O dia se espatifa: março 2006

sexta-feira, 31 de março de 2006

Ueba!

Nos próximos minutos terminarei Tudo se Ilumina. O que quer dizer que no fim de semana poderei assistir a Uma Vida Iluminada.

Pobre fica mesmo feliz com pouco, né? ;-)

quinta-feira, 30 de março de 2006

Taxista sem noção

Faço sinal, e o taxista pára pra me pegar na Venâncio Aires.

– Opa! E aí, pra onde vamos, moça?

Pensei em dar a resposta clássica "Tu eu não sei, mas eu...", mas resolvi manter a comunicação no mínimo necessário.

– Na Ramiro, esquina com a Cristóvão.

– E vai fazer o quê, lá, a moça?

– Ahn?

Espanto total! Eu não dei essa intimidade!

– Tu trabalha lá?

– Não.

– Vai fazer o quê, então?

Como assim??? O tom começa a ficar mais irritado.

– Vou ao médico.

Resolvo ligar pra casa e perguntar pra Célia, minha fiel escudeira, coisas úteis como "como estão os cães", "está faltando algum produto de limpeza"... Tudo para evitar mais conversa. Eis que, nesse ínterim, na Felipe Camarão, o meu amigo taxista faz sinal para entrar à esquerda na Vasco.

– Não, não, não! Vai reto! Onde é que tu vai?

– Vou pra Voluntários.

– Mas pra quê? Vai reto, entra na Castro Alves à direita e pega a Ramiro à esquerda.

– Mas tu não vai na Ramiro com a Voluntários?

Só aí me dei conta da pergunta inicial: "Tu trabalha lá?" *

A corrida deu sete pilas, dei dez, e ele tentou me devolver dois e deixar assim mesmo. Estou convencida de que estou no inferno astral que as criaturas têm antes das férias...

* Pra quem é de fora de Porto Alegre, a esquina da Ramiro com a Voluntários da Pátria é zona de baixo meretrício. Muito baixo.

Da série ruquérs

Quem ainda agüenta ouvir falar no tal astronauta brasileiro e no tal documentário falcão quelque chose?

terça-feira, 28 de março de 2006

Das aberrações em bifês

Não é segredo que eu gosto de comer e cozinhar. Mais de comer, claro. Acontece que este meu gosto me faz ter algumas manias metidas a besta, como, por exemplo, encafifar com certas combinações que considero esdrúxulas.

Não chego ao ponto do Márcio, que implica com frango com feijão e arroz. Mas feijão, arroz, bife e moqueca de peixe num mesmo prato, como eu vi hoje, é uma coisa que me incomoda. Muito.

Do meu lado infantil

Comentário meu no post ali debaixo sobre a grossa do armazém acabou ficando com carinha de post.

Toda vez que alguém me oferece chiclé ou bala de troco eu pergunto se posso voltar ali outro dia e pagar parte da conta com o mesmo chiclé ou bala.

Também reclamo sempre que arredondam a conta e em vez de me dar 8 centavos, me dão 5 e perguntam "posso ficar devendo 3 centavos?" A minha resposta: "Prefiro eu ficar te devendo dois".

Sei que é cruel com a pobre menina do caixa, mas tem coisas nessa vida que me irritam por demais.

PS.: Aliás, essa coisa de balinha e arredondamento de troco pra menos nunca acontece no Zaffari... :-)

segunda-feira, 27 de março de 2006

Da série a vida podia ter control zê

Isto aqui é engraçado, mas é triste.

Sempre há tempo

O Marcelo pediu uma dica de bairros menos poluídos na região central da cidade. Minha resposta vai aqui, com a reprodução um pouco muito atrasada de um texto do Márcio que saiu no caderno ZH Zona Sul do dia 10.
Luta pela independência

Márcio Pinheiro *


Costumo brincar com alguns amigos que gostaria que meu bairro fosse emancipado. Já tenho na cabeça as fronteiras bem definidas, sei quais os lugares que mereceriam entrar em um eventual guia turístico e também quem indicaria para formar um conselho de notáveis para a manutenção das características locais.

