quarta-feira, 31 de março de 2004
A saudade é até bacana. Parece que ele está do meu lado. De certa forma, está mesmo.
terça-feira, 30 de março de 2004
Deu na Zero Hora:
O apoio da torcida brasileira à seleção de ginástica artística que participará da terceira etapa da Copa do Mundo, de sexta-feira a domingo, no Centro de Convenções Riocentro, no Rio, está dividindo opiniões dentro da equipe. Enquanto a atual campeã mundial nos exercícios de solo, Daiane do Santos, pede que as pessoas se contenham na hora de sua apresentação, Daniele Hypólito diz que podem gritar o seu nome o quanto quiserem, pois tem alto poder de concentração. Para Daiane, os torcedores podem gritar, festejar, fazer barulho mas, na hora de seu exibição, ela prefere que seu nome não seja entoado.
- Vai ser maravilhoso poder competir com a torcida do nosso lado, mas não gostaria de ter o meu nome gritado durante a minha apresentação - pediu.
Eu NÃO CONSIGO torcer por essa menina que é incapaz de assumir o time e ainda diz uma coisa dessas... Acho que vou assistir à competição só pra ficar gritando durante a apresentação dela: "DANIELE, DANIELE, DANIELE"
segunda-feira, 29 de março de 2004
Ah, e agora que está rica, a "Laura" está de cabelos longos. Na boua! Desde quando aquele visual de madalena arrependida é símbolo de riqueza e sofisticação. Sim! Porque corre pelaí que a neopobretona "Maria Clara" vai cortar os cabelos.
Enfim... eu ainda não li Guerra e Paz, mas arranjo tempo pra ver Vale Tudo 2, a missão. Acho que é a chatice da tradução em curso...
domingo, 28 de março de 2004
Em suma, apesar das roupas que ela usa nas cerimônias de premiação de Hollywood, eu ADORO a Diane Keaton.
sexta-feira, 26 de março de 2004
Pra mim, mais do que servir de "meu querido diário", esse blog serve pra que eu possa fazer os comentários que eu costumo berrar no meio da redação (quem trabalhou comigo sabe do que estou falando) para todos os amigos e/ou conhecidos que não estejam por perto, mas com quem eu gosto de compartilhar as minhas opiniões inúteis/fúteis sobre toda e qualquer coisa.
quarta-feira, 24 de março de 2004
(...) dirigiu-se ao local indicado, uma estreita plataforma, uma de seis, fora das altas amuradas e protegidas pelos grandes rizes dos poleames, os ovéns e as enxárcias (...)
SIM! Eu escrevi isso! E está certo! Porque eu fiquei MEIA HORA pesquisando o que eram essas p... dessas palavras! Entendem agora o que eu estou passando com essa tradução?
Até aí tudo bem... não aconteceu nada demais (a não ser por um raladinho no joelho esquerdo e umas dores musculares que deverão durar mais ou menos uma semana). O maluco foi que em menos de dois minutos nós duas estávamos cercadas de guardas do shopping munidos de walkie talkies e uma cadeira de rodas (!) para levá-la ao ambulátório.
Inacreditável o pânico de processo que esses estabelecimentos desenvolveram!Claro que isso não desmerece a atenção com que fomos tratadas, mas me fez pensar em como tem gente cretina que realmente entra na Justiça contra uma empresa porque bancou o boca aberta e tropeçou no nada por estar distraído... Pena que me falte a cara-de-pau necessária para fazê-lo. A mesma cara-de-pau, aliás, que eu gostaria de ter para fazer um programa caça-níqueis num desses canais a cabo que vendem espaço pra qualquer um...
terça-feira, 23 de março de 2004
O Zuenir escreveu sobre isso no no.minimo, e o que ele escreve descreve muito da cabeça de porongo da gurizada que tá caindo na vida (e não é só de agora, não, eu sei de ex-colegas meus que também têm essa visão da "confusão toda").
segunda-feira, 22 de março de 2004
Agora volto pra casa e praquela bendita tradução interminárvel...
domingo, 21 de março de 2004
Neste fim de semana consegui a deliciosa proeza de juntar num único lugar e na mesma hora uma amostra de praticamente todas as fases importantes da minha vida. Foi muito, muito bom estar cercada de tanta gente a quem eu amo e admiro. Pessoas que me são especiais há 30, 26, 12 e 10 anos estavam misturadas a outras que me conquistaram há menos tempo, alguns meses até.
