(...) eu às vezes me pego pensando: puxa, tão pouca gente lendo ficção no Brasil e tanta gente escrevendo... Me lembra o tempo, ali em meados dos anos 80, em que todo mundo que não tinha uma banda de rock era “videomaker”. Hoje, parece, só dá escritor. O que é esquisito, se você parar para pensar. Por que não aproveitam essa paixão para se dedicarem a ser grandes leitores, leitores notáveis, mercadoria de que precisamos desesperadamente, em vez de serem escritores medianos como tantos outros? O Borges dizia se orgulhar mais dos livros que tinha lido do que daqueles que tinha escrito. Um pouco dessa humildade – mesmo que ela tenha muito de pose, no caso do gênio argentino – nos faria bem.E eu não poderia concordar mais.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
De escritores e leitores
Diz o Sérgio Rodrigues, cujo As Sementes de Flowerville que estava perdido desde janeiro na bagunça da reforma achei ontem e começarei a ler hoje, em entrevista ao Digestivo Cultural:
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