Como temos até um CEP único – lá não é esse comum e geral 90 mil e qualquer coisa e, sim, um personalizado e exclusivo 91 mil – ficaria ainda mais fácil de marcar as diferenças com Porto Alegre. Mas aí esbarro num problema: qual é o meu bairro? A maioria das pessoas que conheço - de lá e de fora - se refere como sendo a Cavalhada. Outros – um pouco por esnobismo, outro pouco por alguma identificação carioca - preferem chamar a região de Ipanema. Também pela vizinhança e talvez influenciado pelo lotação que passa por ali, o local ainda poderia ser identificado como uma parte do Jardim Isabel. E, para aumentar ainda mais a discussão, a lista telefônica prefere indicar a região pela pouco conhecida alcunha de Jardim Ipanema.

O fato é que, excetuando a nomenclatura, o bairro – ou, vá lá, o pequeno município que tenho em minha mente – é de um tamanho ideal e de um espírito original. Dá a Porto Alegre os indicativos de que se o desenvolvimento está na Zona Norte, o prazer e o hedonismo rumam para o Sul.

É uma região tranqüila, das mais arborizadas da cidade, com poucos (porém bons) restaurantes e com aquilo que o senso comum costuma classificar como qualidade de vida. Foram esses os argumentos que utilizei há sete anos para convencer a minha mulher de que deveria colocar a região entre os locais onde ela procurava uma casa para nós. Ela, criada na superpovoada Petrópolis, achava os lados da Zona Sul a última fronteira e rebatia minhas sensatas ponderações com um singelo: "É muito longe". Agora, perguntem a ela ou a um de nossos dois cães onde eles preferem morar?

Esse argumento da distância também é usado por alguns amigos meus que tentam desqualificar a região. Pobres coitados! Mal sabem que o caminho - nem tão longo que pareça outra cidade nem tão próximo que pareça Porto Alegre - serve também como um maravilhoso despressurizador das tensões adquiridas na metrópole.

Na verdade já estou achando a idéia de emancipação pequena demais. Passarei a lutar pela independência.

* Editor-assistente do Segundo Caderno de ZH e ativista da
independência do bairro em que mora na Zona Sul

Limpando a caixa de Spams

Como é que tem gente que abre um e-mail que chega com um dos seguintes assuntos?
    • Já pensou em emagracer enquanto dorme?
    • Cartão para você de alguém que te ama de verdade
    • Full of health? Then don't click!
    • We cure any desease (sic)
    • She wants better sex? All you need is here!
    • Alguém que te ama muito lhe enviou um cartão!!!
    • Make her worship you!
Ora, faça-me o favor...

domingo, 26 de março de 2006

Ah é, é?

Fim de manhã de domingo, depois de uma caminhada pela beira do rio, num armazém movimentado e conhecido da vizinhança. Eu com 700 gramas de carne e um pote de nata para fazer a receita do molho carbonara como manda o figurino – duas colheres e nada mais.

A conta dá R$ 10,40, dou uma nota de R$ 20. A mulher do caixa – que também é proprietária do estabelecimento – pergunta, com seu tom grosseiro habitual:

– Tem 40 centavos?

– Não.

– Não quer ir ver se não tem no carro?

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

– Não.

– (Suspiro impaciente diante da gaveta CHEIA de trocado.)

– Ah, dá os 40 centavos de desconto – digo, em tom de brincadeira.

– Mas eu já nem tenho lucro nisso – diz ela, com mais do tom grosseiro habitual, apontando para o pote de nata.

– Então esquece a nata.

– Tá bom.