Passei o domingo de ressaca. Não só do cansaço de organizar a festa e da Ypioca das caipirinhas, mas também da quantidade enorme de carinho que recebi e que pude retribuir. A comemoração dos meus 30 anos acabou sendo um balanço mais do que positivo do patrimônio afetivo que eu pude juntar nessas primeiras três décadas de vida. E fez com que eu me sentisse mais do que recarregada pelo menos para a próxima década.
Love is all you need
sexta-feira, 19 de março de 2004
Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles num pão com gergelim são mais saudáveis do que a mistura manteiga-bacon-ovo-queijo-farinha do très français quiche Lorraine. É o que garantem agora dois renomados nutricionistas da França (é isso mesmo). Mas, na boa, precisava de aval científico? Basta comparar os ingredientes e comer os dois. O que pesa mais no estômago?
Exactement!
quinta-feira, 18 de março de 2004
Eu definitivamente adorei A Lista de Schindler. Agora, 10 anos depois, percebo que os méritos não são inteiramente do filme, mas muito mais das minhas circunstâncias. Em 1994, eu estava com 20 anos de idade, minha irmã, com 16, e nós duas conseguimos convencer o meu pai a ir ao cinema em vez de esperar os filmes saírem em vídeo. Ele sempre gostou de cinema, mas, fumante inveterado, não suportava a idéia de ter de passar mais de duas horas sem acender um cigarro.
Graças ao meu pai (e ao videocassete), aprendi a gostar não só do Spielberg, como de Coppola, Sérgio Leone, Scorcese, Sam Peckinpah, Costa Gavras, Mario Monicelli e a descobrir mais e mais cineastas, atores e atrizes, encadeando informações e filmes uns nos outros. Em 1994, nenhum de nós ainda sabia, mas meu pai só estaria conosco por mais dois anos. Talvez ele já desconfiasse. Por isso se rendeu aos apelos das filhas, e voltou a freqüentar as salas de cinema.
Naquele ano e em 1995, a família toda viu vários filmes no cinema, mas eu me lembro bem mesmo é de A Lista de Schindler. Eu me lembro de olhar para o lado e ver o meu pai chorando. Lembro de comentar isso com ele e ouvir como resposta: "Eu chorei porque não estava mais agüentando ficar sem fumar". E me lembro de ter tido um dejà vu. Dezoito anos antes, eu tinha visto meu pai chorar no final do E.T..
quarta-feira, 17 de março de 2004
O que mais me assusta é que eu não apenas PERDI TEMPO assistindo a essa porcaria (não com muita assiduidade, pelo menos) como ainda por cima TENHO OPINIÕES a respeito deles. O fato de que todo mundo tem opinião (mesmo quem nunca viu um "capítulo" da coisa) não me consola. Só apavora ainda mais.
E nessas todas eu ainda "não tive tempo" de ir ao cinema assistir a Adeus, Lênin...
* Um dia comecei a ver esse filme por causa do elenco (Dustin Hoffmann, Kevin Spacey, Renée Russo e Morgan Freeman), vi que era uma bomba no primeiro segmento (sim, porque era uma versão dublada E com intervalos do Supercine) e simplesmente não consegui abandonar até o final. Surgiu ali essa definição para as vezes em que perco meu precioso tempo com alguma coisa que evidentemente não presta mas que não consigo largar.
Dieta Jaguar *
Jaguar
Atkins. South Beach. São as da vez. Durante anos, o ovo, por exemplo, foi considerado terrorista calórico. Foi anistiado há pouco. Há quem só mastigue vegetais. Vacas também, e quanto mais comem, mais engordam. Tem dietas para todos os gostos, melhor dizendo, todos os desgostos. Conheço gente que só vai à mesa com uma calculadora, para somar as calorias. Que tristeza. Passam a vida ora diminuindo, ora aumentando de volume, que nem fole.
Passe numa livraria, livros de dieta. Poucos mostram fotos dos prósperos autores. No máximo, retratinho 3x4, nunca de corpo inteiro. Quem me garante que esses caras que prometem transformar obesas em sílfides não são uns Jôs Soares, que se empanturram enquanto zombam das incautas e famélicas leitoras?
