Dieta Jaguar *
Jaguar
Atkins. South Beach. São as da vez. Durante anos, o ovo, por exemplo, foi considerado terrorista calórico. Foi anistiado há pouco. Há quem só mastigue vegetais. Vacas também, e quanto mais comem, mais engordam. Tem dietas para todos os gostos, melhor dizendo, todos os desgostos. Conheço gente que só vai à mesa com uma calculadora, para somar as calorias. Que tristeza. Passam a vida ora diminuindo, ora aumentando de volume, que nem fole.
Passe numa livraria, livros de dieta. Poucos mostram fotos dos prósperos autores. No máximo, retratinho 3x4, nunca de corpo inteiro. Quem me garante que esses caras que prometem transformar obesas em sílfides não são uns Jôs Soares, que se empanturram enquanto zombam das incautas e famélicas leitoras?
Nunca fiz dieta. Minto, sempre fiz – inconscientemente – a dieta Jaguar. Há mais de 40 anos, mantenho o mesmo peso: 70 quilos. Ideal para minha altura: 1,72m. Para emagrecer, siga a dieta Bangladesh: fome até chegar ao peso desejado. Depois, para mantê-lo, a dieta Jaguar, que revelo sem fins lucrativos. Oito da manhã: uma xícara de café com pão e manteiga. 10h30: cachorro-quente com molho, mostarda, ketchup e uma lata de cerveja. 13h: um Steinhager, quatro chopes e uma coxinha de galinha no bar da esquina. 15h: em outro bar, o PF do dia. Pode ser rabada, bife rolê com fritas, arroz, feijão e macarrão (pra arrepiar os bigodes do Zé Hugo Celidônio). Quatro ou cinco chopes. Café e Underberg. 19h: sopa, Steinhager e mais uns quatro chopes. Daí pra frente, só destilados e cerveja. Não como: couvert, doces, frutas e saladas. Pouco sal. Água, só um copo ao acordar. Bom proveito.
* Contribuição do Marido, que ameaça adotá-la
quarta-feira, 17 de março de 2004
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