Maldito raciocínio lento. Foi só na calçada que me dei conta de que o animal grosseiro não me deu nota fiscal, donde se conclui que teria no mínimo o lucro do ICMS que deixou de pagar. Achei meio demais voltar para responder. Timing é tudo nessa vida.

A carbonara até que ficou razoável com um pouco de leite em vez da nata...

sexta-feira, 24 de março de 2006

De Murphy e da burrocracia

Por que é que por mais que a criatura ligue e se informe ANTES de ir a uma repartição pública para fazer qualquer coisa, quando se chega lá sempre falta um documento? E mais: dois ou três papéis que haviam sido informados como imprescindíveis – e que custaram pelo menos alguns centavos de xerox – são desprezados com uma veemência desmedida pela atendente?

quinta-feira, 23 de março de 2006

Pérolas

A mulher é um videocassete. Lembram do videocassete? Ela é igual. (...) Se você pusesse a fita e apertasse Play, o negócio funcionava. Se você inventava de se lançar na tarefa de programar alguma coisa, se arrependia de ter nascido.

Um orgasmo a partir do sovaco é como uma tese de mestrado escrita com a bunda. (Já um orgasmo com a bunda e uma tese de mestrado com o sovaco, eu os acho plausíveis.) Há matos de onde, mesmo chamando e chamando, não sairá cachorro algum.
Cheguei a este verdadeiro ensaio sobre a sexualidade feminina por uma dica do Cleber, o guri que escreve difícil.

Azar, gostei.

Medo

Botei "cassia" no Google. Meu blog é o quarto link listado.

terça-feira, 21 de março de 2006

Cinema de comer

Lembra que eu disse que passei três dias isoladas do mundo? Pois foi. Passei. Passamos. O Márcio e eu. Ficamos de sexta a domingo hospedados num hotel muito bacana de Gramado. Na programação, uma noite de sexta-feira com a exibição de Uma Receita para a Máfia, debate sobre o filme com o Roger e o Werner Schünemann e um delicioso jantar preparado pelo chef Jorge Nascimento com cardápio baseado no filme.

Nham! Alcachofra com molho de alho e salsa fresca, seguida de lagosta com baunilha e codorna com molho de uvas e risoto de beterraba. Não, eu não tirei fotos, porque estava me refestelando com a comida e me divertindo muito com a conversa e a companhia do José Antônio Pinheiro Machado e a Linda, mulher dele, e a Vera Moreira – uma grande amiga jornalista que em breve vai lançar uma linda coleção de bijuterias exclusivas.

Ficou com invejinha? Fica não! Dia 21 de abril tem outro Mesa de Cinema, desta vez com o delicioso Chocolate. Mais informações, no site do Hotel Casa da Montanha.

Muito além do hpg

Agora eu tenho uma googlepage. Com o tempo, vou transferir algumas coisas que faço pelo blogger (como o meu currículo de tradutora, por exemplo) para lá. Por enquanto, fica esta página aqui para registro.

Antes que eu me esqueça

Alguns blogs bacanas que eu já acompanho há algum tempo pelo Bloglines mas que ainda não tinha tido tempo de acrescentar na lista aí da esquerda:

domingo, 19 de março de 2006

...

O Antônio Carlos Miguel, d'O Globo, esteve em Porto Alegre para o show do Santana e fez esta linda foto do Márcio e um post muito legal sobre as impressões que teve da cidade.

Sobre o voto nulo

A Marcela sugeriu nos comentários do post abaixo que eu falasse sobre o voto nulo, que, aparentemente, rendeu alguma polêmica entre blogueiros nos três dias que passei isolada do mundo (em breve, falarei sobre isso). Ainda sem ler o que o Marcelo Träsel escreveu, para não me influenciar, vou opinar aqui conforme o que sinto agora: sou a favor do voto nulo como sou a favor de qualquer voto, mesmo daquele do qual discordo com todas as forças.