Nunca fiz dieta. Minto, sempre fiz – inconscientemente – a dieta Jaguar. Há mais de 40 anos, mantenho o mesmo peso: 70 quilos. Ideal para minha altura: 1,72m. Para emagrecer, siga a dieta Bangladesh: fome até chegar ao peso desejado. Depois, para mantê-lo, a dieta Jaguar, que revelo sem fins lucrativos. Oito da manhã: uma xícara de café com pão e manteiga. 10h30: cachorro-quente com molho, mostarda, ketchup e uma lata de cerveja. 13h: um Steinhager, quatro chopes e uma coxinha de galinha no bar da esquina. 15h: em outro bar, o PF do dia. Pode ser rabada, bife rolê com fritas, arroz, feijão e macarrão (pra arrepiar os bigodes do Zé Hugo Celidônio). Quatro ou cinco chopes. Café e Underberg. 19h: sopa, Steinhager e mais uns quatro chopes. Daí pra frente, só destilados e cerveja. Não como: couvert, doces, frutas e saladas. Pouco sal. Água, só um copo ao acordar. Bom proveito.
* Contribuição do Marido, que ameaça adotá-la
terça-feira, 16 de março de 2004
Machado é tão bom, mas tão bom, que a atualidade da prosa dele chega a ser humilhante.
segunda-feira, 15 de março de 2004
B-kheeruut re'yaaneyh laa kaaley tsuuraathaa khteepaathaa, ellaa Zaynaa Mqatlaanaa Trayaanaa laytaw!
(Pode ser descompromissado no uso liberal de violência gráfica, mas não é um Máquina Mortífera 2!)
Da'ek teleyfoon methta'naanaak, pquud. Guudaapaw!
(Por favor, desligue seu telefone celular. É uma blasfêmia!)
Shbuuq shuukhaaraa deel. Man ethnaggad udamshaa?
(Me desculpe, mas cheguei atrasado. Perdi algum espancamento?)
Een, Yuudaayaa naa, ellaa b-haw yawmaa laa hweeth ba-mdeetaa.
(Sim, eu sou judeu, mas eu não estava lá naquele dia.)
Ma'hed lee qalleel d-Khayey d-Breeyaan, ellaa dlaa gukhkaa.
(Meio que me lembra A Vida de Brian, mas este não é tão engraçado.)
Ktaabaa taab hwaa meneyh.
(Não é tão bom quanto o livro.)
Puuee men Preeshey, puuee!
(Bu, fariseus, buuuu!)
Etheeth l-khubeh 'almeenaayaa d-Maaran Yeshu Msheekhaa, ella faasheth metool Moneeqaa Belluushee!
(Eu vim pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas fiquei por causa da Monica Bellucci.)
Feelmaa haanaa tpeelaw! Proo' lee ksef dmaa!
(Este filme é horrível! Quero meu dinheiro de volta!)
Saggee shapeer! Laa tsaabey naa d-esakkey l-mapaqtaa trayaanaaytaa.
(Genial! Mal posso esperar para ver a segunda parte.)
Ayleyn enuun Oorqey?
(Quais destes são os orcs?)
Lebba deel daaleq, ellaa teezaa deel daamek.
(Meu coração está pegando fogo, mas meu traseiro está dormindo.)
Laa baakey naa-eeth gelaa b-'ayna deel.
(Não estou chorando, é que entrou uma coisa no meu olho.)
Peletaa kuullaah da-Qraabay Kawkbey.
(É tudo uma alegoria de Star Wars.)
Shluukh kleelaa d-kuubayk, pquud. Laa meshkakh naa d-ekhzey l-ketaan tsuur- aathaa.
(Você poderia, por favor, tirar sua coroa de espinhos? Não consigo ver a tela.)
Baseem, ellaa saabar naa d-etstebeeth yateer b-Lebeh d-Gabaaraa!
(Não é ruim, mas eu acho que preferia Coração Valente.)
sexta-feira, 12 de março de 2004
quinta-feira, 11 de março de 2004
quarta-feira, 10 de março de 2004
O nome da "beleza" ali em cima é Two Trees in Love. Haha. Até o título é ruim...
There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say but you can learn how to play the game
It's easy
There's nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Nothing you can do but you can learn how to be in time
It's easy
All you need is love, all you need is love
...
There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
It's easy
terça-feira, 9 de março de 2004
segunda-feira, 8 de março de 2004
sábado, 6 de março de 2004
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.
Vinicius de Moraes
sexta-feira, 5 de março de 2004
quinta-feira, 4 de março de 2004
E na outra vida eu quero nascer com este humor:
Ricardo Freire
Engordar, emagrecer e voltar a engordar, só para poder emagrecer mais uma vez e começar tudo de novo. Esta é a minha sina - minha e de todos os meus colegas de sanfona.
A vida de pessoas como eu é um forró sem fim. A parte do emagrecimento costuma ser trepidante como um xaxado. A parte de voltar a engordar começa cadenciada como um xote, e vai embalando aos pouquinhos, sem que a gente perceba, até virar um baião de Luiz Gonzaga dançado com a luxúria de passos emprestados da lambada.
