciclava algum pra cá, confesso). Daí que lembrei da categoria óvidaócéusóazar, e achei divertido constatar que tudo o que está ali ainda se aplica ;-)

Ah, sim, este aqui tem a mesma seção.


Postado por Cássia Zanon

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Minha fritadeira e bolinhos de arroz


Então que eu ganhei uma supersupimpa panela Wok de aniversário. Como já tinha uma, e fui avisada pelos queridos amigos que me presentearam que eu podia trocar... troquei. E a minha supersupimpa Wok virou uma supersupimpa fritadeira (exatamente a da foto ao lado).

Em 12 anos de dona de casa, nunca fui muito fã de frituras – pelo menos não na minha cozinha. E daí que as minhas eventuais experiências com esse tipo de comida costumavam ser meio decepcionantes. As panelas muito grandes demandavam muito óleo e, sei lá, a coisa não fluía bem. Uma vez fiz uns pastéis tão ruins e gordurosos que abandonamos os coitados no meio e apelamos para sanduíches.

Pois hoje resolvi arriscar e fazer uma receita que às vezes erro, às vezes acerto, às vezes erro... hoje acertei. Ficou igual ao da minha mãe. Que não sabe dar a receita com medidas precisas. Por isso, decidi anotar as quantidades e a forma de fazer, porque se não fizer isso agora, da próxima vez vou acabar inventando outra receita (de novo), e vai ficar uma porcaria. Ou não.

Com licença, Sérgio, mas a receita agora é minha.

Bolinho de arroz que dá certo

- 1 xícara de arroz cozido (1 xícara de arroz cru cozido, não uma xícara de arroz cozido, deu pra entender?)
- 1 xícara de leite
- 1 colher de sopa de salsinha picada
- 1 colher de sopa de cebolinha picada
- 1 colher de sopa de queijo ralado
- 2 ovos
- 4 colheres de sopa de farinha de trigo
- 1/2 colher de sopa de fermento em pó
- 1 colher de óleo
- 1 pitada de açúcar
- sal e pimenta a gosto
- óleo que baste para fritar

Junte o leite ao arroz cozido e leve ao fogo até o leite incorporar. Mexa o tempo todo. Tire da panela e leve a uma tigela. Misture bem a salsinha, a cebolinha, o queijo ralado e os ovos (bata-os ligeiramente antes). Acrescente as colheres de farinha uma a uma, mexendo sempre. Quando a %22massa%22 ficar consistente, acrescente a colher de óleo (esse truque eu li numa receita em algum lugar, e fez toda a diferença), o sal, a pimenta, o açúcar e, por último, o fermento.

Aqueça bem o óleo (tem que ser muito óleo e muito quente) e forme os bolinhos com a colher (para evitar que a massa grude, mergulhe a colher no óleo antes de pegar a massa). Deixe fritar até dourar, escorra em papel-toalha e sirva.




Postado por Cássia Zanon

Apelo às pessoas sem pressa e sem noção

Sim, eu sou um pouco mais estressada do que o normal. Sim, eu tenho uma pressa que me acompanha desde a mais tenra idade. Sim, eu tenho tentado mudar isso e aumentar meu nível de paciência e tolerância com uma combinação de ioga, meditação, acupuntura e autocrítica. E diminuir o ritmo tem me feito bem.

Só que quando uma pessoa fica CINCO MINUTOS na minha frente numa fila de lanchonete PENSANDO no que vai comer sendo que SABE o que tem na dita cuja HÁ ANOS, isso me irrita MUITO. O mesmo para aqueles que, num bifê, ficam HOOOOORAS escolhendo as folhas de alface, as rodelas de tomate, os grãos de arroz e – o pior de tudo – cutucando TODOS os bifes com o garfo antes de escolher o que vai para o prato.

Fica daqui meu apelo: pessoas sem pressa e sem noção alguma, por favor, por favor, respeitem um pouquinho só quem está atrás de vocês na fila? Muito obrigada.

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Update às 18h10

Aqui embaixo nos comentários, recebi várias dicas (e até uma espécie de ameaça) de pessoas que dizem que eu provavelmente vá ter um ataque cardíaco a qualquer momento por causa da minha pressa. Talvez isso deva me alertar para o fato de que eu não esteja sabendo mais me expressar por escrito. Acho que não ficou claro que:

1 - Eu reconheço minha tendência à maluquice e estou tentando mudar

2 - Mesmo tentando mudar, não consigo deixar de me irritar com gente que não tem consideração pelos outros e acha que dispõe todo o tempo do mundo para fazer coisas que interferem na vida alheia (no caso, as pessoas que são obrigadas a ficar numa fila que seria desnecessária se o sem-pressa pensasse um pouco no próximo) 

3 - Por me irritar, não quero dizer que fique fazendo caretas ou xingando o sem-pressa. Aliás, nem ele nem quem está atrás de mim deve perceber a minha irritação. Meus batimentos cardíacos seguem tranqüilitos, tranqüilitos. Eu só faço uma anotação mental para me cuidar e não fazer isso também. E, às vezes, para transformar a situação num post polêmico como este e dar uma movimentada num blog deveras abandonado ;-) 



Postado por Cássia Zanon