Quem sou eu para patrulhar voto alheio? Claro que me decepciono às vezes com a forma como votam algumas pessoas a quem respeito, mas não me vejo em posição de convencê-las de nada, assim como espero que não tentem me convencer de nada. Por princípio, não anulo voto. Só não posso negar que calar-se também é uma forma de manifestação.

Não faço campanha. Não sei fazer. Não consigo fazer campanha nem para o meu sogro, que acho que merece muitos votos não apenas pelo ser humano fantástico que é como também por suas posturas e crenças políticas. Só que é frustrante perceber que não basta ser um bom político (e existem muitos) para ganhar uma eleição. É preciso dinheiro, influência e estômago para suportar a falta de escrúpulos e a hipocrisia que estão tão presentes na política como em qualquer outra área do relacionamento humano.

Agora, à tese do Träsel, indicada pela Marcela ;-)

...


Hm. (Decepção.) Ele prega o voto nulo pelos motivos mais pueris. Tenho um pouco de pena de quem vai levar tanta mágoa para as urnas em outubro. Ao mesmo tempo sinto um pouco de inveja. Eu gostaria de ter tido a capacidade de um dia acreditar que haveria um salvador da pátria, alguém que teria a tal "vontade política" para fazer de um tudo apenas no canetaço, alguém acima do bem e do mal, alguém sem culpas nem pecados. Infelizmente, tive uma formação política que nunca me permitiu nutrir qualquer tipo de ilusões do gênero.

Meu pai era um homem com idéias de esquerda e uma crença até exagerada na honestidade e na correção – o que talvez explique em parte a formação do câncer de estômago que o matou. Coerentemente, vejo isso hoje, nunca se filiou a um partido, mas sempre fez questão de decidir cada voto com base em muito conhecimento. Ele, aliás, foi um dos muitos que não escolheram nem Lula nem Collor no segundo turno de 1989, algo de que, depois, dizia se arrepender. Com ele, desde muito cedo aprendi a considerar risíveis observações excessivamente simplistas como "nenhum político presta", "a culpa é do governo", "contra tudo o que está aí", "falta vontade política".

Em 1994, menos de dois anos antes de ele morrer, tivemos uma briga feia por motivos eleitorais. Desde o primeiro turno, meu pai, o homem cuja opinião eu mais prezava no mundo, estava decidido a votar no Fernando Henrique. "É o melhor candidato", dizia ele. "MAS ESTÁ ALIADO AO PÊÉFEELE!", gritava eu. "AO PÊ-ÉFE-ÉLE!!!!" Na minha cabeça, esse voto contradizia tudo o que ele sempre havia me ensinado. Achei que estava sendo traída e, como forma de protesto contra aquela traição, anulei meu voto para presidente (meu primeiro voto para presidente): votei no Brizola.

Já em 1995, consegui compreender o que ele queria dizer. Desde então, nunca mais anulei um voto. Sempre votei depois de pensar bem (apesar de, mesmo assim, ter me arrependido depois em algumas ocasiões) e dediquei aos meus candidatos a quantidade de confiança moderada que se deve dedicar a um representante. Nunca achei que algum deles acabaria com a fome, a injustiça, a miséria e a roubalheira, mas sempre confiei que eles fariam o que eu faria se estivesse no lugar deles: tudo o que o alcance limitado de seus mandatos lhes permitisse fazer.

Desde 1996, meus votos são uma salada partidária, embora ainda concentrada mais para o lado esquerdo do espectro (aprendi a tapar o nariz para algumas alianças, sempre rezando para o titular da chapa não morrer nem deixar o cargo antes do tempo). A medicina, o direito, a engenharia, a academia, o jornalismo todos têm gente abominável e admirável ao mesmo tempo.

Mesmo entre os amigos há os abomináveis e os admiráveis. São os admiráveis que me permitem continuar indo a médicos, confiando no sistema judiciário, acreditando que o teto da minha casa não vai cair na minha cabeça, desejando voltar a estudar e acreditando no que leio nos jornais, nas revistas e nos sites – claro que levando em conta o percentual de abomináveis por trás disso tudo.