No auge da esbórnia, todos os caixas de padaria passam a exibir Sonho de Valsa e Ouro Branco em posições de destaque. As barras de cereais recobertas com chocolate começam a dar "oi" para você na saída das farmácias. O Bob's resolve abrir mais e mais filiais no seu caminho, para que você não perca nenhuma oportunidade de calibrar o seu dia com um milk-shake de Ovomaltine.
E mais e mais prateleiras da sua geladeira parecem se dedicar a hospedar um tipo interessante de Chandelle sabor chocolate branco, que chega e desaparece com incrível rapidez. Nham.
O espelho tenta dizer coisas para você - mas você aumenta o som (Dominguinhos? Marinês? A trilha de Eu Tu Eles por Gilberto Gil?) para não ouvir. É quando finalmente as roupas entram em ação. Num motim organizadíssimo, botões se recusam a fechar, zíperes resolvem emperrar e uma série de camisas pelas quais você sempre demonstrou um afeto todo especial simplesmente decidem parar de cair bem.
Chegou a hora em que você tem que fazer alguma coisa. No meu caso, fazer alguma coisa significa ir até o supermercado e comprar uma lata de Farinha Láctea Nestlé.
Ir ao supermercado e comprar uma lata de Farinha Láctea Nestlé é uma espécie de rito de passagem indispensável para o começo de um regime. É o meu jeito de me despedir pessoalmente do maior número possível de carboidratos ao mesmo tempo.
Nessa hora eu aproveito para retomar minha investigação científica - que já dura pelo menos sete regimes - sobre qual seria a consistência mais gostosa da Farinha Láctea. Rala tipo papinha? Cremosa e homogênea? Ou dura e farelenta? Experimento dos três jeitos várias vezes, até não chegar a nenhuma conclusão definitiva, como sempre.
Ao final da experiência científica/rito de passagem eu costumo ficar semidesfalecido no chão da sala (eu nunca uso a cozinha como laboratório porque o chão é muito frio), num estado que os médicos chamariam de "coma" - mas que eu, com a autoridade de quem já passou por isso várias vezes, chamaria de estado de "não coma!".
Só assim, num estado de "não coma!" induzido, é que eu consigo começar o regime e retomar o meu ciclo vital de emagrecer para engordar. A partir de agora, os alimentos deixam de ser chamados pelos seus nomes-fantasia e voltam a ser referidos pela sua substância ativa - mais ou menos como acontece com os medicamentos genéricos. Bife vira "proteína", salada vira "fibra" e batata vira "só ano que vem".
Coca Light deixa de ser o melhor acompanhamento para brigadeiros e passa a desempenhar a função dos próprios brigadeiros. Gelatinas com aspartame repentinamente revelam possuir um sabor tão especial, que você não entende como Emannuel Bassoleil não serve um panaché delas no Roanne. Almoços e jantares são consumidos com sofreguidão para chegar logo a melhor parte: o papaia.
Prevejo uma longa temporada de sonhos eróticos - com o creme de mascarpone ao chocolate do Gero, o doce de ovos moles com canela do Antiquarius, o souflé de goiabada do Carlota e, principalmente, o Chandelle sabor chocolate branco do Pão de Açúcar - que me farão acordar suado e com o coração acelerado.
Para esses momentos, terei a geladeira repleta da única droga que pode curar minha síndrome de abstinência: melancia. Devidamente cortadinha pela empregada e armazenada em tupperwares de todos os tamanhos.
Além de não chegar perto da máquina de milk-shake de Ovomaltine do Bob's, prometo manter distância das balanças. Simplesmente me imaginar subindo numa balança já provoca em mim os mais profundos sentimentos de pesar.
Quando eu crescer, quero escrever assim. Usando mesóclise impunemente pra falar da Islândia.
quarta-feira, 3 de março de 2004
"Nas horas de folga, o gajeiro de proa se aproximara um pouco dele, e agora, com seus problemas, ocorreu-lhe que talvez aquele fosse o tipo de homem a quem poderia procurar em busca de algum aconselhamento. Era um velho dinamarquês há tempos anglicizado no serviço que falava pouco e tinha muitas rugas e algumas respeitáveis cicatrizes."
Ninguém merece...
*suspiro*
terça-feira, 2 de março de 2004
segunda-feira, 1 de março de 2004
Ou será que fui eu que fiquei velha demais pra coisa?