Em suma, como disse lá no começo, entendo, respeito e sou até a favor do voto nulo. Só que ele não me serve mais.

quinta-feira, 16 de março de 2006

Do cansaço e da falta de inspiração

Postei aquela foto ali embaixo porque gostei, mas mais ainda porque estava com preguiça de escrever, mas queria dar uma atualizada no blog. Daí postei o neolojismo porque tropecei nele no shopping e rendia um post curtinho – também estava com preguiça.

Hoje me dei conta de que essa preguiça na verdade é cansaço e que eu estou precisando de férias. E resolvi postar essa constatação aqui só pra poder "baixar" a foto, porque eu não agüento mais entrar aqui e dar de cara com a minha cara.

Alguma sugestão de assunto para post?

terça-feira, 14 de março de 2006

sexta-feira, 10 de março de 2006

Da ética e do fanatismo

Falemos de dilemas morais e éticos. Pessoalmente, jamais conseguiria ser cinegrafista do Discovery Channel, porque se visse um filhote de elefante morrendo porque foi abandonado pela mãe, iria antes salvar o bichinho e me lixar para os potenciais prêmios representados pelo registro dessa imagem.

Talvez por isso eu jamais venha a ser uma "grande repórter". Pelo menos não aos olhos de quem acha que "pegadinha" é sinônimo de "jornalismo investigativo" e de quem acredita que o jornalista precisa estar acima do cidadão. Também é provável que por isso eu não entenda o raciocínio de muitos coleguinhas que comentaram esta notícia aqui.

Dos vícios

Não bebo, não fumo, não cheiro. Mas volta e meia sucumbo a um vício de linguagem. O do momento: usar dois pontos o tempo inteiro.

quinta-feira, 9 de março de 2006

Momento dona de casa

Em pelo menos duas ocasiões, tive divergências virtuais com o Solon sobre qual supermercado é melhor: Zaffari ou Nacional.

Abre parênteses. Para quem não é gaúcho, cabe aqui uma explicação. Aqui em Porto Alegre, torce-se pelo Grêmio ou pelo Inter, gosta-se da Zona Sul ou da Zona Norte, vota-se no PT ou não, defende-se o Zaffari ou o Nacional. Parênteses dos parênteses: se alguém ainda não sabe, sou colorada, da zona sul, não voto no PT – embora já tenha votado algumas vezes – e só compro no Nacional em caso de última necessidade. E sempre acabo me irritando em um ou outro momento. Fecha os dois parênteses.

Pois bem. Eis que precisava fazer uma compra grande, mas não estava encontrando tempo para ir a um dos "meus Zaffaris". Isso porque temos os nossos "próprios" Zaffaris, espalhados em diversos tamanhos pela cidade toda. Só eu tenho três aqui perto: o da Otto Niemeyer, o da Juca Batista e o da Cavalhada. A escolha vai depender do tamanho e do tipo de compra. Quando quero coisas mais metidas a besta, acabo indo num Bourbon, que é, como direi, um Zaffari... metido a besta.

Abre parênteses de novo. Eu sei, eu sei que em São Paulo também dá para ter isso com os Pães de Açúcar. Mas os Pães de Açúcar são sujos – pelo menos perto dos Zaffaris –, as sacolinhas são umas porcarias, e, sei lá, falta charme. Porque para uma dona de casa como eu, o supermercado precisa ter charme. Além disso, tenho PAVOR da família Diniz. Nunca me fizeram nada, claro, mas, sei lá, acho meio antipáticos. E ainda tem-se que ficar cruzando com aquele monte de receita light da Dona Coisa Diniz – não lembro o nome da criatura, mas vocês sabem a quem me refiro, aquela que emagreceu trocentos quilos comendo vento e agora quer vender vento pra todo mundo. O fato de que eu não faço idéia de como sejam os donos do Zaffari é uma outra grande vantagem do meu supermercado preferido. Fecha parênteses de novo.

Enfim, eis que precisava fazer essa compra grande, e resolvi ceder à tentação e apelar para a venda online do Nacional. Esqueci de mencionar estes pequenos defeitos: o Zaffari não aceita cartões de crédito nem faz vendas pelo site. Pois a entrega do "rancho" está programada para a manhã do sábado. Até as 13h deste sábado, portanto, haverá atualização deste post, dizendo qual foi o resultado dessa aventura.

PS - O site, pelo menos, é bem limpinho. E eu não preciso passar pelos caixas que estão sempre lotados e nos quais sou obrigada a empacotar as minhas próprias compras.
Ãpdeite: As compras chegaram inteirinhas, na hora combinada, e os entregadores botaram tudo no lugar. O único problema foi que trocaram meu pedido de amendoim descascado e salgado por amendoim descascado e temperado. Perfeitamente perdoável.

:-)

Bubi e Floc

segunda-feira, 6 de março de 2006

Inacreditável

Estou passada. Lembram daquelas bolotas que eu disse que me irritam? Pois elas têm todo um setor organizado por trás!
O uso de engate fixo NÃO está proibido no Brasil*

Informações veiculadas na imprensa nessa semana dão conta que o governo Lula está prestes a colocar em vigor uma legislação que proíbe o uso de engates fixos em veículos.

Muito tem se falado dos aspectos negativos desse acessório, porém, até o momento não havia a contrapartida, apenas a versão do Denatran/Contran. Diante das conseqüências dessa medida, um grupo de empresários, fabricantes e revendedores desse equipamento, reuniu-se com o Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários) para detalhar as implicações que essa proibição irá gerar no mercado e como está, realmente, o andamento desse processo.

De acordo com o engenheiro Michel Ebel, diretor do Departamento de Reboques e Trailers do Simefre, uma das consequências mais desastrosas dessa medida, se aprovada, será o desemprego. “Hoje, essa indústria gera cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos em todo o Brasil”.

É fato que equipamento tornou-se comum, popular. No Brasil já são cerca de 2 milhões de engates vendidos. Somente no ano passado, o país comercializou cerca de 500 mil peças.

Os argumentos para a proibição vão desde segurança até um ponto muito polêmico, o de que motoristas instalam o acessório como "adorno" e também para assegurar a integridade do veículo em uma eventual colisão. Seja para enfeitar ou proteger, não há como negar que nos últimos anos cresceu consideravelmente a fabricação e a venda de engates, e isso foi muito positivo para o Brasil: gerou emprego, agregou valor para o consumidor e movimentou o setor ao vender outros produtos do gênero, como reboques, traillers, transportadores de bicicletas e o aluguel de carretas.

Embora há quem julgue o "adereço" perigoso e dispensável, é preciso repensar a questão por outros aspectos também.

Segundo o Dentran, a proibição do engate fixo é para evitar danos maiores nos veículos, em caso de colisão, e proteger o pedestre. Michel Ebel ressalta que não existe estatística quanto a acidentes envolvendo engate. "Dizer que o pedestre pode machucar pernas e joelhos ao deparar-se com o engate instalado na traseira do veículo é, no mínimo, engenhoso. Não há informações concretas e um número que represente estatística para essa proibição".

Na visão da Câmara Temática de Assuntos Veiculares, órgão do Contran que realiza o estudo sobre o engate fixo, o uso inadequado desse equipamento pode danificar o automóvel. Também por isso, o estudo remete à utilização de um engate removível. Para Ebel, a explicação não tem fundamento, uma vez que os engates são fabricados com todas as exigências da ABNT e ISO (como utilizado nos Estados Unidos e países da Europa), inclusive, os importados devem ser certificados no Brasil.

Ao justificar que o engate fixo desobedece a legislação vigente, ultrapassando o limite do pára-choque do veículo, Ebel levanta uma questão: "E como ficam os veículos dos modelos adventure, com estepe acoplado à traseira do carro e quebra-mato por todos os lados, tão comuns hoje em dia, até mesmo em veículos com motor 1.0?".

O PROCESSO
O caso está sendo analisado pela Câmara Temática de Assuntos Veiculares, que deverá encaminhar minuta para o Contran colocar em votação o relatório a qualquer momento.

Se votado, e aprovada a proibição, haverá um período de transição para retirar o engate fixo e substituí-lo pelo removível. Ou seja, empresários- fabricantes, importadores, revendedores e instaladores – e o consumidor terão dois anos para ajustar-se à nova lei. Somente após esse prazo é que o uso do engate está passível de multa e outras penalizações. No mínimo, até março de 2008 não há qualquer penalidade para o usuário do engate fixo.


*Chegou hoje por release às redações.

Too old for this sh*t

Fui eu que envelheci, ou o Oscar está a cada ano mais chato? Até as roupas estão sem graça – cadê a tão divertida breguice americana, mon Dieu?

Enfim, a coisa foi mais longe do que eu esperava. E o ÚNICO filme que eu achei que não ganharia xongas, ganhou o prêmio de melhor filme.

sexta-feira, 3 de março de 2006

Meu passado que me condena 3

Fuçando na internet atrás de informações sobre o Oscar deste ano, olhem o que eu encontrei!

Aliás, neste domingo, vou estar estando fazendo a cobertura "minuto a minuto" da cerimônia. Não, ninguém está me submentendo a isso. Eu me ofereci...

Passem por , ok?

Manias, não. Hábitos.

A Rou me meteu nesta, e agora eu tenho que fazer...


Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue.

Às minhas manias, então:

  1. Quando me comprometo em fazer alguma coisa, eu faço. Às vezes demoro (bem) mais do que o prazo estipulado inicialmente, mas faço. Ah, se faço. Eis porque estou aqui digitando depois da meia-noite.

  2. Costumo julgar as pessoas no primeiro contato. É feio, eu sei. Mas nestes 32 anos de vida aprendi que: (1) em 90% das vezes em que antipatizo com alguém de cara, vou acabar me apaixonando pela pessoa não muito tempo depois, por isso sempre dou segundas chances e me rendo às segundas impressões; (2) em 99,85% das vezes em que alguém não me parece confiável de cara, a criatura pode até reverter a primeira impressão em algum momento, mas acaba não decepcionando no final, por isso sempre desconfio de quem não me parece confiável.

  3. Pego implicância mortal de palavras. Tem palavras que eu não uso. Não adianta, não uso. E "disponibilizar" é só uma delas. (O problema é que tenho a tendência de repassar essas implicâncias para quem trabalha comigo.)

  4. No meu computador, os botões dos programas com que trabalho precisam estar sempre numa ordem predeterminada na barra inferior da tela. Se uma das janelas se fecha, eu fecho TODAS e reabro os programas de novo, um a um, na ordem anterior.

  5. Quando entro e saio de estacionamento pago de shopping, preciso xingar a gravação que me dá boas-vindas e diz para eu voltar sempre. Nem que seja mentalmente. É mais forte do que eu.

As minhas vítimas são:

quinta-feira, 2 de março de 2006

Desabafo

Sempre achei cafona tirar férias na alta temporada. Sempre. Mesmo quando estudava. Só que ser obrigada a trabalhar numa equipe desfalcada durante dois meses – e chegar exausta em casa todos os dias – está me fazendo cogitar de, no ano que vem, tirar as férias em pleno fevereiro. Só de birra.

Pronto, falei.

quarta-feira, 1 de março de 2006

Como pode?

Sei que por aqui sou a comentarista do óbvio. Mas, se tivesse coluna em jornal, juro que me esforçaria.